sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Pichação no Monumento às Bandeiras

O Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera amanheceu pichado com tintas coloridas na manhã desta sexta-feira (30).  
Em nota, o Instituto Victor Brecheret se disse "perplexo" e "indignado" com a pichação.
“O Instituto Victor Brecheret – IVB vem a público manifestar sua perplexidade e indignação pelos atos de barbarismo, ocorridos nesta madrugada (30/09), que atingiram, entre outros monumentos da cidade, o “Monumento às Bandeiras”, de autoria de Victor Brecheret. É uma violência cometida contra uma das mais importantes obras artísticas do país.
O Monumento às Bandeiras pertence ao Povo Brasileiro. Como símbolo, deve ser respeitado e sua preservação garantida por todos nós.
O Instituto Victor Brecheret – IVB espera a restauração completa da obra, para que ela possa permanecer para as próximas gerações.









MONUMENTO ÀS BANDEIRAS
Monumento às Bandeiras é uma obra de arte executada pelo escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret, localizada na entrada do Parque do Ibirapuera, no município de São Paulo, Brasil.
Foi erguida na região centro-sul da cidade, na praça Armando Salles de Oliveira, em frente ao Palácio Nove de Julho, sede da Assembleia Legislativa, e ao Parque do Ibirapuera, tendo sido encomendada pelo governo de São Paulo em 1921.
Sua escultura possui 240 blocos de granito, cada um pesando aproximadamente 50 toneladas, com cinquenta metros de comprimento e dezesseis de altura. Foi inaugurada em 1954,juntamente com o Parque do Ibirapuera para as comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo.
A obra representa os bandeirantes, expondo suas diversas etnias e o esforço para desbravar o país. Além de portugueses (barbados), vemos na obra negros, mamelucos e índios (com cruzes no pescoço), puxando uma canoa de monções, utilizadas nas expedições fluviais. Fonte: Wikipédia

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Colômbia e Farcs assinam acordo de paz

O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram na  segunda-feira (26/09) o histórico acordo de paz que promete pôr fim aos 52 anos de conflito armado no país.

 O número um das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como Timochenko, exaltou o acordo. "Estamos renascendo para lançar uma nova era de reconciliação e de construção da paz", disse na cerimônia em Cartagena, que marcou a assinatura do documento. O líder guerrilheiro pediu ainda perdão pelo sofrimento causado durante o conflito.

O acordo foi assinado com uma caneta feita a partir de um projétil, chamada de balígrafo. Segundo o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, o objeto representa a transição das balas para a educação. Após a assinatura, os dois apertaram as mãos e Echeverri, seguindo o exemplo de Santos, colocou em sua camisa um broche com uma pomba branca.

Durante o minuto de silêncio que lembrou as vítimas da guerra, 50 bandeiras brancas foram hasteadas. Os cerca de 2,5 mil convidados da cerimônia vestiram branco como um símbolo da paz.

O ato solene contou ainda com a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; do secretário de Estado americano, John Kerry; do líder cubano Raúl Castro; além dos presidentes do Equador, Rafael Correa, e do Panamá, Juan Carlos Varela; e do rei Juan Carlos da Espanha. O ministro das Relações Exteriores, José Serra, representou o Brasil. Michel Temer não compareceu ao evento, alegando problemas de agenda.

"Hoje os colombianos dizem adeus a décadas de chamas e estão enviando uma luz brilhante de esperança que ilumina o mundo. Foi uma honra para a comunidade internacional apoiar este esforço", afirmou Ban, em seu breve discurso no ato.
Com a assinatura do documento, a União Europeia (UE) retirou as Farc da lista de organizações terroristas, como anunciou a chefe da política externa da UE, Federica Mogherini.
Em mais de 50 anos, o conflito na Colômbia, o mais longo da América, provocou a morte de 220 mil pessoas e deixou mais de 6 milhões de deslocados internos.

O ACORDO DE PAZ

Alcançado em agosto em Havana, após anos de negociações, o acordo precisa agora ser referendado pelos colombianos num plebiscito marcado para o próximo dia 2 de outubro. Para ser validado, exige a participação de mais de 13% dos eleitores, 4,5 milhões de pessoas. Todas as pesquisas projetam a vitória do "sim" na consulta popular. Fonte: Deutsche Welle - Data 26.09.2016

Datafolha divulga nova pesquisa de intenção de votos


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

ICE 4, a nova geração do trem rápido alemão

A companhia ferroviária alemã Deutsche Bahn apresentou oficialmente o ICE 4, novo integrante de sua frota de trens de alta velocidade da série InterCity Express. Ele deverá entrar em circulação em dezembro de 2017.
O NOVO MODELO
A quarta geração do ICE deverá começar a circular em dezembro do ano que vem, após uma fase de testes. Estes testes com o novo ICE 4 (à direita na foto, ao lado do ICE 3) devem começar ainda em 2016. O novo trem tem 346 metros de comprimento e capacidade para 830 passageiros.
OPÇÃO PELO ESPAÇO INTERNO
O espaço entre as poltronas poderia ter sido reduzido, aumentando a capacidade para 1.000 passageiros. Mas a companhia ferroviária optou pelo conforto: há espaço suficiente para as pernas, mais lugar para a bagagem, e também se pensou nos cadeirantes.
VERSÁTIL E ECONÔMICO
Apesar da possibilidade de instalar tantas poltronas, o trem de 12 módulos é relativamente leve. E o consumo de energia por assento é até 22% menor que o de um ICE da primeira geração. A velocidade máxima é de 250 quilômetros por hora, 50 km/h a menos que o modelo anterior.
Deutsche Welle- Data 19.09.2016

domingo, 18 de setembro de 2016

O metrô ao redor do mundo

Comparamos o tamanho do metrô de São Paulo e sua tarifa com outras grandes cidades do planeta
No início deste ano, as tarifas dos ônibus, trens e metrô de São Paulo sofreram um novo reajuste. De 3,50 foram para 3,80 reais, Convertendo em dólares, esse nem é o valor mais alto, se comparado ao de outras sete grandes cidades na América Latina, Estados Unidos e Europa. Mas se o número de linhas e o tamanho da população a quem o serviço atende entrarem na conta, o metrô paulista fica pequeno para uma tarifa tão grande. Fonte: El Pais - São Paulo 29 FEV 2016  

Trânsito piora nas grandes cidades latino-americanas

As capitais da América Latina se encontram entre as de pior situação, segundo uma classificação de boas condições de circulação. São as conclusões de uma análise com base em milhões de dados recolhidos pelo aplicativo Waze, voltado para motoristas, em 235 centros urbanos de todo o mundo.

Dentre as cidades estudadas, e para igualar as condições de comparação, foram levados em conta as áreas metropolitanas maiores que a da cidade de Barcelona (mais de 1,6 milhão de habitantes).

Dallas, nos Estados Unidos, lidera a lista com uma pontuação de 7,28 em uma escala de 10. Muito longe das condições de Manila (Filipinas), que mal supera o zero, com a nota de 0,33. As megalópoles latino-americanas ficaram mal posicionadas no estudo. A que obteve melhor nota é Buenos Aires, mas com exíguos 3,13. São Paulo está no número 19, com 1,37, e o Rio de Janeiro, no posto seguinte, com 1,26. O tráfego na Cidade do México, Lima e Bogotá está entre os cinco piores das grandes cidades do mundo.

Os tráfegos de Cidade de México, Lima e Bogotá estão entre os cinco piores das grandes cidades do mundo

O estudo analisa os dados obtidos pelo aplicativo em uma série de variáveis objetivas, como a proporção de ruas e outras vias que estejam congestionadas, o tempo que os motoristas levam para ir de sua casa ao trabalho e a velocidade de circulação dos veículos nas horas de pico. Também foi incluído no cálculo o número de obras e de ruas e estradas bloqueadas.

Para outra seção do ranking, o Waze levou em conta variáveis mais subjetivas para determinar a satisfação geral dos motoristas, como a segurança das vias ou os serviços relacionados com a condução que eles têm à disposição.  Fonte: El Pais - Madri 16 SET 2016 

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Termina a série política brasileira House of Cards

Chegou ao fim o mais longo processo de cassação da história da Câmara dos Deputados. Após mais de 10 meses, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar, viu seus aliados se afastarem e teve sua cassação aprovada por 450 votos a favor e dez contra às 23h50 desta segunda-feira, 12 de setembro.

Em 31 de agosto, quarta-feira, o plenário do Senado aprovou o impeachment de Dilma Rousseff (PT). A decisão, anunciada às 13h36min ocorreu quase nove meses após o início da tramitação do processo na Câmara dos Deputados e três meses e meio depois do afastamento provisório de Dilma. Por 61 votos a 20, o plenário do Senado aprovou o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Com isso, Michel Temer (PMDB) tomou posse maneira definitiva como presidente da República para cumprir o mandato até o final de 2018.

Ainda temos a novela da “Lava-Jato” cheio de vilões, intrigas e delações premiadas. E os bons mocinhos os “Paladinos da Justiça”.


"O poder é muito parecido com o mercado imobiliário. Tudo resume-se a localização, localização, localização. Quanto mais perto se está da fonte, maior o seu valor. Frank Underwood –Série House of Cards

Eduardo Cunha é cassado


sábado, 10 de setembro de 2016

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Pizzas preferidas dos italianos

Considerada um símbolo da gastronomia da Itália, a pizza é o prato preferido dos habitantes do país. Em casa ou na praia, com a família ou os amigos, o consumo da "redonda" é universal, mas a preferência de sabores varia em cada região.

No norte, os homens preferem as pizzas de presunto com cogumelos, enquanto que em Nápoles a favorita é a de mussarela de búfala. Já as mulheres, sempre à procura do corpo perfeito, gostam mais das vegetarianas.

Segundo pesquisa realizada pela empresa Buitoni com mais de 4 mil italianos com idades entre 18 e 65 anos, os sabores preferidos em cada região:
■ no norte, de presunto e cogumelos (89%) e a clássica margherita (87%);
■ no sul, mussarela (82%), marinara (71%) e atum e cebola (64%).

Entre as mulheres
■a preferida é a pizza norma, com maçãs e ricota salgada, com 67%,
■seguida pela de frutos do mar, com 59%, e
■ de tomate cereja, alcaparras e azeitonas, com 45%.
  
Além de símbolo culinário, a pizza é considerada por 52% dos italianos como "símbolo de socialização e compartilhamento" e por 45% como "um prato forte da cozinha nacional".

Tradição
"A tradição desse prato nasceu na rua, um lugar popular. Um verdadeiro microcosmo, com valores e simbologias importantes para nós italianos, para quem a pizza é um símbolo e uma síntese", afirma a antropóloga alimentar Lucia Galasso.
  
Inovação nos ingredientes
"A pizza evoluiu, os ingredientes que se usa a enriquece e a torna fascinante para todos os nossos sentidos. É um prato que desafia todas as estações, renovando sua ligação profunda com a nossa tradição e nossa identidade cultural", afirma a antropóloga alimentar Lucia Galasso.
Com o crescimento da busca por alimentação saudável, as pizzarias estão cada vez mais acrescentando aos cardápios opções leves e naturais. Em Roma, por exemplo, foi recuperada a tradicional da "pinsa", uma pizza mais leve e de fácil digestão.

Faturamento
De acordo com a consultoria italiana Doxa, o mercado da pizza movimenta "números astronômicos". 56 milhões de redondas são vendidas por semana, com uma arrecadação de cerca de US$ 3 bilhões por ano, sendo uma boa parte por meio do consumo de congelados.

Tipo de forno  
O tipo de forno também desempenha um papel muito importante no resultado final da produção de pizzas. Os mais populares são os artesanais, com tijolos e grandes cúpulas, uma tendência entre os napolitanos.
  
Mas afinal, qual é o melhor dia para saborear uma pizza?
Oito italianos em cada 10 preferem fazer a refeição durante o fim de semana:
■ 32%, no sábado; 25%, no domingo; e 22%, às sextas-feiras.
Fonte: Ansa - 02 Setembro, 2016

Comentário:Segundo levantamento realizado pela APUESP (Associação Pizzarias Unidas do Estado de São Paulo), diariamente são consumidas 1 milhão de pizzas no país, sendo 572 mil apenas em São Paulo – considerada como a segunda cidade que mais consome pizza no mundo - fica atrás apenas de Nova Iorque.

No Brasil, existem 36 mil pizzarias em funcionamento – sendo 11 mil no estado de São Paulo. É um setor que gera 360 mil postos de trabalho, com faturamento em torno de 22 bilhões de reais por ano.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

China: Desenvolvimento - metrô

A China inaugurou sua primeira linha de metrô em 1969 na capital Pequim, posteriormente em 1980 foi concluída a 2ª linha do metrô do em Tianjin.
Com início  da liberalização econômica na década de 1980 várias cidades começaram a planejar e executar rede de metrô.
Em maio 1993 Xangai abriu sua primeira de metrô com de 6,6 km, seguida de Guangzhou com uma linha de 5 km em Junho de 1997.
Devido ao volume de investimento o governo proibiu que as cidades investissem no projeto de metrô..
Em 2004 suspendeu a proibição devido à proximidade dos Jogos Olímpicos de 2008 e a World Expo 2010 em Xangai
A partir de 2004, vastas somas foram investidos em projetos de metrô, permitindo que as cidades chinesas  ultrapassassem as principais cidades ocidentais.
■ Pequim com 16 linhas, com extensão de 434 km
■  Xangai com 14 linhas com extensão de 538,8 km
■ Guangzhou, com 8 linhas com extensão de 240,8 km

As maiores redes do mundo
Nova York (370 km), Cidade do México (226 km), Londres (408 km), Paris ( 215 km), Madrid (224 km), Moscou (325 km), Seoul (327 km) e Tóquio (304 km).

■ Em 2013,  370 km de linhas de metro foram inauguradas
■ Em 2014, projeto em execução de 490 km de novas linhas.
Fonte: Rail Journal - Wednesday, November 19, 2014

Comentário: Comparando com São Paulo
O metrô entrou em operação  em 1974. Possui 78,4 quilômetros de linhas em 42 anos de operação. O metrô constrói em média 1,8 km por ano de linha.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

China: Desenvolvimento - rodovias

Em 2012 foram inauguradas 87.000 quilômetros de estradas na China, marcando um novo recorde de crescimento, sendo 11.000 quilômetros  de autoestradas.  Além disso, 194.000 km de estradas rurais foram restauradas e melhoradas. Fonte: China Daily, September, 2016

Comentário:
Malha rodoviária do EUA: 6.580.000 km
Malha rodoviária da China: 4.460.000 km

Malha rodoviária do Brasil: 1.751.000 km

sábado, 3 de setembro de 2016

Charlie Hebdo faz charge de terremoto na Itália e causa revolta


O jornal satírico francês "Charlie Hebdo" publicou na esta sexta-feira (2) uma sátira com as vítimas do terremoto ocorrido na região central da Itália no último dia 24 e causou revolta entre os italianos.

Na imagem intitulada "Terremoto à  Italiana", a publicação mostra um desenho de um homem ensanguentado, chamando-o de "penne ao molho de tomate", de uma mulher machucada, definindo-a como "penne gratinado", e de uma pilha de corpos de vítimas, à qual o jornal chamou de "lasanha".

O prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi, repudiou a imagem e pediu que os mortos sejam respeitados. A cidade registrou 232 das 293 vítimas fatais da tragédia e foi a mais danificada em suas estruturas. "Como é que se faz uma charge sobre os mortos!", reagiu o prefeito. "Tenho certeza de que essa sátira desagradável e constrangedora não reflete o sentimento francês".

Os representantes de todos os grandes partidos políticos da Itália criticaram o uso dos mortos da tragédia pelo "Charlie Hebdo".

Nas redes sociais, o "Charlie Hebdo" também recebeu uma enxurrada de críticas e acabou publicando outra charge para se "explicar" ao público. No novo desenho, um italiano aparece saindo dos escombros com a legenda: "Não é o Charlie Hebdo que constrói as casas. É a máfia".

FRANÇA CRITICA CHARGE
A Embaixada da França na Itália repudiou a sátira publicada pelo jornal "Charlie Hebdo".

"O desenho publicado pelo 'Charlie Hebdo' não representa absolutamente a posição da França", escreveu em comunicado a entidade citando a "imensa tragédia" que atingiu a Itália.
Fonte: G1 e Ansa - 02 Setembro, 2016


Comentário: Todos têm direito  a liberdade de expressão, mas sem ofender. 

Colômbia: As FARC anunciam o cessar-fogo definitivo

Acabou. Este domingo será o último dia do conflito armado entre o Governo e as FARC depois de 52 anos de guerra. A materialização da frase “a guerra acabou”, pronunciada na quarta-feira por Humberto de la Calle, chefe negociador do Governo na mesa de negociação com as FARC, começa a ser sentida.

O anúncio do cessar-fogo definitivo estabelecido na quinta-feira passada pelo presidente Juan Manuel Santos foi ratificado neste domingo, dia 28 de agosto, com o pronunciamento do líder máximo da guerrilha, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, em Havana, lugar que foi testemunha durante quatro anos das conversações de paz. “Em minha condição de comandante das FARC-EP ordeno a todos os nossos comandados, a nossas unidades, a todos e a cada um de nossos combatentes o cessar-fogo de hostilidades definitivamente contra o Estado colombiano”. No breve pronunciamento, Londoño afirmou que “as rivalidades e rancores devem ficar no passado. Hoje mais do que nunca lamentamos tanta morte e dor pela guerra”. Além disso o chefe das FARC encorajou o início de um processo de convivência. “Acabou a guerra, vamos conviver como irmãos e irmãs.”

O anúncio dos dois lados implica o fim da ofensiva militar das FARC, depois de mais de cinco décadas de atividade bélica, que deixou mais de 220.000 mortos e cerca de oito milhões de vítimas.
 No entanto, será apenas até a assinatura protocolar entre Governo e FARC, esperada para o fim de setembro, quando começar a entrega de armas por parte das FARC sob a supervisão e a verificação das Nações Unidas. Durante um período não superior a 180 dias e em 28 regiões, estabelecidas no acordo, a guerrilha fará sua passagem à vida civil, o que implica que entregarão os fuzis e deixarão os uniformes camuflados que usaram durante décadas.

Os efeitos do silêncio dos fuzis foi sentido desde que a trégua começou. No ano de 2015, houve 146 mortes devido à guerra e em junho deste ano os registros falavam de três vítimas. Com o anúncio deste domingo, a guerrilha se compromete a não derramar mais sangue, e afirma que não haverá mais um morto sequer por suas mãos.

Timochenko, em sua intervenção, também convocou oficialmente a X Conferência das FARC, que ocorrerá de 13 a 19 de setembro em San Vicente del Caguán.

Os líderes vão se reunir com as bases da guerrilha para explicar-lhes sobre as armas e a saída da vida na insurgência e passar à vida civil, integrando-se como movimento político. Será o fim das FARC como guerrilha. A Colômbia já começa a escrever uma nova história. Fonte: El País - Bogotá 28 AGO 2016 

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Cronologia: Dilma da eleição a cassação

26/10/2014
A presidente Dilma Rousseff (PT) é reeleita. Logo após o resultado, partidários de Aécio Neves (PSDB), derrotado nas urnas, entoam gritos de 'impeachment' na Avenida Paulista, em São Paulo. Do outro lado da via, petistas celebram a vitória.

5/12/2014
Antes da posse da presidente, Aécio e líderes da oposição gravam um vídeo convocando a população para um protesto.

18/12/2014
O PSDB pede ao TSE a cassação do registro de Dilma e do vice, Michel Temer (PMDB), e requer que Aécio assuma a Presidência no lugar.

1/1/2015
A presidente toma posse e reafirma que combaterá a corrupção em seu segundo mandato.

1/2/2015
Eduardo Cunha (PMDB) é eleito presidente da Câmara em primeiro turno. Em discurso, após derrotar o candidato do Planalto, promete ser 'independente' do governo.

4/2/2015
A Petrobras é alvo da maior operação contra corrupção da história do país, a Lava Jato.

26/02/2015
A Câmara instala uma CPI para investigar os desvios na Petrobras.

3/3/2015
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocola no Supremo Tribunal Federal pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

8/3/2015
Dilma faz um pronunciamento à nação no Dia da Mulher culpando a crise mundial pelas dificuldades econômicas e pedindo 'paciência'. Pessoas em várias partes do país fazem 'panelaço' durante a transmissão.

15/03/2015
Mais de 2 milhões de pessoas participam em atos em pelo menos 160 cidades do país para protestar contra a corrupção e o governo da presidente Dilma.

7/4/2015
A presidente coloca o vice, Michel Temer, na articulação política com o Congresso. O ministro Pepe Vargas (PT) deixa o cargo na Secretaria de Relações Institucionais.

12/4/2015
Novos atos contra o governo reúnem mais de 700 mil pessoas em pelo menos 224 cidades do país.

27/5/2015
Integrantes do Movimento Brasil Livre protocolam um pedido de impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados.

17/6/2015
O Tribunal de Contas da União decide adiar a análise de conta do governo por contas de irregularidades encontradas e dá prazo para Dilma explicar 'pedaladas fiscais'.

16/7/2015
O delator da Operação Lava Jato Júlio Camargo afirma que Cunha lhe pediu propina de US$ 5 milhões para viabilizar um contrato de navios-sonda da Petrobras.

17/7/2015
Eduardo Cunha (PMDB) anuncia rompimento com o governo e diz que é 'oposição'.

6/8/2015
Pesquisa Datafolha mostra que 71% reprovam o governo Dilma, a pior taxa da história da pesquisa, superando os 68% de 'ruim' e 'péssimo' registrados pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1992.

10/8/2015
O presidente do Senado, Renan Calheiros, diz que a sociedade não quer que o Congresso ponha ‘fogo’ no país e que a apreciação das contas de governos anteriores e do primeiro mandato da presidente Dilma não é prioridade do Parlamento.

10/8/2015
A inflação aumenta, e a previsão é de que atinja a pior taxa em 13 anos.

16/8/2015
Todos os estados e o DF têm protestos contra o governo. Manifestantes pedem renúncia ou impeachment de Dilma e o fim da corrupção.

20/8/2015
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresenta denúncia contra Eduardo Cunha (PMDB) por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato.

11/9/2015
O governo entrega novas explicações sobre contas de 2014 ao TCU. De acordo com a AGU, não houve violação da Lei de Responsabilidade Fiscal.

14/9/2015
O governo anuncia um pacote de corte de gastos e propõe a volta da CPMF. Dias depois, o dólar bate a marca histórica de R$ 4.

2/10/2015
A presidente Dilma anuncia uma reforma ministerial e entrega pastas de Ciência e Tecnologia e Saúde para o PMDB, com o objetivo de assegurar a governabilidade, formando uma nova base de apoio partidário no Congresso para obter maioria parlamentar e evitar as derrotas que vinha sofrendo.

6/10/2015
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reabre ação do PSDB para impugnar os mandatos da presidente Dilma e do vice Michel Temer por suposto abuso de poder na eleição de 2014.

7/10/2015
O TCU recomenda ao Congresso reprovar as contas do governo de 2014 por contas de irregularidades, como as 'pedaladas fiscais'.

21/10/2015
Parlamentares da oposição entregam a Eduardo Cunha (PMDB) um pedido de impeachment elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e a advogada Janaina Paschoal.

3/11/2015
O Conselho de Ética da Câmara instaura um processo para investigar se Eduardo Cunha (PMDB) cometeu quebra de decoro parlamentar ao dizer que não tinha contas bancárias na Suíça.

2/12/2015
A bancada do PT na Câmara decide votar pela continuidade do processo de Eduardo Cunha (PMDB). No mesmo dia, Cunha autoriza a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma baseado no requerimento feito pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

8/12/2015
Em votação secreta numa sessão marcada por tumultos, a Câmara dos Deputados elege uma chapa alternativa integrada por deputados de oposição e dissidentes da base governista para a comissão especial do processo de impeachment. À noite, no entanto, o ministro do STF Luiz Edson Fachin decide suspender a formação e a instalação da comissão e determina que os trabalhos sejam interrompidos até que o plenário do Supremo analise o caso.

17/12/2015
A maioria do STF decide anular a eleição da chapa alternativa para a comissão especial da Câmara e determina que a votação para a escolha dos integrantes seja aberta. Os ministros entendem que somente indicações de líderes partidários ou blocos são válidas. Fica decidido também que o Senado poderá recusar a abertura do processo de impeachment mesmo após a Câmara autorizar a instauração.

1/2/2016
A Câmara recorre ao Supremo contra a decisão da Corte que barrou o rito definido por Eduardo Cunha para o impeachment. Para a Mesa, a decisão precisa ser esclarecida.

13/3/2016
Governo Dilma é alvo do maior protesto nacional pelo impeachment. Em mais de 300 municípios, ao menos 3,6 milhões de pessoas vão às ruas, segundo a PM. Para os organizadores, são mais de 6,9 milhões de manifestantes.

14/3/2016
Após os protestos, Dilma pede diálogo com o Congresso para conter impeachment.

16/3/2016
O Supremo nega o recurso de Cunha e mantém as regras definidas para o impeachment, abrindo caminho para o início do processo. 

17/3/2016
A Câmara elege os membros da comissão especial que analisa o impeachment. PT e PMDB são os dois partidos com mais integrantes na comissão.

28/3/2016
A OAB protocola novo pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. É o 12º pedido contra Dilma apresentado à Câmara.

30/3/2016
A comissão especial de impeachment começa a analisar os argumentos a favor e contra o processo.

1/4/2016
Chegam à Câmara dois pedidos de impeachment do vice-presidente Michel Temer. Um apresentado por Cid Gomes (PDT) e outro, por um advogado.

4/4/2016
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, apresenta a defesa de Dilma à comissão especial. 'Vingança', diz.

5/4/2016
O ministro Marco Aurélio, do STF, concede liminar para obrigar Eduardo Cunha a abrir o processo de impeachment do vice Michel Temer. Cunha promete recorrer.

6/4/2016
O relator do processo na comissão especial, Jovair Arantes (PTB-GO), apresenta relatório favorável à abertura do processo contra a presidente.

7/4/2016
O PT indica nomes para a comissão especial do impeachment de Temer.

8/4/2016
A comissão especial do impeachment de Dilma começa a analisar o parecer do relator.

13/4/2016
O PSD, um dos partidos da base de Dilma, decide apoiar o impeachment. Estados têm manifestações pró e contra o impeachment.

14/4/2016
A AGU vai ao Supremo para tentar barrar o impeachment. A alegação é que houve lesão ao 'direito de defesa'. Ao todo, cinco pedidos tentam barrar a votação ou alterar a ordem de votação dos deputados estabelecida por Cunha. O Supremo nega todos os pedidos e mantém o processo em andamento. O recurso da AGU foi negado por unanimidade.

15/4/2016
Começa a sessão na Câmara para julgar a abertura do processo de impeachment de Dilma, com previsão de duração de três dias. O autor do pedido de impeachment Miguel Reale Junior discursa na sessão e diz que as pedaladas são 'crimes contra a pátria'. Em defesa de Dilma, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, diz que a presidente não cometeu crime e que o impeachment é 'retaliação'.

16/4/2016
Representantes dos 25 partidos falam no plenário da Câmara em sessão iniciada na sexta e encerrada apenas na noite de sábado. É a sessão mais longa já realizada na história da Casa.

17/4/2016
Com 367 votos a favor, processo de impeachment contra Dilma passa na Câmara e segue para o Senado.

25/4/2016
São escolhidos os 21 titulares e os 21 suplentes da comissão especial do Senado

6/5/2016
A comissão especial do Senado aprova, por 15 votos a favor e 5 contrários, o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) favorável ao prosseguimento do processo de afastamento da presidente Dilma

11/5/2016
Senadores iniciam a sessão que vai votar a abertura do processo de impeachment e o afastamento da presidente

12/5/2016
Por 55 votos a favor e 22 contra, o Senado instaura o processo de impeachment e afasta Dilma por até 180 dias

12/5/2016
Dilma é afastada; assume o vice Michel Temer como presidente em exercício

1/6/2016
Cardozo entrega no Senado a defesa de Dilma no processo de impeachment

29/6/2016
A Comissão Especial do Impeachment no Senado termina de ouvir as mais de 40 testemunhas do processo, sendo a maioria delas indicada pela defesa de Dilma

28/7/2016
O advogado de Dilma, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, entrega as alegações finais da fase intermediária do processo à Comissão do Impeachment

4/8/2016
Após ouvir testemunhas e especialistas, a comissão especial do Senado recomenda que Dilma seja julgada por 14 votos a 5

10/8/2016
O Senado aprova por 59 votos a 21 o relatório da comissão especial que recomenda que Dilma seja levada a julgamento pela Casa

29/8/2016
Dilma vai ao Senado para fazer sua defesa própria, diz que é alvo de um 'golpe de estado' e nega ter cometido os crimes de responsabilidade pelos quais é acusada

31/8/2016
Por 61 votos a favor e 20 contra, o Senado afasta Dilma definitivamente do cargo; em outra votação, senadores decidem, por 42 a 36 (e três abstenções), que ela não ficará inabilitada a exercer cargos públicos. Fonte: G1-31/08/2016