sábado, 29 de dezembro de 2018

Smartphones causam crescimento da fotografia

Segundo estimativas da InfoTrends, um total de 1,2 trilhões de fotos digitais serão tiradas em todo o mundo este ano, ou seja, cerca de 160 fotos para cada uma das cerca de 7,5 bilhões de pessoas que habitam o planeta Terra.

Então, o que está causando esse boom repentino na fotografia? É uma epidemia de vaidade global? Bem, talvez, mas o fato de que mais de um bilhão de pessoas carregam constantemente um dispositivo que funciona como uma câmera digital é provavelmente o maior fator que contribui para a enorme quantidade de fotos digitais que estão por aí. O premiado fotógrafo Chase Jarvis uma vez cunhou a frase "a melhor câmera é a que está com você", e ele está certo. De acordo com as estimativas da InfoTrends, 85% de todas as fotos tiradas este ano serão capturadas em smartphones. Fonte: Statista - Aug 31, 2017
Comentário: Poderemos comparar com número de fotos tiradas por aparelho (2,4 bilhões de usuários no mundo)., 708 fotos tiradas. 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Máquina engessada

Um servidor federal se aposenta. Em sua repartição, faltam funcionários, e o governo, obrigado a conter gastos, adiou concursos para contratação. Em outro escritório, há excesso de pessoal com habilidades semelhantes de gestor. O problema parece simples de resolver.
Não raro, entretanto, haverá empecilhos burocráticos, quando não impossibilidades legais ou decisões judiciais que impedirão a movimentação de profissionais entre setores da administração pública.
Esses são apenas alguns exemplos dos transtornos provocados pelas estruturas rígidas —burocráticas no pior sentido da palavra— das carreiras do funcionalismo. Trata-se de sistema em que prerrogativas funcionais para o bom exercício do cargo se estenderam até constituírem privilégios geradores de desperdício e ineficiência.

309 CARREIRAS NO EXECUTIVO FEDERAL
Segundo o governo, há 309 carreiras no Executivo federal, representadas por quase duas centenas de sindicatos. Tamanha especialização suscita dúvidas, decerto. Assessores da gestão de Michel Temer (MDB) avaliam que duas ou três dezenas seria um número razoável.
A questão não se limita à falta de mobilidade, que hoje já cria desequilíbrios consideráveis na alocação de pessoal.

SALÁRIOS ALTOS
 Os salários do setor público também são mais altos do que no setor privado, mesmo quando se consideram fatores como formação e experiência.
Vencimentos iniciais por vezes chegam a mais de 15 salários mínimos; muitas promoções são quase automáticas; penalidades por ineficiências ou descaso são infrequentes. De resto, em diversos setores, o servidor chega ao teto salarial de sua função em poucos anos.

FUNCIONÁRIOS
O Executivo federal conta com 632 mil funcionários civis. Em toda a administração brasileira, o número se aproxima dos 12 milhões na ativa, incluindo militares, celetistas e informais. Além de numerosas, as categorias são sobretudo organizadas e influentes.
Serviço público tem 12,6% da população ocupada

REFORMA
Uma reforma desse aparato é tão urgente quanto politicamente difícil, como apontou o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, que estará na equipe econômica do governo Jair Bolsonaro (PSL).
Na próxima legislatura, cerca de uma centena dos 513 deputados serão ligados diretamente ao serviço público, mas o lobby atinge número bem maior de parlamentares —em razão, inclusive, de vínculos profissionais e familiares.
Existem dúvidas sobre a disposição do presidente eleito, oriundo do meio militar, para enfrentar a resistência das corporações. As alternativas, todavia, são escassas. Fonte: Folha de São Paulo - 18.dez.2018  

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Família Civita vende Abril pelo preço simbólico de R$ 100 mil

A família Civita fechou a venda do Grupo Abril para o empresário Fábio Carvalho, das redes de lojas Casa & Vídeo e Leader, sediadas no Rio, e deixou a imprensa depois de 68 anos.
O valor do negócio, simbólico, é de R$ 100 mil. O grupo tem uma dívida de R$ 1,6 bilhão, sendo dois terços com Itaú, Bradesco e Santander, e está em recuperação judicial desde 16 de agosto. A expectativa é que a compra esteja concluída em um mês e meio.

Carvalho, que é advogado, tem um histórico de assumir empresas em dificuldades para buscar eventual retomada. Para viabilizar a nova compra, ele tem o suporte da Enforce, do BTG Pactual, que conversa com os três bancos para adquirir com desconto a dívida de R$ 1,1 bilhão.
O BTG está em seus planos também para investimento e parceria. "É um banco com o qual a gente tem relação há muitos anos", diz. "É o único banco de porte que tem área específica dedicada a financiamentos para empresas em reestruturação. Área da qual a gente já tomou muito dinheiro emprestado e já pagou muito dinheiro de volta."

Por enquanto, o que antecipa é injetar, no fechamento da operação, esperado para fevereiro após a aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), R$ 70 milhões de recursos próprios.
Ele afirma que o Grupo Abril "vem evoluindo muito rapidamente no controle do desempenho financeiro", nestes quatro meses em recuperação judicial, e "com esse reforço vai atingir nova estabilidade". Não há previsão de cortar mais títulos de revistas.

"Queremos evitar que um processo de crise venha a afetar um dos grandes ativos do grupo, que é sua história, seus padrões de jornalismo", disse. "A gente quer manter e partir para melhor, com a adoção de novas plataformas para oferecer esse conteúdo."
Um dos projetos teria como parceiro o próprio BTG. "Onde existe uma demanda grande, não só do BTG, é por mais fluxos de visitantes digitais focados em investimento. Esse é o princípio por trás de empresas como Infomoney. É uma oportunidade que a gente vai explorar, sim."

Para tanto, o grupo "tem a Exame, tem uma tradição de cobertura de negócios". Embora repita não ser o único, Carvalho diz que "o BTG é manifestamente interessado nesse tipo de audiência". De maneira geral, o empresário diz que se trata de um conteúdo "de alta demanda, alta valorização", que será buscado também por todos os concorrentes, mas que, embora seja aquele "do momento, o que está em voga", há outros em evolução.

O objetivo maior, diz, é "encontrar novos paradigmas para a instituição imprensa". Trata-se de "desafio não só empresarial,  mas institucional, de encontrar a forma de fazer jornalismo com sustentabilidade e qualidade, devolvendo um pouco mais de racionalidade às conversas" no país. Ele deve assumir em fevereiro como presidente-executivo do Grupo Abril, no lugar de Marcos Haaland, sócio da mesma Alvarez & Marsal que foi chamado para iniciar a recuperação.

Ainda sobre as dívidas e o processo de recuperação judicial, Carvalho afirmou que "o privilégio legal e moral é dos mais necessitados, as [dívidas] trabalhistas". Paulo Zocchi, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, afirmou que "a recuperação judicial prossegue, com seus ritmos e prazos, e o sindicato tem uma posição clara". "Todas as dívidas trabalhistas e dos freelancers têm de ser pagas o mais rápido possível e na íntegra." Fonte: Folha de São Paulo - 20.dez.2018

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

A pouco conhecida história de 'Noite Feliz'

Em 24 de dezembro de 1818, o padre austríaco Joseph Mohr pediu ao amigo organista Franz Xaver Gruber que compusesse a melodia para um poema escrito por ele dois anos antes. Nascia assim Stille Nacht, heilige Nacht, uma das mais famosas canções natalinas, traduzida para mais de 300 idiomas e conhecida em português como Noite Feliz.

Naquela noite, Mohr e Gruber executaram a música pela primeira vez durante o serviço da igreja de São Nicolau em Oberndorf bei Salzburg, na Áustria. Hoje, a canção é quase onipresente no Natal, figurando desde 2011 na lista do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O poema foi criado em um período difícil para Salzburgo. O então principado eclesiástico independente sofreu diversas ocupações durante as Guerras Napoleônicas. Os conflitos trouxeram caos e fome - em especial no Ano Sem Verão de 1816, quando temperaturas extremamente baixas destruíram plantações na Europa e América do Norte.

Naquele mesmo ano, Salzburgo perdeu sua independência e foi incorporada à Áustria. "As palavras deste cântico foram escritas nestas circunstâncias. Elas expressam uma ânsia por redenção e paz",  explica Peter Husty, curador da exposição Silent Night 200 - The Story. The Message. The Present("Noite Feliz 200 - A História. A Mensagem. O Presente", em tradução livre), no Museu de Salzburgo.

O contexto local não impediu que a canção se tornasse um sucesso em todo mundo. Primeiro a música se espalhou em um manuscrito na região dos autores. Depois, o construtor de órgão Carl Mauracher a levou para Zillertal, um vale em Tirol, onde era cantada por corais. Dali, se alastrou pela Alemanha, Europa e Estados Unidos.

"O Cristianismo levou essa música para o mundo com missionários (protestantes e católicos). Ela virou acessível em muitas línguas e dialetos, tonando-se global", afirma Thomas Hochradner, chefe do Departamento de Musicologia da Universidade Mozarteum, na Áustria, e idealizador da exposição Silent Night 200.

A exibição traz informações detalhadas sobre a canção - como o fato de que ela é cantada por 2 bilhões de pessoas no mundo -, além de objetos que ilustram o estilo de vida no tempo da composição, autógrafos de Mohr e Gruber, e o piano usado para tocar a música.

UMA INFINIDADE DE TRADUÇÕES E ADAPTAÇÕES
A propagação de Stille Nacht em diversos idiomas resultou em traduções nada fiéis ao texto original. Muitas delas são, na verdade, adaptações. A versão em português, por exemplo, foi intitulada Noite Feliz, embora o título real seja algo como "Noite Silenciosa".

OS COMPOSITORES
Mohr nasceu em 1792 em Salzburgo, onde estudou e foi ordenado padre. Em 1815, o religioso tornou-se curador na pequena municipalidade de Mariapfarr. No ano seguinte, escreveu o poema que o tornou conhecido.
Em 1817, Mohr foi transferido para Oberndorf bei Salzburg. Na cidade, o padre conheceu Gruber, nascido em Hochburg em 1787 e que tocava órgão na igreja local. Eles cultivaram uma amizade por toda a vida.
Os dois são tão famosos na Áustria que os locais onde nasceram, trabalharam e morreram possuem memoriais e museus em sua homenagem.

Para celebrar os 200 anos do hit natalino, Hochburg, Mariapfarr, Arnsdorf, Hallein, Oberndorf, Hintersee, Wagrain, Fügen e Salzburgo fizeram uma parceria para uma exposição nacional. "Os austríacos gostam e cantam a canção, principalmente em sua versão original, que difere um pouco daquela mais comum no mundo. É mais uma tradição do que orgulho", afirma Hochradner.
Para Husty, Stille Nacht transcende a religião. "Ela conta a história do nascimento de Jesus. Então é um cântico religioso ao mesmo tempo em que é para a paz no mundo." Fonte: BBC Brasil - 24 dezembro 2018


domingo, 23 de dezembro de 2018

A origem do Natal

O Natal se transformou numa festa que mistura tradições de muitas origens com um consumismo desenfreado que, apesar do comércio eletrônico, continua mobilizando as cidades. As luzes, as árvores, as compras, as feiras e o jantar da empresa talvez não nos deixem ver o principal: o Natal é uma festa religiosa, em que os cristãos celebram o nascimento de Jesus. Mas, se pesquisamos um pouco mais, vemos que sua origem se perde na Antiguidade, nas primeiras e remotas crenças humanas, às quais, ao longo dos séculos, foram se incorporando novas tradições. Desde o Império Romano, o Natal tem sido uma luta entre elementos religiosos e pagãos, entre a festa e a liturgia, que se prolonga até nossos shopping centers.

POR QUE CELEBRAMOS O NATAL EM DEZEMBRO?
O solstício de inverno (no Hemisfério Norte) é a noite mais longa do ano, o momento em que os dias começam de novo a crescer, uma vitória simbólica do Sol contra a escuridão. Acontece entre 21 e 22 de dezembro e é comemorado desde tempos imemoriais. O historiador Richard Cohen relata, em seu livro Persiguiendo el Sol: La historia épica del astro que nos da la vida (perseguindo o sol: a história épica do astro que nos dá a vida) que “praticamente todas as culturas têm uma forma de celebrar esse momento”. “O aparente poder sobrenatural para governar as estações, que se manifesta nos solstícios, inspirou reações de todos os tipos: ritos de fertilidade, festivais relacionados com o fogo, oferendas aos deuses”, afirma Cohen. Nessa mesma época do ano, em meados de dezembro, os antigos romanos festejavam a Saturnália, festival em que eles ofereciam presentes entre si, mas também trocavam os papéis sociais, uma mistura entre nosso Natal e o Carnaval.

O QUE ACONTECEU EM 25 DE DEZEMBRO?
 “A data do Natal foi fixada em 25 de dezembro pelo imperador Constantino, porque nesse dia era celebrada a grande festa solar em Roma”, explica Ramón Teja, professor emérito de História Antiga da Universidade de Cantábria (Espanha), especialista em história do cristianismo e presidente de honra da Sociedade Espanhola de Ciência das Religiões. Assim, o imperador que transformou o cristianismo na religião de Roma, e que governou entre 306 e 337, identificava de alguma maneira sua figura com o divino, aproveitando o antigo festival do Dia do Nascimento do Sol Invicto. “Foi uma fusão do culto solar com o culto cristão”, diz Teja.

E COMO O PAPAI NOEL ENTRA NISSO TUDO?
A viagem do Papai Noel ou Santa Claus até o nosso Natal é longo e tortuoso. Os mais radicais entre os protestantes, os puritanos, proibiram o Natal porque consideravam, talvez com certa razão, que era uma festa que estava se “paganizando”. Além disso, o protestantismo defendia a iconoclastia, era contra a representação de figuras sagradas, o que não se encaixava muito nas tradições natalinas. O Parlamento britânico proibiu o Natal em 1644, restaurando-o apenas em 1660.
Os puritanos foram os primeiros colonos da América do Norte e levaram consigo aqueles costumes: em Boston, também proibiram a festa entre 1659 e 1681. Pouco a pouco, contudo, o Natal foi renascendo no Novo Mundo, embora os protestantes tenham buscado seu próprio caminho para diferenciá-lo do culto católico. Foi assim que se lembraram de um velho santo, São Nicolau. “Santa Claus é uma figura muito cristã”, explica Diarmaid N. J. MacCulloch, professor de História da Igreja na Saint Cross College de Oxford. “O nome é uma tradução holandesa de São Nicolau.

A ÁRVORE DE NATAL TAMBÉM É UMA INVENÇÃO DOS EUA?
O pinheiro de Natal também empreendeu uma estranha viagem de ida e volta da Europa aos EUA, mas não é, em absoluto, uma invenção americana. Ao contrário: como Santa Claus, é uma exportação. Nesse caso, como acontece com os solstícios, o culto às árvores se perde nas profundezas das nossas tradições culturais e religiosas. Mas, como explica o professor MacCulloch, “a árvore de Natal é uma tradição mais cristã do que as pessoas pensam”. “Todas as religiões utilizam as árvores como símbolos, e elas são um elemento essencial da história do Gênese. As primeiras árvores de Natal decoradas que conhecemos são da Alemanha do século XVI, na época da Reforma. O próprio Martinho Lutero incentivou esse costume”, prossegue o professor de Oxford. De novo, uma tradição relacionada com o protestantismo – a árvore de Natal evita as representações de figuras sagradas – cruza o Atlântico e volta transformada em símbolo universal. Na Espanha, convive pacificamente com a representação máxima de nosso Natal: os presépios.

QUANDO COMEÇAMOS A MONTAR PRESÉPIOS?
O primeiro presépio aparece numa lenda: na noite de 24 de dezembro de 1223, São Francisco de Assis organiza um presépio vivo numa gruta da cidade italiana de Greccio, e a figura do menino acaba se transformando no verdadeiro Jesus. Esse milagre foi plasmado por Giotto no final do século XIII num dos afrescos mais famosos da história da arte, que pode ser visto na Basílica de São Francisco de Assis. Fonte: El País - Madri 19 DEZ 2017 

Cantora italiana Caterina Caselli

Caterina Caselli é uma produtora italiana, ex-cantora, baixista e atriz. Em 1966 ela estreou no Festival de Sanremo com a música  "Nessuno mi può giudicare", vendendo mais de um milhão de cópias e recebeu  disco de ouro.  Fonte: Wikipedia






sábado, 22 de dezembro de 2018

China: enormes pilhas de bicicletas abandonadas e quebradas

No ano passado, o compartilhamento de bicicletas decolou na China, com dezenas de empresas de compartilhamento de bicicletas inundando rapidamente as ruas da cidade com milhões de bicicletas coloridas de aluguel. No entanto, o rápido crescimento superou amplamente a demanda imediata e sobrecarregou as cidades chinesas, onde a infraestrutura e os regulamentos não estavam preparados para lidar com uma enxurrada repentina de milhões de bicicletas compartilhadas.

Os ciclistas estacionavam as bicicletas em qualquer lugar, ou simplesmente as abandonavam, bloqueando ruas   e caminhos já lotados. À medida que as cidades apreendiam bicicletas abandonadas aos milhares, elas  agiram rapidamente para limitar o crescimento e regulamentar o setor.

Vastas pilhas de bicicletas apreendidas, abandonadas e quebradas tornaram-se uma visão familiar em muitas grandes cidades.

Como algumas das empresas projetaram o mercado muito grande e   logo começaram a desistir, seu enorme excedente de bicicletas pode ser encontrado acumulando em vastos terrenos baldios.

O compartilhamento de bicicletas continua muito popular na China e provavelmente continuará crescendo, provavelmente em um ritmo mais sustentável. Enquanto isso, ficamos com essas imagens de especulação enlouquecidas - as pilhas de destroços deixados para trás após o estouro da bolha de bicicletas. Fonte: The Atlantic - Mar 22, 2018

Comentário:

É a sociedade de consumo que domina o mundo desenvolvido, ofertando produtos que excede a procura. Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no mercado, leva ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas. Tudo em excesso tem seu efeito colateral; lixo industrial, desperdício, impacto ambiental, etc.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Dime como ser pan


IBGE: Informalidade cresce e atinge 37,3 milhões de trabalhadores em 2017

A informalidade cresceu no Brasil. Em 2017, o país tinha 37,3 milhões de pessoas trabalhando sem carteira assinada, o que significa 1,7 milhão a mais do que em 2016, quando 35,6 milhões trabalhadores estavam nesta situação.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) e têm como base informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

O total de trabalhadores informais em 2017 representa 40,8% de toda a população ocupada (que exerce alguma atividade remunerada) no país, de acordo com o IBGE.
Em novembro do ano passado, entrou em vigor a reforma trabalhista, a mais profunda mudança já realizada na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) desde que ela foi criada, em 1943. O governo Temer defendeu que a nova legislação criaria empregos e reduziria a informalidade.

Os dados do IBGE apontam que a informalidade vinha caindo aos poucos desde 2012, quando começou a ser feita a pesquisa, mas aumentou no ano passado.
Veja abaixo o total de trabalhadores sem carteira a cada ano:
•2012: 37,2 milhões
•2013: 36,8 milhões
•2014: 36,1 milhões
•2015: 36,1 milhões
•2016: 35,6 milhões
•2017: 37,3 milhões
O IBGE não detalhou as causas do aumento na informalidade, apenas relacionou os números à crise econômica que o país atravessou nos últimos três anos.

PRETOS OU PARDOS SÃO MAIORIA
Quase metade (46,9%) da população preta ou parda (denominação oficial usada pelo IBGE) está na informalidade. O percentual entre brancos é menor: 33,7%. O levantamento não apresenta resultados para amarelos (pessoa que se declara de origem japonesa, chinesa, coreana etc.), indígenas ou sem especificação.
O nível de informalidade é equivalente entre homens e mulheres: 40,8% deles não têm registro, enquanto 40,7% delas estão na mesma situação.
Em algumas atividades, porém, o nível de informalidade ultrapassa 50%. É o caso da agropecuária, em que 66,8% dos homens e 75,5% das mulheres não têm registro, e dos serviços domésticos, no qual 57,3% dos homens e 71,2% das mulheres exercem a função sem carteira assinada.

INFORMAL RECEBE MENOS DA METADE
A renda do trabalhador sem carteira assinada é menos da metade da renda de quem atua com registro em carteira. Em 2017, os informais recebiam, em média, 48,5% dos rendimentos dos formais.
A desigualdade se manteve na comparação por sexos. Uma mulher informal recebeu, em média, 73% de um homem na mesma condição. Na análise por cor ou raça, uma pessoa preta ou parda na informalidade recebeu 60% de um branco que estava na mesma situação. Fonte: UOL, em São Paulo-05/12/2018 10h00

Comentário:
Segundo IBGE nos três primeiros meses do ano, o país tinha 32,913 milhões de pessoas com carteira assinada.  
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que a participação de aposentados e pensionistas na população total cresceu 72,1% em 23 anos. De acordo com dados da Pesquisa por Amostragem de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 1992 a 2015, a fatia de inativos passou de 8,2% para 14,2%.
O estudo mostra que em 1992 havia um beneficiário para cada 12 brasileiros. Já em 2015, essa proporção passou para um aposentado ou pensionista para cada sete brasileiros.
Pelo jeito a Previdência já está entrando na zona gravitacional do buraco negro.
Segundo Ministério  do Trabalho em 2018 foram criados mais 500 mil vagas.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Escasez de harina en Cuba

Tras varios días en que la escasez de harina para elaborar pan ha provocado nutridas colas frente a las panaderías y dulcerías de Cuba, muchas de ellas desabastecidas, la Unidad Empresarial de Base (UEB) Cereales Frank País García, en Santiago de Cuba, ya posee el cereal necesario para asegurar en el oriente de Cuba el pan de la canasta básica y el que se vende de forma liberada, aseguró Granma.

Waldis González, director general de la entidad, reveló que tras un proceso de rehabilitación tecnológica, la instalación está produciendo 365 toneladas diarias de harina, cantidad que posibilita cubrir la demanda del pan subsidiado y liberado, así como de los productos cárnicos normados que llevan harina incorporada, en las provincias de Guantánamo, Santiago de Cuba, Granma, Holguín y Las Tunas, unidades de las Far y el Minint, sectores del turismo y tiendas en divisas.

La UEB santiaguera terminó 2017 terminó con un déficit de 240 toneladas, y este año acumula un incumplimiento de 19.301 toneladas.

Ahora, a pesar de la entrada de elementos y accesorios, aún está lejos de las 400 toneladas de harina que debe entregar diariamente.

Según informó la ministra de la Industria Alimentaria, Iris Quiñones Rojas, en el espacio televisivo Mesa Redonda, el déficit de harina que se ha vivido en prácticamente toda la nación, se debe a la demora en la llegada de piezas de repuesto de los molinos de trigo del país.

También el Combinado de Cereales de Cienfuegos, responsable de garantizar el 42 por ciento de la harina de trigo del país, está recibiendo los recursos tecnológicos de forma priorizada, lo cual le permitirá mejorar su rendimiento.

No obstante, según su director, Isbel Vanegas Presno, un incremento sustancial en la  producción solo se conseguirá en el primer trimestre del 2019, “cuando deberemos tener la totalidad de los recursos en función de hacer los trabajos de mantenimiento requeridos y lograr definitivamente la capacidad productiva y la estabilidad de nuestro molino”. Fuente: Redacción de CiberCuba hace 1 semana

Comentário: É o socialismo cubano, bolivariano, etc.
Um socialista, um capitalista e um comunista marcaram um encontro. O socialista chegou atrasado.
-- Desculpem pelo atraso, tive de enfrentar uma fila para comprar salame.
-- O que é fila? -- perguntou o capitalista.
-- O que é salame? -- perguntou o comunista.

Total de pobres no país cresce a 54,8 milhões em 2017

A crise e o aumento das taxas de desemprego em 2017 fizeram o contingente de pobres no país aumentar em 2 milhões, segundo dados do IBGE (Instituto Nacional do Seguro Social).

Havia 54,8 milhões de brasileiros nessa situação no ano passado, ou 26,5% da população brasileira, segundo IBGE. Em 2016 eles eram 25,7% dos brasileiros.
Pela linha definida pelo Banco Mundial —que é a métrica adotada pelo IBGE—, são considerados pobres aqueles que vivem com até US$ 5,50 por dia.
Também aumentou a quantidade de crianças que vive em domicílios pobres, passando de 42,9% para 43,4% do total da população com até 14 anos.

A Síntese de Indicadores Sociais do IBGE também analisa a prevalência de pobreza considerando as características das pessoas de referência dos domicílios.
A recessão econômica dos últimos anos foi responsável pelo aumento de pessoas nessas condições, segundo o IBGE. A taxa de desocupação, que era de 6,9% em 2014, e subiu para 12,5% em 2017.
"Isso equivale a 6,2 milhões de pessoas desocupadas a mais entre 2014 e 2017. Nesse período, a desocupação cresceu em todas as regiões e em todos os grupos etários", informou o IBGE.

Em 2017, 2 em cada 5 trabalhadores do país eram informais.

O IBGE estimou em R$ 10,2 bilhões o custo mensal, se os recursos forem perfeitamente alocados, para erradicar a pobreza no país, ou seja, para que ninguém viva com menos de US$ 5,50 por dia.

Em 2016, faltavam, em média, R$ 183 para que cada pessoa abaixo da linha da pobreza conseguisse superar essa barreira. Esse hiato aumentou em 2017, para R$ 187 reais.
"Para a linha de extrema pobreza (R$ 140 por mês ou US$ 1,90 por dia), o montante necessário para que todos alcancem essa linha era de R$ 1,2 bilhão por mês."

EXTREMA POBREZA
Também cresceu o número de brasileiros em extrema pobreza, um recorte entre os pobres que mostra uma faixa ainda mais vulnerável.
No ano passado, 15,2 milhões de pessoas estavam nessa situação. O recorte considera aqueles que vivem com menos de US$ 1,90 por dia (R$ 140), ainda pela linha do Banco Mundial.
Esse contingente aumentou em 1,7 milhão de brasileiros sobre 2016, passando a representar 7,4% da população, contra 6,6% no ano anterior.


RENDA E ACESSO A BENS E SERVIÇOS
Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio mensal domiciliar per capita no país foi de R$ 1.511 no ano passado.

O Nordeste (R$ 984) e o Norte (R$ 1.011) foram as regiões com os piores resultados. Igualmente, quase a metade da população (49,9% e 48,1%, respectivamente) tinha rendimento médio mensal domiciliar per capita de até meio salário mínimo.

O IBGE também mediu o acesso a bens em dimensões que complementam a análise monetária para avaliar as restrições de acesso a educação, proteção social, moradia adequada, serviços de saneamento básico e internet.

"Nos domicílios cujos responsáveis são mulheres pretas ou pardas sem cônjuge e com filhos até 14 anos, 25,2% dos moradores tinham pelo menos três restrições às dimensões analisadas. Esse é também o grupo com mais restrições à proteção social (46,1%) e à moradia adequada (28,5%)", informou.

Ainda segundo o IBGE, 12,2 milhões viviam em residências com adensamento excessivo (mais de três moradores por dormitório), e 10,1 milhões de pessoas (4,9%) moravam em residências sem banheiro de uso exclusivo.

"Ainda entre as pessoas abaixo dessa linha de pobreza, 57,6% tinham restrição a pelo menos um serviço de saneamento (contra 37,6% da população em geral)."


No total, mais de um terço da população (35,9%)  tinha restrição de acesso ao serviço de esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial. Fonte: Folha de São Paulo - 5.dez.2018

Ataque hacker expõe dados de 500 mi de hóspedes da rede Marriott

A rede de hotéis Marriott, maior conglomerado global do setor, informou na sexta-feira (30 de novembro) ter sofrido um ataque hacker e que dados pessoais de 500 milhões de hóspedes foram comprometidos, segundo notícia publicada no jornal The New York Times.

A empresa foi informada sobre a tentativa de ataque em setembro e, após uma investigação, foi confirmado o acesso não autorizado às informações. A ação pode ter ocorrido no dia 10 de setembro ou antes dele.

Foram comprometidos dados pessoais, como nome, data de nascimento, endereço, número de passaporte e email de quem fez reservas desde 2014.

A invasão teria ocorrido no sistema de reservas da rede Starwood, comprada pela Marriott em 2016.
Os hackers também obtiveram dados criptografados de cartões de créditos. Segundo o The New York Times, não está claro se essas informações poderão ser usadas de algum modo.

Em comunicado, o presidente executivo da Marriott, Arne Sorenson, afirmou lamentar profundamente o incidente. Segundo ele, a empresa não esteve à altura das expectativas de seus hóspedes e do que ela própria espera para si. "Estamos fazendo tudo o que podemos para ajudar nossos hóspedes e aprendendo lições para melhorar no futuro", disse.

A companhia informou as autoridades sobre o vazamento de dados e buscará clientes para informar a situação. "Ainda estamos investigando a situação, então não temos uma lista de hotéis específicos. O que sabemos é que isso só impactou a rede da Starwood", disse o porta-voz da Marriott, Jeff Flaherty, à Reuters.

A Marriott disse que era cedo demais para estimar o impacto financeiro da violação e que isso não afetará sua saúde financeira de longo prazo. A empresa também disse que estava trabalhando com suas seguradoras para avaliar a cobertura. Fonte: Folha de São Paulo - 30.nov.2018 

sábado, 8 de dezembro de 2018

Fim do ensino primário: O modelo de diferenciação do sistema de ensino alemão

Fim do ensino primário é um momento decisivo para o futuro das crianças na Alemanha. Aos dez anos de idade, alunos são distribuídos em diferentes tipos de escolas. Modelo divide especialistas.
   
Dez anos de idade é muito cedo para decidir o futuro profissional de uma criança? No sistema educacional alemão, essa avaliação começa já no fim do ensino primário (Grundschule). Os alunos são distribuídos em três diferentes tipos de escolas no ensino secundário, dependendo do desempenho escolar, da recomendação de professores e, muitas vezes, também da opção dos pais.

Para ingressar no Gymnasium, o aluno tem que ter boas notas. Trata-se de uma formação de oito ou nove anos de duração, que é considerada o caminho natural para quem estará apto a entrar na universidade. Após concluir os estudos, os alunos fazem uma espécie de exame vestibular (Abitur), que só pode ser prestado uma única vez. A nota obtida servirá para o resto da vida em qualquer tentativa de ingressar na universidade. Os estudantes fazem provas específicas de acordo com a área que pretendem seguir: humanas, exatas ou biológicas.

As outras duas opções para os alunos aos dez anos de idade são as escolas que garantem uma formação para profissões técnicas. Na Hauptschule, os alunos adquirem uma formação básica de cinco a seis anos, que irá prepará-los para ingressar numa instituição de ensino profissionalizante.

A Realschulecostuma durar seis anos e combina uma orientação tanto profissional quanto científica. Pode ser definida como algo entre a Hauptschule e o Gymnasium. Se seguir na Realschule até o décimo ano, o aluno obtém um certificado (Mittlere Reife) que lhe possibilita ingressar numa instituição de ensino profissionalizante ou seguir para o Gymnasium e fazer o Abitur.

Esses dois modelos mostram o vínculo do sistema educacional alemão com o mercado de trabalho e a valorização do ensino técnico. Alguns estados federativos oferecem também as Gesamtschulen, que integram os três tipos de formação, sob o argumento que ao fim do ensino primário é muito cedo para dividir as crianças de acordo com o desempenho escolar.

O sistema não é completamente engessado. Dependendo do desempenho do aluno nos dois primeiros anos do ensino secundário, é possível conseguir uma transferência para um outro tipo de escola. Mais tarde, quando o estudante já ingressou na formação profissional, ainda há chances de entrar na universidade. É preciso passar por um curso preparatório de dois anos para o ensino superior.

Esse modelo escolar divide especialistas. Enquanto alguns defendem que a diferenciação entre os alunos causa frustração e acentua desigualdades sociais, outros argumentam que os diferentes modelos permitem justamente que a criança não se frustre caso não consiga atingir um nível mais exigente. Fonte:Deutsche Welle-07.12.2018

O valor social da formação técnica na Alemanha




Para jovens alemães, diploma acadêmico não é o único caminho que leva a um bom salário e ao reconhecimento da família e da sociedade. De curta duração, cursos técnicos garantem rápida entrada no mercado de trabalho.

Quando vi o orçamento de um pintor para renovar as paredes do meu apartamento, entendi por que quem vive na Alemanha valoriza a cultura do faça você mesmo.

Serviços gerais – despidos da ideia do "bico" – custam caro, e quem os faz recebe um salário suficiente para manter um bom padrão de vida. É por isso que ao terminar o equivalente ao Ensino Médio muitos optam por fazer um curso técnico, em vez de obter um diploma acadêmico.

Ingressar no mercado de trabalho sem frequentar a universidade, após uma formação de mecânico, motorista de ônibus, cabeleireiro ou pintor, garante dinheiro suficiente para cobrir as despesas, ir de vez em quando a um restaurante e viajar durante as férias.

O curso técnico, em alemão Ausbildung, oferece formação teórica e prática e exige que o aluno faça um estágio remunerado na área de estudo. Há vários tipos de formação técnica, que variam de um a três anos de duração. As áreas de especialidade vão de hotelaria a jardinagem, de design à química, de vendedor a produtor de cerveja, entre muitas outras.

Para estrangeiros, é preciso escolher um curso relacionado à uma profissão para a qual haja demanda na Alemanha. A lista com as profissões requeridas está no disponível na internet (ausbilding.de). Em 2017, entre as profissões com maior demanda estavam a de técnico em instalações, enfermeiro e cuidador de idosos.

A formação técnica é muito valorizada, especialmente pelo setor industrial. E formar-se como um profissional técnico não impede ninguém de depois entrar na universidade.

Em determinadas profissões, pessoas com diploma acadêmico acabam fazendo uma formação técnica para garantir a muitas vezes difícil entrada no mercado de trabalho.  Fonte: Deutsche Welle-25.05.2018



Comentário:
O Brasil é um dos países com o maior número de pessoas sem diploma do ensino médio: mais da metade dos adultos (52%) com idade entre 25 e 64 anos não atingiram esse nível de formação, segundo o estudo Um Olhar sobre a Educação, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Fonte: BBC Brasil – 11.09.2018