domingo, 27 de setembro de 2015

Alckmin: Prêmio à gestão na crise hídrica

Em meio a racionamento, governador tem atuação enaltecida por deputados. Premiação a tucano virá após uma série de críticas à condução das medidas para reagir à pior seca em 85 anos

Em meio a um racionamento de água que atinge milhares de pessoas da Grande SP, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) disse que irá a Brasília no mês que vem para receber pessoalmente um prêmio dado pelo Congresso Nacional por sua gestão nos recursos hídricos do Estado.

O governador foi um dos vencedores do prêmio sobre iniciativas de mobilidade e saneamento criado por uma comissão da Câmara. O nome de Alckmin foi indicado pelo deputado tucano João Paulo Papa (SP), ex-diretor da Sabesp.

O deputado disse que a atual crise hídrica apenas joga luz no esforço do governador no setor de saneamento.

Na avaliação do governador, "São Paulo hoje é um modelo para o Brasil do ponto de vista de recursos hídricos".

O Estado de SP atravessa a pior estiagem dos últimos 85 anos. Agravada no início de 2014, a crise deixou à beira do colapso os principais reservatórios, enquanto diferentes bairros convivem com torneiras secas até 20 horas por dia.

Para a ANA (Agência Nacional de Águas), faltou planejamento ao Estado. Já para o TCE (Tribunal de Contas do Estado), o governo paulista tinha indícios da gravidade da estiagem e poderia ter adotado ações mais eficientes. Fonte: Folha de São Paulo - quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Comentário: Em 26/09/2017,  a situação o Sistema Cantareira continua no volume morto; 16,1%.

 A premiação é criticada por especialistas;

1-Édison Carlos, do Instituto Trata Brasil, reconhece que São Paulo é o mais avançado em saneamento (justificativa dada para a concessão do prêmio), mas, segundo ele, nenhum Estado deveria ser premiado, já que todos estão muito longe de níveis satisfatórios de saneamento.

São Paulo, inclusive, não trata nem metade de seu esgoto. Édison disse acreditar que o momento para o prêmio é "inoportuno".

2-Mario Mantovani, diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, o prêmio é "equivocado" diante do momento vivido pelo Estado. "Acredito que a repercussão foi mais negativa do que positiva para o governador", diz ele.

3- Carlos Thadeu, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a escolha de Alckmin para a premiação é um "acinte". "Milhares de pessoas passam por graves casos de falta de água e o governador é premiado. Não faz sentido", questiona.

4-  Marussia Whately, da rede Aliança Pela Água, a concessão do prêmio "beira a falta de respeito com as pessoas que sofrem e ainda sofrerão com os efeitos da crise hídrica no Estado".

"Já é de conhecimento público, e inclusive citado em relatórios do Tribunal de Contas do Estado, que é falta de planejamento da gestão Geraldo Alckmin", diz sobre os problemas de abastecimento. Fonte: Folha de São Paulo - 24 de setembro de 2015

A fita cassete não morreu

A fita-cassete, que muitos julgavam morta, está mais viva do que nunca. A National Audio Company, uma das últimas empresas que ainda se dedicam a esse produto, afirma estar vivendo seus melhores anos desde que abriu as portas, no remoto ano de 1969. “Nosso modelo de negócio pode ser descrito como teimoso e estúpido. Fomos teimosos demais para desistir”, afirma Steve Stepp, presidente da empresa.

A National Audio é o maior – e um dos últimos – fabricantes de fitas-cassete nos Estados Unidos. Seu sucesso, aliás, talvez resida no fato de ser uma empresa quase sem concorrentes. Só neste ano ela fabricou mais de 10 milhões de fitas, e suas vendas cresceram expressivos 20%. “É provável que o real motivo do crescimento da nossa empresa seja o movimento retrô”, acrescenta Stepp. “Muita gente sente saudade de ter uma fita-cassete nas mãos.” Para muitos, trata-se de uma forma de voltar aos anos noventa, quando os toca-fitas deliciavam os amantes da música, permitindo que escutassem suas bandas favoritas em qualquer lugar.

Música independente

“Houve um movimento de alguns grupos de música independente pela retomada desse som mais quente, e desde então essa tendência não para de crescer”, salienta a diretora de produção da National Audio, Susie Brown.

A empresa, com sede em Springfield (Missouri), tem acordos com a maioria das gravadoras, incluindo Sony Music Entertainment e Universal Music Group, e com um pequeno número de bandas independentes. Aproximadamente 70% do seu faturamento provêm da venda de fitas gravadas com música, e o resto é resultado da venda de fitas virgens.

A empresa, como não poderia deixar de ser, ainda usa em sua linha de produção máquinas fabricadas na década de setenta. Fonte: El País - 6 SEP 2015

Comentário: Velhos tempos, que vivíamos quadro a quadro, passo a passo. Hoje tudo é instantâneo; o presente é o futuro. Os adoradores das redes sociais. Sorria, você está na rede social, é o mundo da Poliana. 

sábado, 19 de setembro de 2015

Lula pede a Dilma que privilegie os fiéis na reforma política

Na primeira conversa com a presidente Dilma Rousseff após a divulgação do pacote fiscal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a ela que faça uma reforma ministerial mais ampla, para garantir sustentação política no Congresso e evitar o processo de impeachment. Lula disse a Dilma, que ela precisa aumentar o espaço dos aliados fiéis e diminuir os cargos dos traidores, porque somente assim conseguirá aprovar o ajuste e barrar iniciativas para afastá-la do Planalto. Fonte: O Estado de São Paulo - 18 Setembro 2015 

Comentário: Parece que veremos a terceirização da presidência?

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Dilma: Prescrição para economia; chá de Losna, Carqueja e Jurubeba


Á presidente Dilma Rousseff defendeu os ajustes fiscais de seu governo alegando que são “remédios amargos”, mas necessários para que o país enfrente uma travessia rumo a retomada do crescimento econômico.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo tem uma série de "reformas estruturais" que estão sendo discutidas com o Congresso e que o país precisa de uma "ponte fiscal" para voltar ao crescimento econômico. Ele afirmou que o pacote com as novas medidas deve estar "bem estruturado para começar a ser votado" até o final de setembro.

País perde selo de bom pagador: A agência de avaliação de risco Standard & Poor's (S&P) cortou, nesta quarta-feira (9), a nota do Brasil de "BBB-" para "BB+". Com isso, o país perdeu o chamado "grau de investimento", ou seja, deixou de ser considerado um bom pagador, um lugar recomendável para os investidores aplicarem seu dinheiro.

Além de retirar do Brasil o grau de investimento, a S&P sinalizou que a situação pode piorar ainda mais, ao manter a perspectiva negativa para a nota brasileira.

"Os desafios políticos que o Brasil enfrenta continuam a crescer, pesando sobre a habilidade do governo e a disposição de enviar um orçamento de 2016 ao Congresso consistente com uma significativa política corretiva sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma", segundo a S&P.

A S&P foi a primeira das três principais agências de classificação de risco a conceder ao Brasil o selo de bom pagador, em abril de 2008, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, é a primeira a colocar o Brasil de volta ao grau especulativo.

O país ainda mantém o grau de investimento de acordo com as outras duas principais agências: Fitch e Moody's.

Avaliação de agências indica risco de calote aos investidores: Um governo consegue dinheiro vendendo títulos no mercado. Os investidores compram papéis com a promessa de receberem o dinheiro de volta no futuro com juros. Quando um governo tem avaliação ruim, considera-se que há risco de dar um calote e não pagar esses investidores.

Se houver desconfiança sobre essa devolução, fica difícil conseguir vender esses títulos, e o país tem de pagar mais juros aos investidores para compensar o risco maior. O país com mais confiança são os EUA.

O chamado grau de investimento indica aos investidores que uma economia tem baixo risco de dar calote, e que as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse país terão risco próximo a zero. Fonte: UOL 10/09/2015

Comentário: Entre os brasileiro espalhou-se a notícia de que haveria uma baita festa no Brasil, com distribuição de fartura, Bolsa Família, Bolsa Família da classe Média, Bolsa Empresarial BNDES, , Minha Casa Minha Vida, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Bolsa Pré‑Sal,  e outros auxílios; Auxílio-gás; Bolsa Atleta; Bolsa estiagem; Bolsa Família; Bolsa Verde; Bolsa-escola; Brasil Alfabetizado; Brasil Carinhoso;Brasil sem Miséria;Programa Comunidade Solidária; Escola da Família; Luz no Campo; Luz para Todos; Mais Médicos; Operação Pipa; Orquestra Criança Cidadã; Pontos de Cultura; Programa Fome Zero; Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego; Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel; Programa Universidade para Todos; Projeto Casa Brasil; Rede de Proteção Social;Renda básica de cidadania;Troque Lixo por Livro

Para os brasileiros eram só alegria, muita fartura, comprando, viajando, churrasquinho na laje, etc. E a festa acabou agora é só tomar chá de losna, carqueja e jurubeba. A prescrição é de uso contínuo, talvez melhore em  2018.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Refugiados na Europa

França, Alemanha e Espanha se dispõem a receber 69 mil; em iniciativa à parte, Reino Unido abrigará 20 mil. A proposta é  modesta diante de 300 mil que já chegaram à Europa

Diante do agravamento da crise, as potências europeias intensificam o plano para realocar mais 120 mil refugiados que estão no continente em busca de asilo.

O presidente francês, François Hollande, antecipou nesta segunda (7) que seu país deve receber 24 mil pelos próximos dois anos.

O plano pode ser anunciado oficialmente nesta quarta (9) pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Os líderes se reúnem na segunda (14) para selá-lo.

O gasto seria de € 1 bilhão (R$ 4,29 bilhões) envolvendo ao menos 22 países do bloco.

A divisão levaria em conta a situação econômica de cada país e a quantidade de asilos oferecidos até hoje.

Depois de abrir a fronteira no fim de semana para 14.000 que estavam na Hungria, a chanceler alemã, Angela Merkel, fez um apelo para que os demais membros do grupo aceitem a realocação –países como Polônia e Eslováquia já sinalizam resistência.

O governo do Reino Unido, que não entra nesta conta porque não faz parte do espaço Schengen (grupo de 26 países que dispensa passaportes de cidadãos em trânsito), anunciou nesta segunda (7) que pretende receber 20 mil refugiados, de maioria síria, pelos próximos quatro anos.

O premiê, David Cameron, deu mais detalhes no Parlamento depois de ter divulgado semana passada a intenção de abrir as fronteiras.

A princípio, essas pessoas não receberiam asilo imediato, mas fariam parte de um programa de proteção para receber visto por cinco anos, podendo receber benefícios no período. Após o prazo, podem requisitar permanência definitiva. A ideia é que apenas refugiados de campos da ONU sejam aceitos, e não os que circulam pela Europa.

A crise se agravou nas últimas semanas, sobretudo na Hungria, um dos primeiros países da UE na rota dos refugiados. A ONU aponta que pelo menos 340 mil pessoas cruzaram o mar Mediterrâneo em direção à Europa em 2015, o que mostra como a proposta de abrigar 120 mil refugiados ainda é modesta ante a dimensão do problema.

Só o governo alemão estima receber 800 mil pedidos de asilo até o fim do ano. Por isso, prevê aumentar em € 6 bilhões (R$ 25,75 bilhões) as despesas com os asilados.

O premiê conservador húngaro, Viktor Orban, tem se mostrado contrário à concessão de abrigo de refugiados. Seu ministro de Defesa, Csaba Hende, renunciou nesta segunda (7) após atrasos na construção de uma cerca que tem como objetivo conter a entrada de refugiados.

Pelas regras da UE, o pedido de asilo deve ser feito no primeiro país em que o refugiado entrou, mas a maioria quer seguir viagem para nações mais ricas. Fonte: Folha de São Paulo - 8 de setembro de 2015

Comentário: No livro Choque de Civilizações de Samuel P. Huntington da década de 90, ele previa que a fonte fundamental de conflitos neste mundo novo não será principalmente ideológica ou econômica. As grandes divisões entre a humanidade e a fonte dominante de conflitos será cultural.  Os Estados-Nações continuarão a ser os atores mais poderosos no cenário mundial, mas os principais conflitos da política global ocorrerão entre países e grupos de diferentes civilizações. O choque de civilizações dominará a política global.

 O  Ocidente com visão de uma democracia esquerdista multiculturalista, lembrando muito as “Cruzadas Religiosas”  incentiva  a luta da derrubada dos ditadores , esquecendo dos valores das regiões que predominam que é a religião, os valores tribais, etc. A cultura desse povos é a religião e não cultura de liberdade. A religião é o meio do estado, com um governo autoritário que irá garantir  sua submissão. O que o Ocidente incentivou ou está incentivando é o fanatismo religioso. Os ideais do Ocidente em relação a democracia são totalmente   diferentes dos ideais do povos árabes onde prevalece a supremacia islâmica.

Afinal quem está matando mais as ditaduras ou as guerras incentivadas pelo Ocidente?

1-A guerra na Síria deixou mais de 240 mil mortos, incluindo 12 mil crianças, de acordo com um novo balanço do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

2- Quase meio milhão de pessoas morreram no Iraque desde a invasão dos EUA. O país encontra-se em uma situação de guerra crônica entre as facções religiosas

3-Cerca de cinquenta mil pessoas foram mortas na revolta  popular na Líbia para derrubar Muamar Kadafi. A Libia como país não existe. Quem controla o país são as milícias de várias facções religiosas,

4-As Guerras no Paquistão e Afeganistão causaram 150 mil mortes desde 2001. Outros 162 mil ficaram feridos. O governo não controla totalmente o país. Desde 2009, o conflito armado no Afeganistão causou a morte de 17,7 mil civis e deixaram quase 30 mil feridos.

É fácil levantar a bandeira da democracia,  mas hesita dividir a responsabilidade e a solidariedade.

A crise é a consequência de apoio de intervenções nesses países para mudança de regime, apoiadas pelos EUA e pela Europa em nome dessa nova democracia esquerdista, que levanta a bandeira dos direitos humanos, recebendo apoio de organizações ou ativistas e da mídia.

domingo, 6 de setembro de 2015

As marolas econômicas do PT

Em 2008 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a minimizar os efeitos da crise americana no Brasil. Lá (nos EUA), ela é um tsunami; aqui, se ela chegar, vai chegar uma marolinha que não dá nem para esquiar.

Em 2015, o presságio do tsunami  finalmente chegou.  As marolinhas se acumularam e viraram ondas.