sábado, 25 de agosto de 2012

Neil Armstrong morre aos 82 anos

O norte-americano Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, morreu aos 82 anos neste sábado, 25. O ex-astronauta tinha passado por uma cirurgia cardíaca no começo deste mês - apenas dois dias antes do seu aniversário no dia 5 - para desbloquear a artéria coronária.

Como comandante da Apolo 11, Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar em solo lunar, no dia 20 de julho de 1969. Ele é autor de uma das frases mais famosas da história contemporânea: "É um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade", proferida durante o momento histórico em que colocou os pés na Lua e que havia sido cuidadosamente preparada antes da missão.

Quando perguntado sobre como se sentiu, respondeu: "muito, muito pequeno".

A missão Apolo 11 foi a última na carreira do astronauta. No ano seguinte ao feito na Lua, Neil Armstrong assumiu um cargo administrativo na Agência Espacial Americana (Nasa), mas resolveu deixar o emprego para atuar como professor de engenharia na Universidade de Cincinnati e depois virou empresário. Ele se recusou a lucrar com a celebridade e viveu isolado em sua fazenda em Ohio, bem diferente das atitudes de seus ex-companheiros de missão.

Mais tarde, Armstrong questionou o valor de seu legado, enquanto testemunhava a exploração espacial ficar cada vez mais entrelaçada com disputas políticas e batalhas por financiamento - em um processo que classificou como "mercenário e sem sentido".

Ex-astronauta. Longe dos holofotes, Armstrong fez apenas alguns discursos ocasionais e sua volta surpreendente à esfera pública se deu em uma série de comerciais para a Chrysler. Uma vez ele afirmou: "não quero ser um memorial vivo". Enquanto seus colegas astronautas traçaram um caminho precário pela fama "pós-Lua" - Buzz Aldrin sofreu de alcoolismo e teve um colapso - Armstrong permaneceu feliz na obscuridade.

De forma relutante, o ex-comandante se juntou aos colegas de missão para comemorações de aniversários do pouso na Lua. Em 1999, 30 anos depois, na companhia de Aldrin e Collin, ele recebeu a medalha de Langley para aviação do vice-presidente Al Gore.

Caracterizado pela humildade, ele raramente mencionava suas viagens espaciais. Todavia, foi capaz de inspirar um grupo de estudantes ao dizer a eles: "Oportunidades que nem imaginam estarão disponíveis para vocês".

História. Neil Armstrong nasceu em Ohio, nos Estados Unidos, em 5 de agosto de 1930. Seu pai trabalhava para o governo americano, o que fez a família se mudar diversas vezes, de acordo com os novos postos para os quais ele era promovido.

O comandante da Apolo 11 voou pela primeira vez aos seis anos, na companhia de seu pai, e desenvolveu a partir daí uma paixão que duraria por toda a sua vida. Seu herói foi Charles Lindbergh (aviador americano) e aos 16 anos já pilotava, mesmo antes de poder dirigir carros.

Depois de receber diversas condecorações por comandar caças da Marinha americana na Guerra da Corea (1950-1953), Armstrong se tornou piloto de testes do Comitê Consultivo Nacional sobre aeronáutica - o órgão precursor da Nasa, a agência espacial americana.

Veja todos os homens que pisaram na Lua
Doze homens foram à Lua pelo Projeto Apollo, da Nasa, entre 1969 e 1972:
- Neil Armstrong, na Apollo 11, em 1969 (1930-2012)
- Edwin "Buzz" Aldrin, na Apollo 11, em 1969 (nascido em 1930)
- Charles "Pete" Conrad, na Apollo 12, em 1969 (1930-1999)
- Alan L. Bean, na Apollo 12, em 1969 (nascido em 1932)
- Alan Shepard, na Apollo 14, em 1971 (1923-1998)
- Edgar D. Mitchell, na Apollo 14, em 1971 (nascido em 1030)
- David Scott, na Apollo 15, em 1971 (nascido em 1932)
- James B. Irwin, na Apollo 15, em 1971 (1930-1991)
- John Young, na Apollo 16, em 1972 (nascido em 1930)
- Charles M. Duke, na Apollo 16, em 1972 (nascido em 1935)
- Eugene A. Cernan, na Apollo 17 (nascido em 1934)
 (Com Reuters e BBC Brasil)
Estadão - 25 de agosto de 2012

Comentário: Na época todo mundo achava, como o homem conseguiu descer na Lua? A tecnologia estava começando, a memória do computador da época era do tamanho atual de um celular. A descida do homem na Lua deu a partida para o desenvolvimento tecnológico.



America Latina olha o futuro pelo retrovisor

O escritor Carlos Alberto Montaner, 57 anos, é um latino-americano que adora falar mal de latino-americanos. Motivos para isso ele tem. Nascido em Cuba, de lá saiu fugido aos 18 anos para escapar de uma condenação a dezoito anos de prisão por ter organizado uma greve estudantil. Ao contrário de seus compatriotas que se refugiaram em Miami, Montaner não se resignou a viver como uma minoria de indesejados nos Estados Unidos e mudou-se para a Espanha. Mas ele não critica os latino-americanos por despeito ou vingança. Autor do Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano, ele se dedica a combater o que chama de cultura do atraso que mantém o continente na rabeira do desenvolvimento e da civilização do mundo ocidental. De Cuba, a parte que lhe toca mais diretamente na América Latina, ele espera só o fim do ditador Fidel Castro, para voltar a participar da reconstrução do país. Formado em literatura pela Universidade de Miami, trocou a carreira de professor pela de escritor. Além do Manual... já escreveu mais de uma dezena de outros títulos e publica uma coluna semanal nos principais jornais da América Latina. Casado, pai de dois filhos, vive entre sua casa em Madri e sua editora em Miami, de onde deu esta entrevista, por telefone, a VEJA:

Veja – Por que a América Latina é mais atrasada que outros continentes, com exceção da África?
Montaner – A causa mais importante está em nossa própria história. Trazemos a visão econômica, a cultura e a educação distorcida e atrasada de Portugal e Espanha, potências européias que criaram a América Latina. Portugal e Espanha, os países mais atrasados da Europa do ponto de vista científico e técnico, reproduziram na América modelos cheios de problemas e vícios. O mais trágico é que a cultura que herdamos é estática, enquanto as outras, da Europa Central e anglo-saxônica, vão em direção ao futuro, buscam mudanças. Seguimos olhando para o passado, ao passo que os outros olham para a frente.

Veja – Como se explica que Haiti, Suriname e Jamaica, colonizados por França, Holanda e Inglaterra, estejam entre os mais atrasados?
Montaner – Nesses lugares as potências coloniais não realizaram a colonização com europeus. Por isso não conseguiram reproduzir o modelo de civilização que tinham na Europa. Isso só foi conseguido na Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá, onde a colonização foi realizada com pessoas que traziam valores e cultura semelhantes aos deixados na Europa. O importante é que as pessoas são portadoras de valores, mas eles mudam. Por isso não estamos condenados para sempre ao subdesenvolvimento.

Veja – O senhor acredita que há uma cultura do atraso na América Latina?
Montaner – Nunca tivemos uma visão de que progresso significa conforto para uma maior parcela das massas. Somos uma cultura estática, univocamente convencida de que devemos repartir a riqueza existente, e não que devemos criar riqueza incessantemente. Essa forma estática de ver a realidade é a maior responsável por essa cultura da pobreza.

Veja – Isso ocorre também em outros continentes?
Montaner – No processo de homogeneização do mundo, a Ásia é o continente subdesenvolvido que caminha mais rápido. Países como Cingapura, Coréia do Sul e Japão estão mais próximos do mundo desenvolvido que nós. O caso da África é mais trágico porque lá se estão apagando os poucos vestígios da onda civilizatória européia. Mas, de qualquer forma, Ásia e África nunca fizeram parte do mundo ocidental.

Veja – Mas a América Latina está inserida no mundo ocidental.
Montaner – O paradoxo da América Latina é que ela faz parte do mundo ocidental e segue sendo sua parte mais pobre. Isso acontece porque ela procurou uma espécie de excentricidade, terceiras vias, em vez de alimentar o desejo de se tornar parte do mundo ao qual pertence desde o início da colonização. Espanha e Portugal, que sempre foram potências excêntricas, finalmente aceitaram sua condição de países ocidentais e conseguiram diminuir a diferença que os separava do resto da Europa. Esse é o salto que temos de dar. O problema é que, quando parece que estamos quase dando esse salto, recomeçam as histórias absurdas. Vem um sujeito como o Hugo Chávez, da Venezuela, que volta a falar em excentricidade, que recoloca o tema das terceiras vias.

Veja – O senhor escreveu um livro chamado Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano. Quem é o perfeito idiota latino-americano?
Montaner – Os perfeitos idiotas são os que insistem em formas de desenvolvimento que já foram desacreditadas na prática. São os que repetem a "teoria da dependência", os que embarcam em campanhas antiocidentais, os que pediram a mão dura dos militares e ditadores. Os idiotas são aqueles que não aprenderam com a experiência de um século de fracassos na América Latina. Foi por isso que disse que o presidente Fernando Henrique Cardoso era um ex-idiota e agora é um homem curado por completo.

Veja – Por que o senhor responsabiliza a esquerda pelo atraso no continente?
Montaner – Quando as esquerdas estiveram no poder na América Latina foi um desastre, caso da Nicarágua, de Cuba, de Velasco Alvarado no Peru. Há ainda uma zona fascistóide onde esquerda e direita se confundem, como Perón, na Argentina, e Chávez, na Venezuela. Quando as esquerdas adotam o caminho da violência também fazem estragos terríveis, como as guerrilhas colombiana e mexicana.

Veja – Mas o senhor não acredita que haja uma esquerda progressista?
Montaner – As melhores esquerdas do mundo são aquelas que deixaram de ser esquerdas, como Tony Blair, na Inglaterra. Quando alguém abandona a luta de classes e a mentalidade antimercado e se converte em um amante do estado de direito já não é mais de esquerda.

Veja – Saúde e educação, bandeiras geralmente defendidas pela esquerda, não são boas idéias?
Montaner – A sociedade deve se ocupar da formação das pessoas de uma maneira que ainda não fez. Se quisermos competir com o Primeiro Mundo, não podemos pensar em uma população doente ou desnutrida. O problema é que a esquerda quer fazer isso por meio do Estado, mesmo depois de constatar o desastre de nossos sistemas estatais de educação e saúde. Esse papel cabe à sociedade civil. Hoje, as escolas particulares dão um banho nas públicas. O que temos de fazer é ajudar os pobres a se educarem em escolas privadas.

Veja – Mas como uma família de baixa renda vai mandar seu filho para estudar em uma escola paga?
Montaner – Primeiro temos de descentralizar o sistema de ensino público, entregar as escolas aos pais, alunos e professores. Que sejam eles os responsáveis pelo que se ensina e como se ensina. Isso está sendo feito no Chile e na Nicarágua. O governo entrega os recursos diretamente aos pais para que eles decidam onde aplicar o dinheiro.

Veja – Mas educação e saúde não são funções do Estado?
Montaner – A função mais importante do Estado é promover a justiça. A chave de um Estado moderno está no Poder Judiciário. Se não houver uma Justiça rápida e justa, as pessoas nunca vão confiar nas instituições do Estado. Depois, em um patamar inferior, vêm outras coisas como saúde e educação.

Veja – Qual deve ser o tamanho do Estado?
Montaner – Depende das necessidades da sociedade. Ela tem de definir qual é o Estado suficiente, mas o peso das responsabilidades deve recair sobre a sociedade civil, e não sobre a burocracia estatal, porque aí seria mortal.

Veja – Que país latino-americano tem futuro?
Montaner – O Chile é o país com melhores condições de alcançar o grau de desenvolvimento do Primeiro Mundo. Se não houver tropeço algum, em dez ou quinze anos eles terão índices parecidos com os de países da Europa Ocidental e Estados Unidos. O maior perigo é uma radicalização da sociedade, que pode ocorrer em caso de condenação do general Pinochet. O processo de transição das ditaduras para as democracias foi muito malfeito na América Latina. Deveríamos ter seguido o exemplo da Europa comunista. Lá, a solução não foi nenhuma anistia, mas amnésia mesmo. Temos de esquecer completamente o passado. É verdade que o regime de Pinochet matou milhares de pessoas, mas foi ele também quem realizou a transição para a democracia e ainda representa quase a metade do eleitorado chileno.

Veja – A eleição de Vicente Fox muda alguma coisa no México?
Montaner – Acho que os mexicanos deram um basta ao Partido Revolucionário Institucional, PRI, nessas eleições. Mas a origem de Fox é também conservadora e, internamente, não deve mudar muita coisa. O que vai mudar mesmo é a política externa. O México vai olhar mais para o sul e esquecer um pouco os Estados Unidos e o Canadá. Deve ser mais atuante e se voltar mais para a América Latina, coisa que também deveria fazer o Brasil.

Veja – Por que o Brasil deveria voltar-se para a América Latina?
Montaner – O Brasil virou as costas para o continente. Por exemplo, todos os anos em Genebra se discute o tema da violação dos direitos humanos na América Latina. O que faz o Brasil? Se abstém. A diplomacia brasileira sempre foi indiferente. Um país do tamanho do Brasil não pode ter essa atitude. O ideal seria formar uma aliança com México e Argentina para defender a democracia no continente, sobretudo agora que está em perigo potencial com Chávez e Fujimori. A pessoa do presidente Fernando Henrique até que me agrada, mas acho que falta liderança nesse sentido. Com relação à política interna, acho Fernando Henrique uma opção melhor que Lula, mas gostaria que fosse mais decidido em favor do mercado e da democracia.

Veja – O que o senhor acha do embargo americano a Cuba?
Montaner – O embargo, na prática, não funciona. O principal suporte do regime cubano são os exilados que mandam remessas de 800 milhões de dólares por ano à ilha. Com ou sem embargo, a situação de Cuba seria a mesma. Acho que deveriam levantar o embargo com a condição de que os cubanos possam ter acesso à propriedade, fazer investimentos, desenvolver suas pequenas empresas. O embargo serve a Fidel como um pretexto.

Veja – Até quando dura o castrismo?
Montaner – Infelizmente até a morte de Fidel.

Veja – Por que Fidel está durando tanto?
Montaner – O histórico das ditaduras latino-americanas é de longevidade. Castro tem apoio de 20% da população, o suficiente para mantê-lo no poder. O restante do povo vive entre o medo e a indiferença. Nenhuma população no mundo comunista liquidou o regime de forma violenta. O país que chegou mais próximo disso foi a Romênia, mas mesmo assim não foi o povo e sim as Forças Armadas.
Veja – O senhor acredita que Cuba ganhou alguma coisa com Fidel?
Montaner – O maior avanço se deu na educação. Em uma população de 11 milhões de habitantes, Cuba tem quase 700 000 pessoas com curso superior. Isso prova apenas que o sistema não funciona. Com um capital humano dessa natureza, como o país pode estar cada vez mais pobre? Cuba também avançou no sistema de saúde. O que está errado é que lá há um médico para cada 165 habitantes. Na Dinamarca, o país com o melhor sistema de saúde do mundo, a proporção é de um médico para 350 habitantes. Para que um médico para cada 165 habitantes? Fidel tem mania de formar médicos e criar escolas de medicina. O que quero dizer com isso é que em Cuba as decisões são burocráticas e arbitrárias. Isso não ajuda a melhorar o sistema de saúde.

Veja – O que será de Cuba depois de Fidel?
Montaner – Num prazo de dez anos, deve estar entre os quatro países mais desenvolvidos da América Latina. Os cubanos teriam uma ajuda enorme dos Estados Unidos para que a economia se levantasse, não por razões humanitárias, mas para evitar uma onda migratória para os Estados Unidos.

Veja – Como o senhor analisa a nova onda de autoritarismo na América do Sul?
Montaner – Vejo com preocupação que esses novos ditadores como Alberto Fujimori, no Peru, e Hugo Chávez, na Venezuela, estejam buscando nos mecanismos democráticos uma justificativa para a ditadura e para desmontar o estado de direito. Tudo isso serve para prostituir a democracia e passar uma idéia de que ela não funciona na América Latina. As pessoas não acreditam nas instituições porque elas nunca funcionaram adequadamente. Quando ocorre um desgaste do sistema recorre-se sempre a um homem forte que ajeite as coisas, um caudilho.

Veja – Fujimori não foi uma boa solução para o Peru?
Montaner – Fujimori terminou com as guerrilhas e acabou com a desordem econômica que reinava em governos anteriores. No aspecto macroeconômico, o Peru está muito melhor que há dez anos. Mas Fujimori acabou com os partidos políticos, destruiu as instituições sobre as quais se sustentam o estado de direito, destruiu o poder policial, corrompeu o Poder Legislativo e transformou a Presidência no único órgão de governo com certa respeitabilidade. Atualmente acho que entre prós e contras os contras são mais graves.

Veja – A América Latina tem saída?
Montaner – Tem de crescer. Continuar com essa política distributiva sem crescimento econômico não adianta nada. Com o crescimento do PIB se começa a eliminar a pobreza.
Fonte: Veja – edição 1663 – 23 de agosto de 2000

Comentário: Tópicos importantes para reflexão
1-Trazemos a visão econômica, a cultura e a educação distorcida e atrasada de Portugal e Espanha, potências européias que criaram a América Latina. Portugal e Espanha, os países mais atrasados da Europa do ponto de vista científico e técnico, reproduziram na América modelos cheios de problemas e vícios. O mais trágico é que a cultura que herdamos é estática, enquanto as outras, da Europa Central e anglo-saxônica, vão em direção ao futuro, buscam mudanças. Seguimos olhando para o passado, ao passo que os outros olham para a frente.

2-Nunca tivemos uma visão de que progresso significa conforto para uma maior parcela das massas. Somos uma cultura estática, univocamente convencida de que devemos repartir a riqueza existente, e não que devemos criar riqueza incessantemente. Essa forma estática de ver a realidade é a maior responsável por essa cultura da pobreza.

3- O paradoxo da América Latina é que ela faz parte do mundo ocidental e segue sendo sua parte mais pobre. Isso acontece porque ela procurou uma espécie de excentricidade, terceiras vias, em vez de alimentar o desejo de se tornar parte do mundo ao qual pertence desde o início da colonização. Espanha e Portugal, que sempre foram potências excêntricas, finalmente aceitaram sua condição de países ocidentais e conseguiram diminuir a diferença que os separava do resto da Europa. Esse é o salto que temos de dar. O problema é que, quando parece que estamos quase dando esse salto, recomeçam as histórias absurdas. Vem um sujeito como o Hugo Chávez, da Venezuela, que volta a falar em excentricidade, que recoloca o tema das terceiras vias.

4-Os perfeitos idiotas são os que insistem em formas de desenvolvimento que já foram desacreditadas na prática. São os que repetem a "teoria da dependência", os que embarcam em campanhas antiocidentais, os que pediram a mão dura dos militares e ditadores. Os idiotas são aqueles que não aprenderam com a experiência de um século de fracassos na América Latina. Foi por isso que disse que o presidente Fernando Henrique Cardoso era um ex-idiota e agora é um homem curado por completo.

4- A sociedade deve se ocupar da formação das pessoas de uma maneira que ainda não fez. Se quisermos competir com o Primeiro Mundo, não podemos pensar em uma população doente ou desnutrida. O problema é que a esquerda quer fazer isso por meio do Estado, mesmo depois de constatar o desastre de nossos sistemas estatais de educação e saúde. Esse papel cabe à sociedade civil. Hoje, as escolas particulares dão um banho nas públicas. O que temos de fazer é ajudar os pobres a se educarem em escolas privadas.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cantor Scott McKenzie morre aos 73 anos

Intérprete da canção ‘San Francisco (Be sure to wear flowers in your hair)’, hino dos anos 60, escreveu último poema na sexta-feira

O cantor americano Scott McKenzie, famoso pela música “San Francisco (Be sure to wear flowers in your hair)”, sucesso em 1967, morreu no último sábado, em Los Angeles, aos 73 anos.

A canção “San Franciso” foi composta por John Philips, líder do grupo The Mamas and the Papas, nos anos 60. Mas ao ser cantada por McKenzie se transformou num hino do movimento de contracultura da década. Em 1986, ele passou a ser a segunda voz masculina após a saída de Denny Doherty. O artista também colaborou com a composição de “Kokomo”, dos Beach Boys, sucesso em 1988. Fonte:Globo - 20/08/12

Comentário: Pelo jeito os cantores da década de 60 estão pagando as promissórias da vida. Contracultura é um movimento que teve seu auge na década de 1960, quando teve lugar um estilo de mobilização e contestação social e utilizando novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumido como uma cultura underground, cultura alternativa ou cultura marginal, focada principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades do cotidiano, embora o movimento Hippie, que representa esse auge, almejasse a transformação da sociedade como um todo, através da tomada de consciência, da mudança de atitude e do protesto político. Fonte: Wikipédia 


domingo, 19 de agosto de 2012

Flautista Altamiro Carrilho morre

O flautista Altamiro Carrilho morreu, vítima de câncer no pulmão, na manhã desta  quarta-feira, aos 87 anos. Músico e compositor, com mais de cem discos gravados ao longo da carreira, ele estava internado na Clínica Ênio Serra, em Laranjeiras, desde o início da semana. O velório e o enterro (este último, marcado para quinta) serão em Santo Antônio de Pádua, cidade no interior do Rio onde ele nasceu.

Nascido em 21 de dezembro de 1924, Altamiro compôs cerca de 200 canções em seus mais de 70 anos de carreira e se apresentou em mais de 40 países difundindo o choro brasileiro. Algumas de suas principais músicas são "Rio antigo", "A galope", "Acorda, Luiz", "Bem Brasil" e "Canarinho teimoso".

Músico de estúdio dos mais ativos, Altamiro gravou pelo menos duas das mais inconfundíveis introduções de flauta da história da MPB: as de "Detalhes" (Roberto Carlos) e "Meu caro amigo" (Chico Buarque).  

Altamiro ganhou a primeira flauta aos 5 anos, como um presente de Natal. Em seguida começou a produzir seus próprios instrumentos com bambu. Só aos 11 anos, passou a ter aulas de música gratuitas com um carteiro.

Em 1938, integrou a banda de seu avô "Banda Lira de Arion", na qual tocava caixa de guerra. Pouco tempo depois, tocando flauta, venceu o programa de calouros de Ary Barroso. Trabalhou como farmacêutico e continuou seus estudos de música à noite, até conseguir comprar uma flauta de segunda mão e iniciar sua carreira.

Em 1951, entrou para o Regional do Canhoto, substituindo Benedito Lacerda, flautista, compositor e parceiro de Pixinguinha. Ainda na década de 1950, com o grupo Altamiro e Sua Bandinha, teve programa na TV Tupi e emplacou o sucesso "Rio Antigo", com mais de 700 mil cópias vendidas.

Nos anos 1960, excursionou fora do país, e na década seguinte passou a ser um dos flautistas mais requisitados, por conta do movimento de redescoberta do choro. De sua discografia, os discos "Choros imortais" (1964) e "Choros imortais 2" (1965) figuram, para especialistas, como alguns dos trabalhos mais marcantes da história do gênero.

Altamiro, que recebeu o título de Cidadão Carioca, morava em Copacabana e, recentemente, havia sido internado no hospital São Lucas, também no bairro. Ele continuava tocando e participando de gravações, mas já sentia dificuldade para se apresentar nos últimos anos.  

Fonte: O Globo: quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Comentário: O Choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero de música popular e instrumental brasileira. O músico, compositor ou instrumentista, ligado ao choro é chamado chorão. Característica freqüentemente apreciada no choro é o virtuosismo dos instrumentistas, bem como a capacidade de improvisação dos executantes. As rodas de choro são reuniões mais informais de chorões, muito diferentes de apresentações e shows. Geralmente acontecem em bares ou na própria casa dos músicos, em que todos se juntam para tocar choro. Não existe uma formação específica e os músicos que vão chegando se juntam à roda. Wikipédia 

Rádio Globo

http://globoradio.globo.com/player/altamiro-carrilho.htm




sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Há 35 anos sem Elvis Presley



Há 35 anos, o 'Rei do Rock' deixava os seus fãs após um ataque cardíaco. Elvis Presley é, ainda hoje, um dos artistas mais pop do mundo. Prova disso é que os seus direitos continuam rendendo um dos maiores lucros no meio musical. Entre 2010 e 2011, gerou US$ 55 milhões, apenas US$ 2 milhões a menos do que o ex-beatle Paul McCartney.

Elvis inovou no modo de dançar, de cantar e misturou música negra, gospel, folk e ritmos caribenhos num estilo revolucionário para a época. Já em 1956, o cantor atingia fama mundial, e foi inspiração para tudo o que se seguiria: de Beatles a Rolling Stones, ele provocou mudanças importantes tanto no jeito de fazer música quanto na indústria do entretenimento.

Antes de morrer, em 1977, Elvis vendeu 250 milhões de discos em todo o mundo.

Vendagem de discos estimada: 1 bilhão  de discos

Fonte: Estadão - 16 de agosto de 2012

Música

http://www.territorioeldorado.limao.com.br/player/player6.htm



Depois da euforia: educação

Este é o quarto artigo acerca do meu livro com Armando Castelar ("Além da euforia", Ed. Campus) referente aos problemas da nossa realidade e que serão um obstáculo para a continuidade do crescimento. Depois de um primeiro texto geral, os artigos posteriores trataram da nossa baixa produtividade e da poupança doméstica e hoje iremos abordar o tema da educação. O desenvolvimento sustentável, para além da "etapa fácil" da ocupação de capacidade ociosa e da redução da taxa de desemprego, se constrói sobre alicerces que, no Brasil, deixam a desejar - realidade essa que, se não for modificada, irá conspirar contra nosso êxito no longo prazo.

O capítulo sobre educação foi escrito por Marcio Gold Firmo, cujas informações acerca do tema são aqui sintetizadas. A tabela é um bom indicador para medir nosso atraso relativo. É verdade que entre 2000 e 2010 o número de anos médios de escolaridade da População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil aumentou 1,1 ano.

Ocorre que:


i) na década anterior, tinha aumentado 1,9 anos;

ii) na primeira década deste século, a escolaridade média se elevou também 1,1 ano nos países selecionados da periferia europeia e nos "tigres" asiáticos e em 0,9 anos nos maiores países da América Latina exceto Brasil; e

iii) no conjunto de países da tabela, em 2010 o Brasil fica muito atrás em qualquer comparação feita.

Estamos mal na foto - e o filme não chega a ser animador. O Brasil evoluiu, mas o resto do mundo também. Consequentemente, nosso atraso relativo permanece. Uma realidade similar se observa em diversos indicadores. Na nota de matemática do Programme for International Student Assessment (Pisa), hoje o melhor "termômetro" comparativo da qualidade da educação em diversos países, mesmo considerando o avanço recente, ficamos atrás não apenas dos países desenvolvidos, mas também de países como Argentina, México, Chile, Uruguai e também atrás de Rússia, Sérvia, Turquia e Cazaquistão.

No mesmo PISA, em 2009, o percentual de alunos com desempenho abaixo do adequado em matemática foi de 8% na Coreia do Sul, 22% na média dos países da OCDE, 23% nos EUA, 30% na Grécia, 42% na Turquia e constrangedores 69% no Brasil. Nos exames do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), o percentual de alunos com desempenho em Matemática considerado adequado à sua série já é baixo no 5º ano do Ensino Fundamental (apenas 33%) e cai ainda mais, para apenas 15%, no 9º ano e para 11% no 3º ano do Ensino Médio.

Alguém poderia alegar que o problema é de escassez de verbas. Essa é uma questão controversa, mas objetivamente: a) o gasto em educação no Brasil passou de 3,9% para 5% do PIB entre os anos de 2000 e 2010; e b) neste último ano, o gasto em educação no Brasil como fração do PIB, pelos dados da OCDE, era maior do que nos EUA e do que a média da OCDE, além de ser também superior ao de Polônia, Holanda, Canadá, Espanha, Coréia do Sul, Alemanha, Austrália, Chile e Japão.

País prioriza o ensino direcionado à formação do cidadão, ao invés de ensinar matemática e português

Parte do nosso atraso vem de longa data e resulta da opção que as elites dirigentes fizeram há décadas ao adotar um modelo fortemente concentrador de renda e com escassas preocupações com a melhora de oportunidades para os filhos das famílias mais humildes, através da priorização da educação. A Coreia do Sul fez exatamente o contrário a partir dos anos 50, com resultados espetaculares.

Parte do problema, porém, deriva de escolhas recentes, como aquelas associadas a certo tipo de ensino voltado para a formação do cidadão, em oposição à priorização do aprendizado de matemática e português. Sem uma base forte nessas disciplinas, é impossível esperar que o aluno tenha um bom desempenho nas demais. Cabe destacar, como um bom sinal, o empenho do setor privado e da academia em favor do avanço da avaliação da eficácia de diferentes tipos de intervenções educacionais, a despeito da resistência de parte do setor de educação pública. É imperativo que os governos assumam o papel de multiplicadores das experiências inovadoras de sucesso.

Na educação, o Brasil tem hoje uma atitude oposta à que assume no futebol, no qual o segundo lugar é visto como uma derrota. Comparativamente, a autocongratulação em relação aos resultados educacionais de nossas crianças e jovens é de uma complacência inadmissível. Aspirar a um crescimento sustentável de 5% ao ano, desse jeito, é apenas um sonho. Fonte: Valor Econômico - 08/08/2012 - Fabio Giambiagi

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Em 2008 remunera-se o terrorista de 1968



Daqui a oito dias completam-se 40 anos de um episódio pouco lembrado e injustamente inconcluso. À primeira hora de 20 de março de 1968, o jovem Orlando Lovecchio Filho, de 22 anos, deixou seu carro numa garagem da avenida Paulista e tomou o caminho de casa. Uma explosão arrebentou-lhe a perna esquerda. Pegara a sobra de um atentado contra o consulado americano, praticado por terroristas da Vanguarda Popular Revolucionária. (Nem todos os militantes da VPR podem ser chamados de terroristas, mas quem punha bomba em lugar público, terrorista era.)

Lovecchio teve a perna amputada abaixo do joelho e a carreira de piloto comercial destruída. O atentado foi conduzido por Diógenes Carvalho Oliveira e pelos arquitetos Sérgio Ferro e Rodrigo Lefèvre, além de Dulce Maia e uma pessoa que não foi identificada.

A bomba do consulado americano explodiu oito dias antes do assassinato de Edson Luís de Lima Souto no restaurante do Calabouço, no Rio de Janeiro, e nove meses antes da imposição ao país do Ato Institucional nº 5. Essas referências cronológicas desamparam a teoria segundo a qual o AI-5 provocou o surgimento da esquerda armada. Até onde é possível fazer afirmações desse tipo, pode-se dizer que sem o AI-5 certamente continuaria a haver terrorismo e sem terrorismo certamente teria havido o AI-5.

O caso de Lovecchio tem outra dimensão. Passados 40 anos, ele recebe da Viúva uma pensão especial de R$ 571 mensais. Nada a ver com o Bolsa Ditadura. Para não estimular o gênero coitadinho, é bom registrar que ele reorganizou sua vida, caminha com uma prótese, é corretor e imóveis e mora em Santos com a mãe e um filho.

A vítima da bomba não teve direito ao Bolsa Ditadura, mas o bombista Diógenes teve. No dia 24 de janeiro passado, o governo concedeu-lhe uma aposentadoria de R$ 1.627 mensais, reconhecendo ainda uma dívida de R$ 400 mil de pagamentos atrasados.

Em 1968, com mestrado cubano em explosivos, Diógenes atacou dois quartéis, participou de quatro assaltos, três atentados a bomba e uma execução. Em menos de um ano, esteve na cena de três mortes, entre as quais a do capitão americano Charles Chandler, abatido quando saía de casa. Tudo isso antes do AI-5.

Diógenes foi preso em março de 1969 e um ano depois foi trocado pelo cônsul japonês, seqüestrado em São Paulo. Durante o tempo em que esteve preso, ele foi torturado pelos militares que comandavam a repressão política. Por isso foi uma vítima da ditadura, com direito a ser indenizado pelo que sofreu. Daí a atribuir suas malfeitorias a uma luta pela democracia iria enorme distância. O que ele queria era outra ditadura. Andou por Cuba, Chile, China e Coréia do Norte. Voltou ao Brasil com a anistia e tornou-se o "Diógenes do PT". Apanhado num contubérnio do grão-petismo gaúcho com o jogo do bicho, deixou o partido em 2002.

Lovecchio, que ficou sem a perna, recebe um terço do que é pago ao cidadão que organizou a explosão que o mutilou. (Um projeto que revê o valor de sua pensão, de iniciativa da ex-deputada petista Mariângela Duarte, está adormecido na Câmara.)

Em 1968, antes do AI-5, morreram sete pessoas pela mão do terrorismo de esquerda. Há algo de errado na aritmética das indenizações e na álgebra que faz de Diógenes uma vítima e de Lovecchio um estorvo. Afinal, os terroristas também sonham.Fonte: Folha de São Paulo - 2 de março de 2008 - Elio Gaspari 

sábado, 11 de agosto de 2012

Critérios raciais da Lei de Cotas nas universidades podem causardistorções



As cotas geram discriminação e pode provocar ódio. Pouco importa brancos, negros, pardos, indígenas, somos todos brasileiros com direitos iguais.

Constituição: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

Fixar o porcentual de cotas para negros, pardos e indígenas de acordo com a proporção dessas populações nos Estados pode criar distorções na aprovação das universidades federais. Isso porque o volume de inscritos no vestibulares nem sempre tem correlação com esse porcentual. Além disso, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) possibilita que candidatos de outros Estados concorram em qualquer universidade federal do País.

Essa reserva de vagas por cor de pele está na Lei de Cotas aprovada no Senado anteontem. O projeto, que precisa ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff, prevê que 50% das vagas das universidade federais sejam reservadas para alunos da escola pública - respeitando as reservas por cor de pele e renda.

Pelo Enem, por exemplo, um aluno de Santa Catarina - cuja população negra e parda não chega a 16% - pode concorrer pela cota com mais chances de sucesso em uma instituição do Pará, Maranhão e Bahia. Nesses Estados, o porcentual total da população negra e parda é superior a 76%, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quando se olha as proporções de inscritos em todo o Brasil no Enem, divididos por cor de pele, os números seguem a realidade nacional apurada pelo IBGE. Mas, quando se diferencia por Estados, algumas distorções aparecem. O Rio é um exemplo.

O Estado tem quatro universidades federais, entre elas a UFRJ - a maior federal do País. Todas terão de respeitar a proporção de 51% de negros e pardos, indicada pelo Censo. Mas a participação de inscritos no Enem de 2010, por exemplo, foi de 43% - representando uma diferença de 18% entre essas realidades. O porcentual pode parecer pequeno, mas significará a substituição de candidatos de escolas particulares daquele Estado por negros e pardos de outros - valendo-se de uma cota alheia a ele.

O porcentual menor de negros entre os inscritos, na comparação com a proporção do Estado, é também visto em outros vestibulares. Na Fuvest, por exemplo, esse grupo corresponde a 18,1% das inscrições, e a proporção de São Paulo é de 34,82%. O vestibular da USP, no entanto, não será afetado pela lei.

STF. Crítico das cotas com critério racial, o advogado José Roberto Ferreira Militão concorda que há margem para distorções e diz que a lei abre espaço para questionamentos jurídicos. "A interpretação é dúbia e a questão deve ir para o Supremo Tribunal Federal", afirma ele, militante do movimento negro. Para Militão, a própria fixação do porcentual de negros causa múltiplas interpretações. "A lei, quando quer ser, é clara. Essa é um engodo, porque não fica claro se esse porcentual de negros será distribuído incluindo os cotistas por renda." A lei indica que os critérios serão definidos por cada universidade.

O diretor da ONG Educafro, frei David Santos, afirma que os negros vão se inserir nos processos seletivos cada vez mais. "O povo não é bobo, não fica participando de algo excludente, injusto. Agora tudo pode mudar."

Lei mexe em vagas federais

O Senado aprovou na noite de terça-feira o projeto que institui cotas nas universidades federais. O projeto começou a tramitar em 2008 e ficou parado por um período aguardando decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade das cotas - o que ocorreu no meio do ano.

De acordo com o projeto, 50% das vagas nas federais devem ser ocupadas por alunos de escolas públicas. Metade desse total será direcionada para candidatos com renda familiar de até 1,5 salário per capita. Dentro dessas vagas, a universidade deve respeitar o porcentual de negros, pardos, e índios de cada Estado, segundo o Censo do IBGE. A divisão é por curso e turno. A presidente Dilma Rousseff tem de sancionar a lei. Fonte: Estadão - 10 de agosto de 2012 

Comentário: É o jeitinho brasileiro No meu tempo de estudante de escola pública tinha exame para passar do primário para o ginásio, que não passasse tinha de fazer o admissão. Completando o ginásio na mesma escola tinha de fazer novo exame para o cientifico, Naquela época as escolas públicas em São Paulo eram referência em estudo, Apenas algumas particulares  eram consideradas do mesmo nível das escolas públicas. Socializaram as escolas públicas, socializaram as notas, socializaram a competição, não existe vencedor.  Pelo jeito as universidades federais vão pelo mesmo caminho  do ensino fundamental e médio, socialização das notas, todos vão obter o diploma. Só falta depois o governo impor o regime de cotas de trabalho, principalmente aos órgãos federais. O que impera no Brasil desde a democratização é a ideologização do ensino.  Coitado do pobre branco, asiático,  e outras etnias, esqueceram de vocês. Devem estudar muito.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Hiroshima lembra 67 anos da bomba atômica

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Da cerimônia participaram representantes de 71 países, inclusive Estados Unidos e outras potências atômicas como Reino Unido e França

Hiroshima lembrou nesta segunda-feira (6) as vítimas da bomba atômica que há 67 anos arrasou a cidade e deixou 140 mil mortos, em uma data marcada ainda pela sombra do acidente de Fukushima no ano passado e um movimento antinuclear cada vez mais consolidado.

Cerca de 50 mil pessoas se reuniram no Parque da Paz de Hiroshima para homenagear as vítimas com um minuto de silêncio às 8h15 locais (18h15 do domingo, no horário de Brasília), a mesma na qual a bomba caía sobre a cidade.

"Little Boy", o nome com o qual Estados Unidos batizou a primeira bomba nuclear da história, reduziu a cinzas uma municipalidade hoje convertida em uma ativa cidade de mais de um milhão de habitantes que, a cada dia 6 de agosto, pede ao mundo que a tragédia não seja esquecida.

Da cerimônia participaram representantes de 71 países, inclusive Estados Unidos e outras potências atômicas como Reino Unido e França, que escutaram a chamada pela paz e pelo desarmamento nuclear do prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui.

Em seu discurso, Matsui pediu que as experiências dos idosos sobreviventes da bomba atômica sejam compartilhadas com o mundo e urgiu que o Japão lidere o movimento pela abolição total das armas nucleares.

Perante um público entre o qual se encontrava também o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, o prefeito solicitou ao governo do Japão mais ajudas para os "hibakusha", como são conhecidas as vítimas das bombas atômicas, que durante anos tiveram que suportar o estigma da discriminação.

Na cerimônia esteve presente neste ano o neto do presidente americano Harry Truman, que ordenou o lançamento das bombas de Hiroshima e Nagasaki nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente, no capítulo final da Segunda Guerra Mundial.

Clifton Truman Daniel, de 55 anos, viajou ao Japão convidado por uma organização não governamental para participar das cerimônias nas duas cidades e reunir-se com sobreviventes de ambas tragédias.

Em declarações no final de semana em Tóquio, antes de viajar para Hiroshima, Truman Daniel ressaltou que para sua família é muito importante entender o que aconteceu e as "consequências totais" das decisões tomadas por seu avô. Fonte: Gazeta do Povo - 06/08/2012 

domingo, 5 de agosto de 2012

A ditadura civil-militar



Tornou-se um lugar comum chamar o regime político existente entre 1964 e 1979 de “ditadura militar”. Trata-se de um exercício de memória, que se mantém graças a diferentes interesses, a hábitos adquiridos e à preguiça intelectual. O problema é que esta memória não contribui para a compreensão da história recente do país e da ditadura em particular.

É inútil esconder a participação de amplos segmentos da população no golpe que instaurou a ditadura, em 1964. É como tapar o sol com a peneira.

As marchas da Família com Deus e pela Liberdade mobilizaram dezenas de milhões de pessoas, de todas as classes sociais, contra o governo João Goulart. A primeira marcha realizou-se em São Paulo, em 19 de março de 1964, reunindo meio milhão de pessoas. Foi convocada em reação ao Comício pelas Reformas que teve lugar uma semana antes, no Rio de Janeiro, com 350 mil pessoas. Depois houve a Marcha da Vitória, para comemorar o triunfo do golpe, no Rio de Janeiro, em 2 de abril. Estiveram ali, no mínimo, a mesma quantidade de pessoas que em São Paulo. Sucederam-se marchas nas capitais dos estados e em cidades menores. Até setembro de 1964, marchou-se sem descanso. Mesmo descontada a tendência humana a aderir à Ordem, trata-se de um impressionante movimento de massas.

Nas marchas desaguaram sentimentos disseminados, entre os quais, e principalmente, o medo, um grande medo.

De que as gentes que marcharam tinham medo?

Tinham medo das anunciadas reformas, que prometiam acabar com o latifúndio e os capitais estrangeiros, conceder o voto aos analfabetos e aos soldados, proteger os assalariados e os inquilinos, mudar os padrões de ensino e aprendizado, expropriar o sistema bancário, estimular a cultura nacional. Se aplicadas, as reformas revolucionariam o país. Por isto entusiasmavam tanto. Mas também metiam medo. Iriam abalar tradições, questionar hierarquias de saber e de poder. E se o país mergulhasse no caos, na negação da religião? Viria o comunismo? O Brasil viraria uma grande Cuba? O espectro do comunismo. Para muitos, a palavra era associada à miséria, à destruição da família e dos valores éticos.

É preciso recuperar a atmosfera da época, os tempos da Guerra Fria. De um lado, os EUA e o chamado mundo livre, ocidental e cristão. De outro, a União Soviética e o mundo socialista. Não havia espaço para meios-termos. A luta do Bem contra o Mal. Para muitos, Jango era o Mal; a ditadura, se fosse o caso, um Bem.

No Brasil, estiveram com as Marchas a maioria dos partidos, lideranças empresariais, políticas e religiosas, e entidades da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB), as direitas. A favor das reformas, uma parte ponderável de sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais, alguns partidos, as esquerdas. Difícil dizer quem tinha a maioria. Mas é impossível não ver as multidões — civis — que apoiaram a instauração da ditadura.

A frente que apoiou o golpe era heterogênea. Muitos que dela tomaram parte queriam apenas uma intervenção rápida, brutal, mas rápida. Lideranças civis como Carlos Lacerda, Magalhães Pinto, Adhemar de Barros, Ulysses Guimarães, Juscelino Kubitschek, entre tantos outros, aceitavam que os militares fizessem o trabalho sujo de prender e cassar. Logo depois se retomaria o jogo politico, excluídas as forças de esquerda radicais.

Não foi isso que aconteceu. Para surpresa de muitos, os milicos vieram para ficar. E ficaram longo tempo. Assumiram um protagonismo inesperado. Houve cinco generais-presidentes. Ditadores. Eleitos indiretamente por congressos ameaçados, mas participativos. Os três poderes republicanos eram o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Os militares mandavam e desmandavam. Ocupavam postos no aparelho de segurança, nas empresas estatais e privadas. Choviam as verbas. Os soldos em alta e toda a sorte de mordomias e créditos. Nunca fora tão fácil “sacrificar-se pela Pátria”.

E os civis? O que fizeram? Apenas se encolheram? Reprimidos?

A resposta é positiva para os que se opuseram. Também aqui houve diferenças. Mas todos os oposicionistas — moderados ou radicais — sofreram o peso da repressão.

Entretanto, expressivos segmentos apoiaram a ditadura. Houve, é claro, ziguezagues, metamorfoses, ambivalências. Gente que apoiou do início ao fim. Outros aplaudiram a vitória e depois migraram para as oposições. Houve os que vaiaram ou aplaudiram, segundo as circunstâncias. A favor e contra. Sem falar nos que não eram contra nem a favor — muito pelo contrário.

Na história da ditadura, como sempre, a coisa não foi linear, sucedendo-se conjunturas mais e menos favoráveis. Houve um momento de apoio forte — entre 1969 e 1974. Paradoxalmente, os chamados anos de chumbo. Porque foram também, e ao mesmo tempo, anos de ouro para não poucos. O Brasil festejou então a conquista do tricampeonato mundial, em 1970, e os 150 anos de Independência. Quem se importava que as comemorações fossem regidas pela ditadura? É elucidativa a trajetória da Aliança Renovadora Nacional — a Arena, partido criado em 1965 para apoiar o regime. As lideranças civis aí presentes atestam a articulação dos civis no apoio à ditadura. Era “o maior partido do Ocidente”, um grande partido. Enquanto existiu, ganhou quase todas as eleições.

Também seria interessante pesquisar as grandes empresas estatais e privadas, os ministérios, as comissões e os conselhos de assessoramento, os cursos de pós-graduação, as universidades, as academias científicas e literárias, os meios de comunicação, a diplomacia, os tribunais. Estiveram ali, colaborando, eminentes personalidades, homens de Bem, alguns seriam mesmo tentados a dizer que estavam acima do Bem e do Mal.

Sem falar no mais triste: enquanto a tortura comia solta nas cadeias, como produto de uma política de Estado, o general Médici era ovacionado nos estádios.

Na segunda metade dos anos 1970, cresceu o movimento pela restauração do regime democrático. Em 1979, os Atos Institucionais foram, afinal, revogados. Deu-se início a um processo de transição democrática, que durou até 1988, quando uma nova Constituição foi aprovada por representantes eleitos. Entre 1979 e 1988, ainda não havia uma democracia constituída, mas já não existia uma ditadura.

Entretanto, a obsessão em caracterizar a ditadura como apenas militar levou, e leva até hoje, a marcar o ano de 1985 como o do fim da ditadura, porque ali se encerrou o mandato do último general-presidente. A ironia é que ele foi sucedido por um politico — José Sarney — que desde o início apoiou o regime, tornando-se ao longo do tempo um de seus principais dirigentes…civis.

Estender a ditadura até 1985 não seria uma incongruência? O adjetivo “militar” o requer.

Ora, desde 1979 o estado de exceção, que existe enquanto os governantes podem editar ou revogar as leis pelo exercício arbitrário de sua vontade, estava encerrado. E não foi preciso esperar 1985 para que não mais existissem presos políticos. Por outro lado, o Poder Judiciário recuperara a autonomia. Desde o início dos anos 1980, passou a haver pluralismo politico-partidário e sindical. Liberdade de expressão e de imprensa. Grandes movimentos puderam ocorrer livremente, como a Campanha das Diretas Já, mobilizando milhões de pessoas entre 1983-1984. Como sustentar que tudo isto acontecia no contexto de uma ditadura? Um equívoco?

Não, não se trata de esclarecer um equívoco. Mas de desvendar uma interessada memória e suas bases de sustentação.

São interessados na memória atual as lideranças e entidades civis que apoiaram a ditadura. Se ela foi “apenas” militar, todas elas passam para o campo das oposições. Desde sempre. Desaparecem os civis que se beneficiaram do regime ditatorial. Os que financiaram a máquina repressiva. Os que celebraram os atos de exceção. O mesmo se pode dizer dos segmentos sociais que, em algum momento, apoiaram a ditadura. E dos que defendem a ideia não demonstrada, mas assumida como verdade, de que a maioria das pessoas sempre fora — e foi — contra a ditadura.

Por essas razões é injusto dizer — outro lugar comum — que o povo não tem memória. Ao contrário, a história atual está saturada de memória. Seletiva e conveniente, como toda memória. No exercício desta absolve-se a sociedade de qualquer tipo de participação nesse triste — e sinistro — processo. Apagam-se as pontes existentes entre a ditadura e os passados próximo e distante, assim como os desdobramentos dela na atual democracia, emblematicamente traduzidos na decisão do Supremo Tribunal Federal em 2010, impedindo a revisão da Lei da Anistia. Varridos para debaixo do tapete os fundamentos sociais e históricos da construção da ditadura.

Enquanto tudo isso prevalecer, a História será uma simples refém da memória, e serão escassas as possibilidades de compreensão das complexas relações entre sociedade e ditadura. Fonte: O Globo - 31.03.2012 - Daniel Aarão Reis, professor de História Contemporânea da UFF

Comentário: O professor  descreve de maneira precisa a participação da sociedade civil em apoio a ditadura militar. Mas ele esquece de analisar por que  as organizações da esquerda, marxista e socialista levantaram a bandeira contra o regime em favor de uma falsa democracia se havia uma participação majoritária da sociedade civil em apoio ao regime militar?

Transcrevo o depoimento dado pelo professor  ao Centro de Ensino Unificado de Brasília - CEUB.

No ano de 1970, o senhor foi preso e depois foi para a Argélia. O senhor se  exilou ou foi forçado? 

Nem me exilei, nem fui forçado. Fui beneficiado por uma ação revolucionária  que capturou o embaixador alemão no Brasil, exigindo, em troca da vida dele, a  libertação de 40 presos políticos, entre os quais, eu me encontrava. A ação aconteceu  em junho de 1970 e o grupo todo foi para a Argélia, pois a ditadura não teve outra saída  senão aceitar as exigências dos revolucionários.

Quando jovem, fui militante de uma organização revolucionária, a Dissidência  Comunista da então Guanabara, a DI-GB, a mais charmosa organização revolucionária  então existente, que, por ocasião da captura do embaixador estadonidense no Brasil, assumiu o nome de Movimento Revolucionário 8 de Outubro/MR-8. Abraçava na época  a proposta de uma revolução catastrófica, a ser implementada por um processo de luta  armada, visando estabelecer uma ditadura revolucionária, no padrão que era comum aos  socialismos existentes (URSS, China e Cuba). De lá para cá, guardei a perspectiva geral  de mudanças radicais no sistema capitalista, continuo me considerando socialista, mas  sou adepto da idéia de que o socialismo deve ser almejado, e conquistado, como um  processo de radicalização da democracia, através de métodos reformistas revolucionários. Não fiz mais, a rigor, do que recuperar os princípios e as propostas dos  grandes revolucionários socialistas do século XIX.

No depoimento ele confessa  a luta armada visando estabelecer uma ditadura revolucionária, no padrão que era comum aos  socialismos existentes.

Mas critica os métodos do regime militar para obter informações dessas organizações, a tortura, prisões, etc. Mas essas organizações podiam matar, colocar bombas, capturar pessoas, em nome de uma causa, em que a maioria da sociedade não a apoiava.

O mais interessante ele continua socialista, utiliza a democracia para expor suas idéias e apóia   movimentos radicais revolucionários para implantar o regime socialista, que não admite pluralismo político e livre pensamento. O método reformista revolucionário nada mais é do que uma assembléia constituinte popular que visa a implantação de uma partido único ou não admite partidos políticos.

A esquerda esquece de lembrar  e principalmente os jornais atuais de informar aos mais jovens o genocídios ou holocaustro russos que foram iguais ou piores do que dos nazistas

Só para lembrar

1- genocídio de 1932-33, o regime de Josef Stalin matou sete milhões de ucranianos e enviou outros dois milhões para campos de concentração.

2- De 1929, quando o Gulag iniciou sua maior expansão, a 1953, quando Stalin morreu, as melhores estimativas indicam que cerca de 18 milhões de pessoas passaram por esse enorme sistema.

3- No decorrer da existência da URSS, surgiram pelo menos 476 complexos distintos de campos, consistindo em milhares de campos individuais, cada um dos quais tendo de algumas centenas a muitos milhares de pessoas.4 Os presos trabalhavam em quase todas as atividades imagináveis - derrubada e corte de árvores, transporte dessa madeira, mineração, construção civil, manufatura, agropecuária, projeto de aviões e peças de artilharia - e, na realidade, viviam num Estado dentro do Estado, quase numa civilização em separado.

A palavra Gulag é um acrônimo de Glavnoe Upravlenie Lagerei, ou Administração Central dos Campos. Com o tempo, passou também a indicar não só a administração dos campos de concentração, mas também o próprio sistema soviético de trabalho escravo, em todas as suas formas e variedades: campos de trabalhos forçados, campos punitivos, campos criminais e políticos, campos femininos, campos infantis, campos de trânsito. De modo ainda mais amplo, Gulag veio a significar todo o sistema repressivo soviético, o conjunto de procedimentos que os presos outrora denominaram "o moedor de carne": as prisões, os interrogatórios, o traslado em vagões de gado sem aquecimento, o trabalho forçado, a destruição de famílias, os anos de degredo, as mortes prematuras e desnecessárias.   

Mas a ideologia também distorceu o modo pelo qual compreendemos a história da URSS e da Europa oriental.A partir dos anos 1930, uma parte pequena da esquerda ocidental deu duro para explicar e às vezes desculpar dos  campos e o terror que os criou. Em 1936, quando milhões de lavradores soviéticos já trabalhavam nos campos ou viviam em degredo, os socialistas britânicos Sidney e Beatrice Webb publicaram um vasto levantamento sobre a URSS, o qual explicava, entre outras coisas, que "o oprimido camponês soviético vai aos poucos adquirindo a sensação de liberdade política".Na época dos grandes julgamentos de Moscou, enquanto Stalin arbitrariamente condenava aos campos milhares de membros inocentes do Partido, o dramaturgo Bertold Brecht disse ao filósofo Sidney Hook que, "quanto mais inocentes eles são, mais merecem morrer".

Não foi apenas a extrema esquerda, nem apenas os comunistas ocidentais, os que ficaram tentados a arranjar para os crimes de Stalin desculpas que nunca teriam apresentado para os de Hitler. Os ideais comunistas - justiça social, igualdade para todos - são simplesmente muito mais atraentes para a maioria das pessoas no Ocidente do que a defesa nazista do racismo e do triunfo do mais forte. Mesmo que na prática a ideologia comunista significasse algo muito diferente, era mais difícil aos descendentes intelectuais da Guerra de Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa condenarem um sistema que, pelo menos, parecia semelhante ao deles próprios. Talvez isso ajude a explicar por que, desde o começo, relatos em primeira mão sobre o Gulag eram freqüentemente repudiados ou depreciados pelas mesmíssimas pessoas que jamais teriam colocado em dúvida o testemunho do Holocausto escrito por Primo Levi ou Eli Wiesel. Fonte:  Gulag : Uma História dos Campos de Prisioneiros Soviéticos – autora  Anne Applebaum

Veja o lema da esquerda, os ideais comunistas - justiça social, igualdade para todos, o que fizeram a Rússia e a Europa Oriental? Nada, apenas miséria, nivelamento da pobreza, trabalhos forçados, etc  E esse lema continua persistindo no meio da esquerda atual, como nome sugestivo de democracia popular.

Como se diz o regime militar foi o lobo-mau e a esquerda continua sendo o chapeuzinho vermelho.

sábado, 4 de agosto de 2012

PT- Banco de Fomento da Corrupção



O partido fundou o Banco de Fomento da Corrupção. Os acionistas têm participação nos lucros e dividendos. A função do banco é social  para grandeza do país. É o sonho do poder eterno.

A lista é longa de acionistas

Presidente

José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, apontado como "líder" do mensalão. Segundo a Procuradoria, ele negociou acordos com os partidos de apoio ao presidente Lula e criou o esquema clandestino de financiamento. Teria oferecido dinheiro aos parlamentares federais José Janene, Pedro Corrêa e Pedro Henry para que estes votassem a favor de matérias do interesse do governo federal, segundo o STF. Acusação: formação de quadrilha e corrupção ativa. O que aconteceu: foi destituído do cargo na Casa Civil, deixou a liderança do PT, teve o mandato de deputado federal cassado em 2005, tornando-se inelegível até 2015.

Principal acionista

Marcos Valério, empresário e publicitário. Era sócio nas agências DNA Propaganda e SMP&B Comunicação, que tinham contas do governo federal. Segundo a Procuradoria, ele criou um esquema que financiou o PT e partidos aliados por meio de recursos desviados, obtidos em contratos firmados com o Banco do Brasil e a Câmara dos Deputados; empréstimos fraudulentos dos bancos Rural e BMG teriam disfarçado a origem do dinheiro. Teria enviado, de forma ilícita, dinheiro para a conta bancária criada no exterior pelo publicitário Duda Mendonça. Acusação: formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O que aconteceu: em 2011, ele ficou 11 dias preso após ser detido por suspeita de grilagem de terras e sonegação. Em 2012, foi condenado a mais de nove anos de prisão pelos crimes de sonegação fiscal e falsificação de documento público

Diretoria

José Genoino, deputado federal do PT-SP e ex-presidente do partido. Seria o responsável por formular propostas de acordos aos líderes dos partidos que comporiam a base aliada do governo e por negociar o valor a ser pago se as propostas fossem aceitas; teria representado José Dirceu perante os parlamentares. Acusação: formação de quadrilha e corrupção ativa. O que aconteceu: renunciou à presidência do PT em 2005. No ano seguinte foi eleito deputado federal. Tornou-se assessor no Ministério da Defesa

Assessoria da Presidência e Diretorias

Conselho de Administradores

1-Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes. À época do mensalão, era deputado pelo PL (atual PR). Admitiu ter feito caixa dois nas 11 eleições que disputou. Teria recebido R$ 410 mil para saldar dívidas de campanha e R$ 950 mil de Marcos Valério, segundo o STF. Acusação: corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: se elegeu prefeito de Uberaba (MG) pelo PMDB em 2008, cujo mandato termina em 2012

2-Valdemar Costa Neto, deputado federal (PR-SP). Teria recebido R$ 8,8 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal. Junto aos réus Jacinto Lamas e Antônio Lamas recebeu cerca de R$ 11 milhões de propina, segundo a Procuradoria. Acusação: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.  

3- João Paulo Cunha, deputado federal (PT-SP). Teria recebido R$ 50 mil da empresa SMP&B para que esta prestasse serviços à Câmara dos Deputados. É acusado de ter desviado R$ 252 mil, que pertenciam à Câmara, para forjar a contratação de assessor pessoal que não teria executado nenhum serviço. Teria desviado ainda cerca de R$ 536 mil para o grupo de Marcos Valério. Acusação: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. O que aconteceu: foi absolvido pelo plenário da Câmara em 2005 e foi reeleito em 2006 e 2010. Foi indicado pelo PT para presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Atualmente integra o diretório nacional do partido e é candidato à Prefeitura de Osasco (SP)  

4- Enivaldo Quadrado, doleiro e ex-sócio da corretora Bônus-Banval. Teria sido um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro para o PP, um dos partidos que teria recebido dinheiro do esquema. Acusação: formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: foi preso em 2008 ao ser flagrado com R$ 1,2 milhão escondido na cueca, na meia e na bagagem, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Responde em liberdade

5- Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil e membro do PT. Teria recebido R$ 326 mil para desviar recursos após renovação de contrato publicitário com a DNA Propaganda, além de ter antecipado para a empresa R$ 73,8 milhões e, junto a outros sócios, desviado dinheiro público no montante de R$ 2,9 milhões, segundo o STF. Acusação: peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: desligou-se da instituição e antecipou sua aposentadoria após as denúncias

6-José Rodrigues Borba, ex-deputado do PMDB-PR. Teria sido beneficiado pelo esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B e recebido R$ 200 mil para votar a favor de matérias do interesse do governo. Acusação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: se elegeu prefeito de Jandaia do Sul, no interior do Paraná, em 2008 

7-Carlos Alberto Rodrigues, conhecido como Bispo Rodrigues, ex-deputado do PR-RJ. Teria recebido R$ 150 mil para votar com o governo federal. Acusação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: renunciou ao mandato para escapar da cassação e deixou de ser bispo. Em 2009, voltou a trabalhar na Igreja Universal, onde dirige a Rádio Nova AM 

8-José Luiz Alves, ex-secretário do ex-ministro dos Transportes, Anderson Adauto. Teria recebido dinheiro em espécie oriundo de recursos desviados de contratos publicitários para pagamento de dívidas de diretórios regionais do PT e de outros partidos aliados. Teria intermediado o pagamento de R$ 950 mil de Marcos Valério para Adauto, segundo o STF e a Procuradoria. Acusação: lavagem de dinheiro. O que aconteceu: é presidente do Codau (Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba-MG) 

9-João Cláudio Genu, ex-assessor do PP na Câmara. Teria sido beneficiado pelo esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B. Seria o responsável por intermediar pagamentos a deputados do PP. Junto a eles, teria recebido cerca de R$ 4 milhões de propina. Acusação: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: seu advogado preferiu não informar o paradeiro de Genu 

10-João Magno de Moura, ex-deputado do PT-MG. Teria recebido R$ 360 mil do esquema por meio de dois intermediários. Acusação: lavagem de dinheiro. O que aconteceu: foi absolvido na Câmara, que votou contra a cassação de seu mandato. Não continua na vida pública Jorge

11-Luiz Carlos da Silva, o professor Luizinho, ex-deputado federal (PT-SP). Teria usado um assessor para receber R$ 20 mil no Banco Rural, cuja entrega teria sido autorizada por Delúbio Soares, segundo o STF. Acusação: lavagem de dinheiro. O que aconteceu: tentou se eleger senador em 2008, mas abandonou a vida pública. Abriu uma empresa de reflorestamento  

12-Pedro Henry, deputado federal (PP-MT). Teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal. Acusação: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

13-Pedro Corrêa, ex-deputado federal (PP-PE). Teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal. Acusação: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: teve o mandato cassado em 2006 como presidente do PP e atualmente não exerce nenhuma função no partido. É médico e atua como pecuarista 

14-Paulo Roberto Galvão da Rocha, ex-deputado federal (PT-PA). Teria recebido R$ 820 mil de Marcos Valério pelo esquema. Acusação: lavagem de dinheiro. O que aconteceu: renunciou ao cargo de deputado em 2005, candidatou-se e foi eleito novamente deputado federal em 2006. Nas eleições de 2010, teve a candidatura ao Senado cassada devido à renúncia Lula

15-Romeu Queiroz, ex-deputado federal (PTB-MG). Teria viabilizado pagamento de R$ 4,5 milhões para Roberto Jefferson votar a favor de matérias do interesse do governo. Teria recebido, em proveito próprio, quantia de R$ 102 mil. Acusação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro.  

16- Rogério Tolentino, advogado e ex-sócio de Marcos Valério. Acusado de retirar valores de empréstimos simulados, entre eles um de R$ 410 mil. Seria um dos responsáveis por fazer pagamentos aos parlamentares. Acusação: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: foi o primeiro a ser punido entre os acusados de outro mensalão, o do PSDB mineiro, ainda em 2010. Foi condenado a sete anos de prisão e ao pagamento de 3.780 salários mínimos 

Controladoria

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT durante a campanha presidencial de 2002 e no início do governo Lula. Segundo a Procuradoria, negociou com Marcos Valério a montagem do esquema e orientou a distribuição dos recursos ilegais. Acusação: formação de quadrilha e corrupção ativa.  

Tesouraria

1-José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural. Teria usado o cargo para conceder empréstimos sem as garantias exigidas. Teria sido um dos responsáveis por ordenar depósitos em conta no exterior criada pelo publicitário Duda Mendonça. Junto a outros três réus, é acusado de ter disponibilizado ao esquema do mensalão a quantia de R$ 32 milhões. Acusação: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira. 

2-Ayanna Tenório Tôrres de Jesus, ex-diretora do Banco Rural. Teria usado o cargo para conceder empréstimos sem as garantias exigidas. Junto a outros três réus, é acusada de ter disponibilizado ao esquema do mensalão a quantia de R$ 32 milhões. Acusação: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira. O que aconteceu: deixou a instituição e trabalha como autônoma prestando consultoria em recursos humanos, planejamento estratégico e administrativo 

3-Emerson Eloy Palmieri, ex-tesoureiro do PTB. Teria viabilizado, junto com outro réu, pagamento de R$ 4,5 milhões para Roberto Jefferson votar a favor de matérias do interesse do governo. Também teria sido beneficiado por esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B. Acusação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

4-Breno Fischberg, ex-doleiro, sócio da corretora Bônus-Banval. Teria sido um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro para o Partido Progressista, segundo o STF. Acusação: formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: o advogado não informou qual a atual atividade do empresário 

5-Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (hoje PR). Teria sido beneficiado por esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B. Junto com os réus Valdemar Costa Neto e Antônio Lamas, que foi absolvido do processo, teria recebido cerca de R$ 11 milhões de propina. Acusação: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

  Área de marketing

José Eduardo Mendonça (Duda Mendonça), publicitário. Teria criado empresa com registros no exterior para evitar a obrigatoriedade de declarar ao Banco Central qualquer depósito de sua titularidade (fonte: STF). Nesta conta, teria recebido cerca de R$ 10 milhões do PT pela campanha que elegeu Lula presidente em 2002. Acusação: lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O que aconteceu: continua trabalhando com marketing político. Atuou, entre outros, na campanha que elegeu Marta Suplicy (PT-SP) ao Senado Federal

Comunicação

Luiz Gushiken, secretário de Comunicação do governo Lula em 2005. Acusado de crime de peculato. A Procuradoria pediu sua absolvição por falta de provas de envolvimento no esquema, mas ele ainda pode ser condenado pelo STF.

Assessoria da Comunicação

1-Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural. Teria usado o cargo para conceder empréstimos sem as garantias exigidas. Teria sido uma das responsáveis por ordenar depósitos em conta no exterior criada pelo publicitário Duda Mendonça. Junto a outros três réus, é acusada de ter disponibilizado ao esquema do mensalão a quantia de R$ 32 milhões. Acusação: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira.  

2-Simone Vasconcelos, ex-gerente da empresa SMP&B. Teria enviado de forma ilícita dinheiro para a conta bancária criada no exterior pelo publicitário Duda Mendonça. Seria uma das responsáveis por fazer pagamentos aos parlamentares. Acusação: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.  

3-Zilmar Fernandes Silveira, sócia de Duda Mendonça. Teria recebido três parcelas de R$ 300 mil e duas de R$ 250 mil, em espécie, em agências do Banco Rural por meio do resgate de cheques nominais à empresa SMP&B Comunicação, sem registro dos reais beneficiários dos valores. Seria ainda responsável por movimentar uma conta criada pelo publicitário com registro no exterior. Acusação: evasão de divisas e lavagem de dinheiro.  

Offshore (Paraíso Fiscal)

1-Anita Leocádia, ex-assessora de Paulo Rocha. Atuaria como intermediária do ex-deputado no pagamento de propina. Em determinada ocasião teria recebido R$ 200 mil em espécie do próprio Marcos Valério. O total de recursos que teria recebido no esquema pode ter chegado a R$ 600 mil. Acusação: lavagem de dinheiro. 

2-Vinícius Samarane, ex-diretor e atual vice-presidente do Banco Rural. É citado como integrante do núcleo financeiro do esquema e teria usado o cargo para conceder empréstimos sem as garantias exigidas. Teria sido um dos responsáveis por ordenar depósitos em conta no exterior criada pelo publicitário Duda Mendonça e, junto a outros três réus, é acusado de ter disponibilizado R$ 32 milhões ao esquema. Acusação: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira. 

3-Carlos Alberto Quaglia, doleiro e ex-dono da empresa Natimar. Teria sido um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro para o Partido Progressista. Acusação: formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: fechou a empresa logo após a denúncia. Seu paradeiro não foi informado pelo advogado

4-Cristiano de Mello Paz, ex-sócio de Marcos Valério. Teria enviado de forma ilícita dinheiro para a conta bancária criada no exterior pelo publicitário Duda Mendonça. Seria um dos responsáveis por fazer pagamentos aos parlamentares. Junto a outros sócios, teria desviado dinheiro público no montante de R$ 2,9 milhões. Acusação: formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O que aconteceu: em 2012, foi condenado a mais de nove anos de prisão pelos crimes de sonegação fiscal e falsificação de documento público. 

5-Geiza Dias dos Santos, ex-funcionária da SMP&B. Teria enviado de forma ilícita dinheiro para a conta bancária criada no exterior pelo publicitário Duda Mendonça. Seria uma das responsáveis por fazer pagamentos aos parlamentares. Acusação: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. 

6- Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério. Acusado de participar da negociação dos empréstimos e dos contratos de Valério com o Banco do Brasil e a Câmara dos Deputados. Acusação: formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O que aconteceu: em 2012, ao lado de Valério, foi condenado pela Justiça Federal de MG a nove anos de prisão pelos crimes de sonegação fiscal e falsificação de documento público; o processo envolvia irregularidades cometidas na empresa SMP&B. 

7-Roberto Jefferson, deputado cassado do PTB-RJ, atualmente é presidente da legenda. Foi quem denunciou o esquema do mensalão. Teria sido beneficiado por esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B e ainda recebido R$ 4.545.000,00 para votar a favor de matérias do interesse do governo federal, segundo o STF. Acusação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Fonte: UOL Notícias- Julho de 2012

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Vídeo sensual provoca demissão da vice-ministra na Costa Rica



A vice-ministra da Juventude e Cultura da Costa Rica, Karina Bolaños, foi demitida após um vídeo no qual aparece em trajes íntimos ter vazado e provocado sensação na internet.

No vídeo, a vice-ministra é vista de sutiã e calcinha diante da câmera, dizendo estar sentindo muita falta de seu namorado.

O escândalo ganhou proporção ainda maior após a presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, ter optado pela demissão sumária de Bolaños.

"Ainda que as informações que circularam estejam estritamente relacionadas com a vida privada de Bolaños e não com o seu trabalho como funcionária pública, o afastamento do cargo se deu para que ele possa enfrentar esse caso no âmbito privado'', afirmou o ministro da Cultura, Manuel Obregón.

Em entrevista à rede de TV CNN, a ex-vice-ministra disse que ''acreditava que ia ter mais apoio''. E ainda acrescentou que ''o trabalho não deve se medir por questões que são da vida íntima e pessoal''.

DIREITO À DEFESA

"Respeito a decisão de dona Laura Chinchila, mas como mulher teria direito a me defender", afirmou expressou Bolaños na entrevista à CNN.

A vice-ministra disse que respeita o povo da Costa Rica e os jovens que representa, mas acrescentou que ''o vídeo não tem nada que me envergonhe''.

Bolaños contou que o vídeo foi gravado por ela mesma em 2007. De acordo com Bolaños, as imagens que foram parar nas redes sociais foram roubadas de seu computador por um técnico de informática, que desde então vinha tentando extorqui-la.

Ela afirma que não revelou o nome do suposto ladrão do vídeo porque não dispunha de provas para incriminá-lo.

A agora vice-ministra disse que respeita o povo da Costa Rica e os jovens que representa, mas acrescentou que ''o vídeo não tem nada que a envergonhe.Fonte: Folha.com - 01/08/2012 

Comentário: A internet provoca uma magia nas mulheres. É boa noite cinderela eletrônica, fácil de tirar a roupa,  ser atriz por alguns minutos do teatro de variedades ou de rebolado,  imaginar  em fotos sensuais, sem constrangimento, obedecendo basicamente a todos os comandos  da câmera. No day-after é o dia da audiência  ou do Ibope do Youtube.

Algumas mulheres acordam do sonho letárgico induzido pela internet, o que fiz da minha vida? Outras fizeram de modo calculado para ser a Maria do Youtube

Para evitar ser vítima deste tipo de crime cibernético, tenha cautela: não leve a internet, a câmera  para seu quarto, não aceite aquele piscar da câmera, e não descuide de seu corpo. Qualquer descuido o Allien eletrônico induz boa noite cinderela.

O vídeo foi censurado  pelo Youtube,  aprovado apenas para maiores de idade.

http://www.youtube.com/watch?v=_X0w0WLbClE

Não basta à mulher de César ser honesta, ela precisa parecer honesta. Quem exerce função pública deve evocar transparência e lisura na conduta.