sábado, 27 de novembro de 2010

Rio de Janeiro: vive estado de guerra contra o tráfico

Balanço oficial da PM contabiliza 35 mortos no Rio; cem veículos foram queimados

Subiu para 35 o número de mortos em consequência da troca de tiros entre a polícia e os criminosos no Rio de Janeiro, que começou no bairro de São Cristóvão, na zona norte, e terminou na zona portuária, no Santo Cristo. O número foi divulgado na tarde desta sexta-feira (26) no balanço oficial da Polícia Militar.

Pelas informações passadas pela Secretaria Estadual de Saúde, no entanto, mais seis pessoas morreram ao longo do conflito --quatro na quarta-feira e mais duas na sexta-feira.

Nos seis dias de conflito, a PM diz que foram apreendidas dezenas de armas, granadas, drogas e garrafas de gasolina. Cem veículos foram incendiados, entre eles, vários ônibus.

Na região portuária, os policiais prenderam dois suspeitos com garrafa de gasolina e coquetéis molotov. Em Mesquita, duas pessoas ficaram feridas e duas armas foram apreendidas.

O Rio de Janeiro vive uma guerra contra o tráfico. Hoje, policiais e integrantes das Forças Armadas continuam a ocupação da favelas dominadas pelo tráfico. Policiais civis, militares e federais foram alvos de disparos de traficantes na tentativa de entrar no Complexo do Alemão. As operações em morros e favelas visam acabar com a série de ataques, arrastões e incêndios em veículos.

Falar em cena de guerra não é exagero: veículos blindados da Marinha estão sendo usados nas operações. Ontem à noite, o Ministério da Defesa liberou 800 homens para reforçar os trabalhos de combate ao tráfico no Rio. Mesmo assim, os bandidos desafiam as autoridades e continuam impondo tentativas de ataques.

Durante a semana, motoristas foram vítimas de arrastões, foram roubados e tiveram seus veículos incendiados. Virou rotina a interceptação de ônibus por grupos armados que obrigavam os passageiros a descer e ateavam fogo aos veículos.

O cenário de guerra tomou conta da cidade no início da manhã de quinta, numa operação em que soldados do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) puseram em prática uma operação para a ocupação da Vila Cruzeiro, que integra o complexo de favelas da Penha. Seria o local onde, de acordo com a polícia, estaria o comando da onda de ataques organizados pelos criminosos.

Na manhã de quinta, um longo comboio da polícia com sete veículos blindados e carros de assalto da Marinha se deslocava para a Vila Cruzeiro. Ao lado da igreja da Penha, as tropas do Bope se concentraram e recebiam as últimas instruções antes de iniciar a ocupação da Vila Cruzeiro. Simultaneamente, veículos eram incendiados em pontos diferentes da cidade. Um grupo de 200 policiais civis participou de uma ação no Jacarezinho que terminou com nove homens mortos (traficantes, segundo a polícia).

Fonte:UOL Notícias -26/11/2010  

Veja cronologia da violência no Rio de Janeiro

 21 de novembro de 2010 -   Série de arrastões assusta motoristas – O problema vinha sendo atribuído à implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e à expulsão de traficantes das favelas. Leia mais

22 de novembro de 2010- Total de mortos: 3  Criminosos queimam carros – os ataques seriam uma represália a uma operação do Batalhão de Irajá na favela Cajueiros, em Madureira, na zona norte. Informações davam conta de que traficantes de duas facções -Comando Vermelho e ADA (Amigos dos Amigos)- teriam se unido para enfrentar a polícia. Leia mais

23 de novembro de 2010 - Total de mortos: 8  Cabine da PM é atacada – Ataques seriam retaliação às UPPs e à transferência de presos para presídios federais. A Polícia Militar inicia uma megaoperação em 18 favelas, por tempo indeterminado. Um bilhete interceptado em outrubro gera a troca de comando no presídio de segurança máxima de Catanduvas (487 km de Curitiba). O plano de ataque às UPPs deveria ser entregue a dois líderes da facção criminosa Comando Vermelho: Marcos Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP. s

24 de novembro de 2010 - Total de mortos: 23  Megaoperação - O Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PM entrou em quatro comunidades da Penha, zona norte, com sete caveirões. Governo do Rio transfere para Catanduvas oito presos acusados de ordenar ataques. Leia mais

25 de novembro de 2010- Total de mortos: 31  Vila Cruzeiro ocupada - Blindados da Marinha chegam à Vila Cruzeiro na megaoperação que reuniu 250 homens e expulsou cerca de 200 traficantes da favela. Imagens de helicópteros de emissoras de TV mostram o momento em que os bandidos fogem pelo matagal em direção ao Complexo do Alemão e o morro é ocupado pela polícia. O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, comemora o resultado a operação, anuncia novas ações e diz que o objetivo do Estado é retirar território do tráfico. Leia mais

26 de novembro de 2010- Total de mortos: 35*  Exército chega ao RJ - Com 800 homens do Exército, 300 agentes da Polícia Federal, 200 da Polícia Civil e 200 da Polícia Militar, continuam as operações para tentar conter os ataques no Rio de Janeiro.

Ao todo, cem veículos foram queimados e mais de 30 pessoas foram mortas, segundo a Polícia Militar. Extraoficialmente, seriam mais de 40 mortos. A polícia encontra duas toneladas de drogas na Vila Cruzeiro, além de armas, munições, coletes, entre outros. Leia mais

Fonte:  UOL Notícias -26/11/2010

Comentário: Os filmes Tropa de Elite 1 e 2 retratam o mundo do tráfico. De um lado o fornecedor (traficante) e de outro uma parcela da sociedade carioca consumidora de drogas. Essa parcela consumidora tem muita influência na mídia, isto é, formadora de opinião e modismo. São a classe média, os artistas  e os intelectuais que buscam o estado de nirvana através das drogas.

Circula na internet desde 2007 um artigo com várias versões que retrata muito bem esse problema e não há como confirmar o autor.

Sylvio Guedes, editor-chefe do Jornal de Brasília , critica o "cinismo" dos jornalistas, artistas e intelectuais ao defenderem o fim do poder paralelo dos chefes do tráfico de drogas.

Guedes desafia a todos que "tanto se drogaram nas últimas décadas que venham a público assumir: eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro".

"Eles ajudaram a destruir o Rio".

É irônico que a classe artística e a categoria dos jornalistas estejam agora na, por assim dizer, vanguarda da atual campanha contra a violência enfrentada pelo Rio de Janeiro.
Essa postura é produto do absoluto cinismo de muitas das pessoas e instituições que vemos participando de atos, fazendo declarações e defendendo o fim do poder paralelo dos chefões do tráfico de drogas.

Quando a cocaína começou a se infiltrar de fato no Rio de Janeiro, lá pelo fim da década de 70, entrou pela porta da frente.  
Pela classe média, pelas festinhas de embalo da Zona Sul, pelas danceterias, pelos barzinhos de Ipanema e Leblon.

Invadiu e se instalou nas redações de jornais e nas emissoras de TV, sob o silêncio comprometedor de suas chefias e diretorias.
Quanto mais glamuroso o ambiente, quanto mais supostamente intelectualizado o grupo, mais você podia encontrar gente cheirando carreiras e carreiras do pó branco.

Em uma espúria relação de cumplicidade, imprensa e classe artística (que tanto se orgulham de serem, ambas, formadoras de opinião) de fato contribuíram enormemente para que o consumo das drogas, em especial da cocaína, se disseminasse no seio da sociedade carioca - e brasileira, por extensão. Achavam o máximo; era, como se costumava dizer, um barato.

Festa sem cocaína era festa careta.

As pessoas curtiam a comodidade proporcionada pelos fornecedores: entregavam a droga em casa, sem a necessidade de inconvenientes viagens ao decaído mundo dos morros, vizinhos aos edifícios ricos do asfalto.

Nem é preciso detalhar como essa simples relação econômica de mercado terminou.
Onde há demanda, deve haver a necessária oferta.

E assim, com tanta gente endinheirada disposta a cheirar ou injetar sua dose diária de cocaína, os pés-de-chinelo das favelas viraram barões das drogas.
Há farta literatura mostrando como as conexões dos meliantes rastacuera, que só fumavam um baseado aqui e acolá, se tornaram senhores de um império, tomaram de assalto a mais linda cidade do país e agora cortam cabeças de quem ousa-lhes cruzar o caminho e as exibem em bandejas, certos da impunidade.

Qualquer mentecapto sabe que não pode persistir um sistema jurídico em que é proibida e reprimida a produção e venda da droga, porém seu consumo é, digamos assim, tolerado.

São doentes os que consomem.
Não sabem o que fazem.
Não têm controle sobre seus atos.
Destroem famílias, arrasam lares, destroçam futuros.
Que a mídia, os artistas e os intelectuais que tanto se drogaram nas
três últimas décadas venham a público assumir:
"Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro."
Façam um adesivo e preguem no vidro de seus Audis, BMWs e Mercedes."

Fonte: Jornal de Brasília


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Fantástico Paul McCartney no Brasil






Porto Alegre – 7 de novembro

Quando Sir Paul McCartney pisou no palco do Estádio Beira-Rio, às 21h10 de domingo,  7 de novembro, elegante como um nobre britânico, as 50 mil pessoas presentes pareciam não acreditar que estavam diante de uma lenda da música. Mais do que isso, não sabiam como reagir frente a uma figura que carrega na própria história o legado de gerações e o peso de ser uma das personalidades mais famosas e carismáticas ainda vivas. Sensível e entregue ao que faz, Paul olhou admirado a multidão de brasileiros ansiosos pela sua voz e não demorou a distribuir sorrisos.

São Paulo – 21 de novembro

Poucos nomes na música têm tanto cuidado com suas canções quanto Paul McCartney. O preciosismo de manter a originalidade, os timbres e a alma de suas composições é a resposta de seu respeito à obra. Paul celebra a música e canta cada canção como uma vitória. Assim se viu na noite deste domingo (21) em São Paulo, num Estádio Morumbi lotado: ao final de cada execução, o ex-Beatle levantava os braços, seu baixo ou guitarra em um ato de triunfo. Para as 64 mil pessoas que estavam no local, era a glorificação de um vínculo sagrado.

Em menos de dez minutos do início do show, o clássico de 1963 "All My Loving" já rasgava a noite no Morumbi como a primeira de uma série de obras-primas com as quais McCartney formou uma conexão histórica com o público em quase três horas de show. "Drive My Car", "And I Love Her", "Eleanor Rigby", "Blackbird", "Yesterday", "Ob-La-Di, Ob-La-Da", "Back in the U.S.S.R.", "Day Tripper" e a furiosa versão de "Helter Skelter" foram trilha sonora para revisar uma memória musical gloriosa do legado de uma das maiores bandas do mundo.

Eleger o melhor momento do show pode soar como ousadia num repertório tão apurado, mas uma das sequências que mais comoveu o público foi iniciada com a dobradinha "A Day in the Life" e "Give Peace a Chance", quando a plateia levantou balões brancos pelo estádio, surpreendendo McCartney. "Let It Be" veio em seguida emocionante como um hino para a transição explosiva de "Live and Let Die", emoldurada por fogos de artíficios. A série terminou com "Hey Jude" e um coro estendido de "na na na na".

Quase tudo se repete de um show para outro nessa turnê. O que não se repete é a experiência de cada um em estar à frente de um dos maiores nomes da história da música. Há quem diga que 2010 terminou neste domingo na saída do Estádio Morumbi.

São Paulo - segunda-feira – 22 de novembro

O segundo e último show de Paul McCartney em São Paulo começou na segunda-feira (22) com cerca de 20 minutos de atraso no Estádio Morumbi e com abertura diferente da apresentada no domingo (21) no mesmo local. Debaixo de chuva, o ex-Beatle começou o show com "Magical Mystery Tour", seguida de "Jet" e "All My Loving". Uma segunda canção que não foi tocada no show anterior já foi incluída neste repertório: "Got to Get You Into My Life".

Desde seu lançamento, em março, a nova temporada da turnê "Up and Coming" já foi vista por mais de 500 mil pessoas nos últimos meses. No Brasil, os shows seguem o mesmo repertório, composto por cerca de 36 músicas que somam aproximadamente 2h30 de duração. A banda que acompanha Paul no palco tem Paul Wickens no teclado, Brain Ray no baixo e guitarra, Rusty Anderson na guitarra, e Abe Laboriel Jr na bateria.

Números

Em Porto Alegre – 50.000 pessoas

Em São Paulo – domingo – 64.000 pessoas

Em São Paulo- segunda-feira – 64.000 pessoas

Fonte: UOL Música – 22 e 23/11/2010  

Comentário: O que faz a música, unir gerações e gerações.

Jovem morre de overdose de cafeína

Um britânico de 23 anos de idade morreu por overdose de cafeína, noticiou o site da revista “Time”. Michael Lee Bedford teria consumido em excesso pó de cafeína comprado por meio da internet.

Pode-se consumir o estimulante tomando café, bebidas energéticas, refrigerantes ou comendo chocolate. Bedford ingeriu pó “às colheradas” durante uma festa. Quando morreu, em abril, tinha em seu organismo o equivalente a 70 latas de energético, revela necrópsia divulgada nesta quarta-feira (3/11/2010).

Segundo Eric Braverman, médico ouvido sobre o caso, uma dose letal de cafeína equivaleria a 10 mil miligramas, ou 100 xícaras de café – desde que consumidas em um curto período.

Em setembro, ainda segundo o site, um americano do estado do Kentucky acusado de assassinar a esposa alegou como defesa o fato de estar “intoxicado por cafeína”, que havia consumido excessivamente bebidas energéticas e pílulas para emagrecer. O exagero o teria deixado “mentalmente instável”, levando-o a confessar um crime que não havia cometido.Fonte: G1, em São Paulo - 03/11/2010 

Comentário: No século XVI, Paracelso dizia: "Tudo é veneno, nada é veneno. Depende da dose".

domingo, 21 de novembro de 2010

Ser buen o mal alumno no es cuestión de pobreza

En el sur de Bogotá está el mejor colegio y muy cerca, uno de los de más bajo desempeño en el Icfes.

A un poco más de 20 cuadras de distancia están el mejor colegio en las pruebas Saber 11 del país -que miden las competencias básicas de los estudiantes de grado once- y uno que lleva cuatro años continuos con bajo desempeño en los exámenes de Estado.

Aunque el primero es privado y el otro oficial, ambos se ubican en el sur de Bogotá, sus estudiantes son de estrato bajo, no cuentan con laboratorios ni aulas modernas y están rodeados de inseguridad y venta de droga.

Pero para ser los mejores no hay que tener los mayores recursos ni las instalaciones más 'bonitas'. Basta con trazarse metas y hacer todo lo posible por cumplirlas.

La diferencia, sin duda, la hacen la actitud de los docentes, de los estudiantes y de los propios padres de familia.

Exitosos: Objetivo: cupo en las mejores 'U'

El Liceo Campo David, institución privada que funciona hace 24 años en el barrio Santa Lucía, tiene un solo patio para 650 alumnos, aulas estrechas y recursos pedagógicos limitados. Sin embargo, obtuvo este año el mejor promedio en las pruebas Saber 11 y desde el 2003 ha estado clasificado en la categoría 'muy superior'.

El 72,5 por ciento de sus bachilleres en los últimos cinco años ha ingresado a la Universidad Nacional y 19 han sido becados por la Universidad de los Andes.

"Los formamos con la meta de abrirse campo en las mejores universidades. Les exigimos con afecto e involucramos a la familia en su proyecto educativo", afirma el rector Henry Romero Vivas.

"Nuestros maestros nos motivan a alcanzar los objetivos trazados", dice Laura Guerrero, alumna de grado once.

Los preparan para tener éxito. "Los sueños de los alumnos se convierten en sueños institucionales... ingresar a la educación superior se logra con excelentes resultados", indica Teresa Melo García, vicerrectora académica.

Diana Palacios, presidenta de la Asociación de Padres de Familia del colegio, reconoce que los docentes animan a sus estudiantes a rendir académicamente y "los padres estamos acompañando a nuestros hijos en esta meta", añade.

Desmotivación: 'Hay padres que poco se preocupan'

Lamentable es la historia de la Institución Educativa Distrital República de México, ubicada en el barrio México, sur de Bogotá. Se fundó en 1963 y tiene 1.250 estudiantes por jornada. El plantel fue clasificado en la categoría inferior en los resultados de las pruebas Saber 11 de este año y en los tres anteriores ha tenido bajo desempeño.

La baja motivación por el estudio, familias poco interesadas por el rendimiento de sus hijos -no asisten a reuniones-, desnutrición, permisividad y descomposición familiar son algunos factores que influyen en estos resultados, según las orientadoras Alba Pulido y Haidy Beltrán.

"Estamos revisando el modelo pedagógico para mejorar la comprensión y el aprendizaje. Trabajamos para que los alumnos aprendan pero ellos no lo quieren hacer y los padres tampoco se preocupan por esto", dice Asunción Perilla, coordinadora académica de la jornada tarde.

"Nuestro bajo rendimiento se debe a que los profesores no nos prepararon bien", asegura Jessica Lee.

Este año, 16 alumnas se han convertido en madres. En muchos casos los docentes han tenido que acudir a Bienestar Familiar para que los padres "hagan algo" por los problemas de indisciplina y bajo desempeño de sus hijos.

Lino Montenegro, docente de filosofía, responsabiliza al decreto 230 -ya derogado y en el que sólo el 5 por ciento de los alumnos podía perder el año- por el desinterés de los jóvenes en el estudio, pues varios pasaban el año perdiendo seis materias.

Datos desalentadores

45% de los colegios con bajo desempeño

Esta semana, el Instituto Colombiano para la Evaluación de la Educación (Icfes), dio a conocer que el 51 por ciento de los colegios oficiales del país y el 32 por ciento de los privados (más de 10 mil evaluados) obtuvieron un bajo rendimiento en las pruebas Saber 11.

"La evaluación implica hacer procesos de recolección de información para tomar decisiones acertadas oportunamente. Los maestros se han olvidado de enseñar por estar llenando informes", dice Rosa Julia Guzmán, directora de la Maestría en Pedagogía de la U. de La Sabana.

53 % son colegios privados con alto desempeño

El 20 por ciento de los planteles oficiales están en las categorías de alto rendimiento (fueron evaluados 6.684 oficiales).

1.389 planteles evaluados en Bogotá por el Icfes

Entre 2009 y 2010, la proporción de instituciones ubicadas en la categoría 'alto' rendimiento bajó seis puntos porcentuales. Fuente: El Tiempo -  20 de Noviembre del 2010

Dilma adotou os três porquinhos

Os “três porquinhos” de Dilma Rousseff foram nomeados oficialmente pela presidenta eleita nesta sexta-feira, 19 de novembro, mas a brincadeira com Antonio Palocci, José Eduardo Dutra e José Eduardo Cardozo começou no mês passado, durante a campanha eleitoral. Hoje, ao discursar na reunião do Diretório Nacional, Dilma arrancou risadas da platéia ao batizá-los de três porquinhos. A presidenta eleita contou que o apelido era visto como uma crítica, mas passou a usá-lo porque era mais prático.

“Cícero é José Eduardo Cardozo,

Prático é Antonio Palocci e

Heitor é José Eduardo Dutra.

Essa foi a definição dada por Cardozo, a respeito da declaração de Dilma Rousseff de que seus coordenadores de campanha - que agora integram o grupo de transição - são os "três porquinhos".

Origens

Na história, os três saíram de casa e precisaram construir as suas próprias moradias. Cícero era o mais preguiçoso e construiu uma casa de palha, Heitor de madeira e Prático, uma mais estruturada. Quando o Lobo Mau, o quarto personagem do desenho, destrói a casa dos dois primeiros, estes fogem para a casa de Prático. O lobo não consegue derrubar a casa de Prático, tenta descer pela chaminé e foge ao descobrir que à sua espera estava uma panela para queimar a sua cauda.

Questionado por jornalistas, nesta sexta, sobre quem seria o “lobo mau” na história dos três porquinhos de Dilma, Cardozo deu apenas um meio sorriso e desconversou. Fonte: G1 e Último Segundo - 19/11/2010

Sería un golpe al corazón y al bolsillo de las Farc

Un bombardeo contra un campamento de las Farc en Caquetá habría causado la muerte del jefe del bloque Sur, miembro del Estado Mayor Central, y hombre duro del narcotráfico. Se espera identificación de seis cadáveres.

La fórmula de inteligencia y fuego aéreo se habría repetido para conseguir otro golpe militar contra las Farc, al ubicar el campamento principal del bloque Sur en Caquetá, que dio pie para un bombardeo en el que habría muerto el antiguo jefe guerrillero José Benito Cabrera Cuevas, alias "Fabián Ramírez".

En la madrugada de ayer los aviones de la Fuerza Aérea atacaron un campamento de las Farc ubicado entre La Julia y La Tunia (Caquetá), una zona donde las Farc han tenido fuerte presencia por décadas y en cuyas extensas selvas se refugian varios frentes del grupo guerrillero.

Tras el ataque aéreo, comandos del Ejército llegaron por tierra al campamento y encontraron seis cadáveres entre los escombros, entre los que se presume estaría el de alias "Fabián Ramírez", también miembro del Estado Mayor Central del grupo guerrillero.

Tras ser informado, el presidente de la República, Juan Manuel Santos, se encargó de anunciar la noticia en la mañana de ayer, durante la jornada número 15 de los Acuerdos para la Prosperidad, que se realizó en Barranquilla. "En la madrugada de hoy, cerca de San Vicente del Caguán, gracias a una muy concreta y acertada inteligencia de la Policía y a la puntería de la Fuerza Aérea, se hizo el ataque a un sitio donde aparentemente estaba este bandido", señaló el Mandatario.

El Jefe de Estado aseguró que la posibilidad de que uno de los guerrilleros abatidos sea el jefe del bloque Sur, y uno de los 10 máximos jefes de las Farc, se basa en el hallazgo de varios elementos personales y la información de inteligencia de la Policía, que lo localizó en el campamento atacado ayer.

"La información que me da el Ministro de la Defensa es que se acaba de llegar al sitio. Han encontrado cadáveres y aparentemente cayó este bandido. Digo que aparentemente porque no está confirmado. Están buscando. Pero encontraron sus pistolas. Estos comandantes o jefes de las Farc siempre usan pistolas. Este usaba dos pistolas. Encontraron su morral, su manecilla, sus computadores. Lo más seguro es que cayó", afirmó Santos.

El Presidente agregó que alias "Fabián Ramírez" era "un objetivo de alto valor" por su importancia en la estructura de las Farc, en la que no solo era jefe del bloque Sur y uno de los miembros más importantes del grupo, sino la persona encargada del manejo del narcotráfico en el sur del país. "Si se confirma (la muerte del jefe guerrillero), es un golpe contundente contra las Farc", dijo el Mandatario, quien ayer esperaba la ratificación de los resultados de la operación militar.

Esperan identificación

Desde Ibagué, donde encabezó un consejo de seguridad para el departamento del Tolima, el ministro de Defensa, Rodrigo Rivera, confirmó el ataque al campamento en Caquetá y precisó que la operación militar se ejecutó en cercanías de la vereda Las Damas, municipio de San Vicente del Caguán.

"Se trató de una operación conjunta y coordinada de nuestras Fuerzas Militares y la Policía Nacional y le hemos dado un golpe certero al campamento base donde establecía su actividad criminal alias 'Fabián Ramírez'", dijo Rivera en Ibagué. Rivera explicó que la Policía Judicial llegó a la zona y se espera la identificación de los cuerpos para precisar si "Fabián Ramírez" fue uno de los guerrilleros abatidos.

"Todavía no se ha podido identificar los cadáveres, nuestros hombres en la zona están trabajando en esa identificación y en la revisión del área y por lo tanto todavía no podemos confirmar la identidad de ninguno de los terroristas que cayeron en la operación". El Ministro de Defensa detalló que en el campamento guerrillero hasta ayer fueron encontrados los cuerpos de seis guerrilleros, computadores, un morral que pertenecería a "Fabián Ramírez", una manilla marcada con su nombre y dos pistolas.

De confirmarse su muerte, serían cinco los miembros del Estado Mayor de las Farc muertos desde 2008: alias "Raúl Reyes", "Iván Ríos", "Tirofijo", "Mono Jojoy". Los cuatro últimos del Secretariado. Fuente: El Colombiano - Publicado el 21 de noviembre de 2010

Paris Hilton trabalhando?



Paris Hilton presta serviço comunitário, pintando muros pichados na cidade de Los Angeles, EUA, (19/11/2010). A socialite foi condenada a 200 horas de serviço comunitário após ser presa em Las Vegas com uma pequena quantidade de cocaína em sua bolsa. No processo, ela se declarou culpada e pagou multa no valor de US$ 2 mil.

Comentário: Gente fina é outra coisa. Pintando o muro com sapato alto. Até nisso não perde a pose. Aqui no Brasil um petista foi punido com serviço comunitário e exigiu que o serviço fosse ao nível do seu conhecimento. Como se diz existe a democracia americana  e a democracia latina, que parece mais a democracia feudal.

sábado, 20 de novembro de 2010

Querem dividir o Brasil em negros e brancos?

Um país de mestiços

Um estudo coordenado pelo geneticista Sergio Pena analisou o DNA mitocondrial, carga genética herdada apenas da mãe de brasileiros que se declaram brancos.

O mapa mostra a herança genética média desse contingente, em diferentes regiões do país

■ Um terço dos auto-classificados brancos do país é descendente de africanos por parte de mãe.

■ 87% de todos os brasileiros têm no mínimo 10% de ancestralidade, africana, quando se consideram as heranças genéticas materna e paterna.

Conclusão: Os brasileiros somos todos um pouco africanos, ameríndios e europeus.


"Cada homem é uma raça." A frase, título de um livro do escritor moçambicano Mia Couto, sintetiza a ideia de que cada indivíduo tem sua história, seu repertório cultural, seus desejos, suas preferências pessoais e, é claro, uma aparência física própria que, no conjunto, fazem dele um ser único. Rótulos raciais são, portanto, arbitrários e injustos. Mia Couto, com sua concepção universalista da humanidade, é citado algumas vezes no livro  Uma Gota de Sangue – História do Pensamento Racial do sociólogo paulistano Demétrio Magnoli, recém-chegado às livrarias. Trata-se de uma dessas obras ambiciosas, raras no Brasil, que partem de um esforço de pesquisa histórica monumental para elucidar um tema da atualidade.

Magnoli estava intrigado com o avanço das cotas para negros no Brasil e resolveu investigar a raiz dessas medidas afirmativas. O resultado é uma análise meticulosa da evolução do conceito racial no mundo. Descobre-se em Uma Gota de Sangue que as atuais políticas de cotas derivam dos mesmos pressupostos clássicos sobre raça que embasaram, num passado não tão distante, a segregação oficial de negros e outros grupos. A diferença é que, agora, esse velho pensamento assume o nome de multiculturalismo – a ideia de que uma nação é uma colcha de retalhos de etnias que formam um conjunto, mas não se misturam. É o racismo com nova pele.

Em todos os povos ou períodos da história, a sensação de pertencimento a uma comunidade sempre foi construída com base nas diferenças em relação aos que estão de fora, "os outros". Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam a si próprias de "homens" ou "gente" e denominam pejorativamente integrantes de outros grupamentos – esses são "seres inferiores" ou "narizes chatos".

O filósofo grego Aristóteles considerava a "raça helênica" superior aos outros povos. Mas até o Iluminismo, no século XVIII, a humanidade não recorreu a teses raciais para justificar a escravidão – tratava-se de uma decorrência natural de conquistas militares. A postulação de que todos os homens nascem livres e iguais criou, porém, uma reação: a fim de embasar o domínio de povos europeus seus descendentes sobre as populações colonizadas ou escravizadas, começou-se a elaborar uma divisão sistemática de raças, com pretensões científicas.

Magnoli descreve como duas visões de mundo opostas estiveram em constante tensão ao longo da história mundial recente.

■ A primeira crê numa espécie humana dividida em raças que se distinguem por ancestralidades diferentes, expressas em traços físicos e culturais. Os arautos dessa ideia podem ser chamados, genericamente, de racialistas.

■ A segunda visão, antirracialista, nega a separação da humanidade em categorias inventadas e acredita no princípio da igualdade entre as pessoas.

Atualmente, com o conhecimento que se tem do DNA humano, a tese de que a humanidade pode ser dividida em raças foi relegada ao ridículo. "O ser humano tem 25.000 genes, dos quais não mais de trinta definem a cor da pele e dos olhos, o formato do rosto, o tamanho do nariz e a textura do cabelo, entre outras características morfológicas", explica o geneticista Sérgio Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais. Ou seja, na imensidão do genoma humano, os aspectos físicos geralmente usados para classificar as raças não representam nada. Do ponto de vista genético, pode haver mais diferenças entre dois africanos do que entre um deles e um europeu nórdico.

O fato de a ciência concluir que as raças não existem como conceito biológico cria uma dificuldade para os defensores da discriminação reversa (o outro nome para as cotas): inviabiliza a tentativa de usar critérios objetivos para decidir quem pode ou não ser beneficiário de privilégios no vestibular, no mercado de trabalho ou em licitações públicas. Essa dificuldade, aliás, sempre existiu nos países que legislaram com base em raça, mesmo quando esse conceito ainda era considerado uma verdade científica. Nos Estados Unidos, por exemplo, criou-se a regra da gota única de sangue – daí o título do livro de Magnoli –, segundo a qual qualquer indivíduo era considerado negro se tivesse um antepassado de origem africana, por mais longínquo que fosse. Em muitos estados americanos, esse foi o critério para as leis segregacionistas que proibiam, entre outras coisas, que brancos e negros casassem entre si, frequentassem a escola juntos ou até mesmo se servissem do mesmo bebedouro. O sistema americano de classificação de raças sempre omitiu a categoria "mestiços", como se fosse possível existir algum grau de pureza dentro de grupos populacionais.

Uma Gota de Sangue alerta para o que ocorre quando um estado se mete a catalogar a população segundo critérios raciais com o objetivo de, a partir deles, elaborar políticas públicas: pouco a pouco, os próprios cidadãos passam a acreditar naquela divisão e se veem obrigados a defender interesses de gueto. Isso cria conflitos políticos e rancor, inclusive nas situações em que as leis tentam beneficiar um grupo antes segregado. É o caso da Índia, país com o maior programa de cotas do mundo. O complexo sistema indiano de castas, tornado oficial pelo imperialismo inglês no século XIX, levou a que o governo daquele país, na década de 50, concedesse privilégios ao grupo dos intocáveis, ou dalits, e a "outras classes retardatárias" – expressão contida no texto constitucional do país. Uma forma de tentar compensá-los das injustiças sofridas no passado. O resultado é que eles passaram a ser invejados. Em 2008, os membros da etnia gujar, do norte da Índia, entraram em choque com a polícia, em protestos que mataram quatro dezenas de pessoas, para pedir o próprio rebaixamento no sistema de castas. Sua reivindicação: também serem considerados inferiores o suficiente para ganhar cotas no serviço público e em universidades. Conseguiram.

No livro de Magnoli, emerge como um desvio estranho a tentativa de instituir uma classificação oficial de raças no Brasil, país cuja identidade nacional foi construída sobre a ideia da mestiçagem.

Não se trata de mito: análises genéticas da população demonstram que o DNA de um brasileiro tem, em média, proporções iguais de heranças maternas de origem europeia, africana e ameríndia.

Magnoli argumenta que é exatamente essa realidade mestiça que os defensores das ações afirmativas querem destruir, ao tentar somar todos os que se consideram "pardos" à categoria de "negros". Para os ativistas da negritude, a identidade racial é, na verdade, questão ideológica.

Isso explica por que uma das principais perguntas feitas aos candidatos às cotas no Brasil é se já se sentiram discriminados. Resposta correta para conseguir a vaga: sim. A baiana Sabynne Christina Silva Regis preferiu não mentir e, em entrevista de seleção do Itamaraty para uma bolsa de estudos para "afrodescendentes", disse nunca ter sido vítima de preconceito racial. Ela está convicta de que isso lhe custou a vaga. Que uma pessoa se considere "parda" não basta aos racialistas brasileiros. "O que se quer é açular a luta de classes – e, nesse contexto, a mestiçagem é incômoda porque elimina a polarização política com base em raça", diz Leão Alves, secretário-geral da ONG Nação Mestiça, com sede em Manaus.

A ideia de que existem raças é um anacronismo que não condiz com a tradição brasileira e com as mudanças que vêm ocorrendo no mundo civilizado. Barack Obama, presidente do país que inventou a regra da gota única de sangue, define-se não como negro, mas como mestiço. E não deixa de ser curioso que, se fosse brasileiro, isso talvez o impedisse de ganhar uma bolsa no Itamaraty.

O filósofo Kwame Anthony Appiah, especialista em estudos afro-americanos da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, colocou a questão nos seguintes termos, em entrevista a VEJA: "O estado brasileiro pode não ter ajudado os descendentes dos escravos a sair da pobreza, mas pelo menos jamais os discriminou ativamente, como ocorreu nos Estados Unidos. Isso faz uma grande diferença. Adotar políticas raciais, agora, significaria criar no Brasil uma minoria com privilégios. Em democracias, a existência de minorias com tratamento especial quase sempre resulta em encrenca. A pergunta que os brasileiros deveriam se fazer é: isso vale a pena?". Uma Gota de Sangue, de Demétrio Magnoli, contribui para que se responda: não, não e não.

 Esse caminho conduzirá a uma carteira de identidade racial"

O senhor escreveu, certa vez, que ficou incomodado ao deparar com o item "raça" no formulário de matrícula da escola de sua filha. Por quê? Porque esse é o primeiro documento público no Brasil que compulsoriamente associa as pessoas nominalmente a uma raça. É um documento diferente das pesquisas anônimas do censo demográfico. No caso da matrícula escolar, ao se associar um nome a uma raça, repete-se uma prática fundamental das políticas raciais no mundo inteiro, desde o século XIX. Não vejo nenhum dilema político em que as pessoas, na esfera privada, imaginem participar de uma raça. É um direito de cada um criar identidades próprias. O problema é quando o estado cria e impõe um rótulo às pessoas. No caso das matrículas, isso foi feito através de uma norma do Ministério da Educação (MEC), válida para escolas públicas e privadas. Os pais devem declarar a "raça" de seus filhos. Hoje, todos os formulários de saúde e educação no país têm esse item. O Brasil está oficializando as identidades raciais.

Qual é o perigo? A função desse conjunto de documentos é impingir aos cidadãos uma marca racial da qual não poderão fugir e que depois terá efeitos práticos em sua vida, no vestibular ou no mercado de trabalho. Estamos trilhando um caminho que conduzirá a uma carteira de identidade racial.

Quem ganha com isso? Em todos os lugares em que foi aplicado esse tipo de medida, formaram-se elites políticas sustentadas sobre bases raciais. Seu interesse é ganhar influência, votos e audiência social. No Brasil, os promotores dessas políticas imaginam que o racismo brasileiro leva as pessoas a "negar a sua verdadeira raça". Para eles, incentivos oficiais, vagas em universidades e cotas no mercado de trabalho vão ajudar os mestiços a "assumir a sua negritude" – frase que se ouve a toda hora. Pretende-se com isso criar uma larga base social para que os promotores das políticas raciais se ergam como lideranças políticas. Eles querem criar um racismo de massas, algo que não existe no Brasil. Há, sim, um racismo difuso, mas não um ódio racial de massas.

Por que essa agenda foi adotada pelo Partido dos Trabalhadores? Porque o partido mantém relações com ONGs que promovem tais políticas, muitas por influência de entidades filantrópicas americanas. Como não têm apoio popular, as ONGs precisam se atrelar a um partido para ganhar representatividade e exercer pressão sobre o estado. Embora hoje o PT seja a principal agremiação a conduzir essa bandeira, vale lembrar que as políticas raciais começaram com o PSDB, durante a Presidência de Fernando Henrique Cardoso.

O que é avaliado de verdade na hora de conceder cotas? No estado racial, as pessoas têm de demonstrar uma identidade e assumi-la. Os desviantes são aqueles que se recusam a fazê-lo. Como não existe ninguém "verdadeiramente negro", assim como não existe "verdadeiramente branco", o que se tenta avaliar é, no fundo, a ideologia. Entre pessoas igualmente pardas, ganha a vaga aquela que se diz vítima de discriminação. Essa resposta é associada a uma ideologia da negritude que serve de critério para as comissões universitárias decidirem sobre a distribuição de cotas. É quase o mesmo que beneficiar no vestibular os alunos que estão de acordo com as ideias de determinado partido.

A criação de um racismo de massas é um caminho sem volta? Volta sempre existe, mas é preciso saber a que custo. Em Ruanda, pagou-se o preço de um genocídio. Posteriormente, o estado ruandês decidiu proibir a classificação racial da população. Se o Brasil insistir nas políticas raciais e se elas se tornarem enraizadas, coisa que ainda não ocorreu, a sociedade vai pagar um preço alto, impossível de prever. Fonte: Resumo - Revista Veja - Edição 2128 - 2 de Setembro de 2009.

Retrato da educação: Aluna agride professor

A direção da escola informou que abriu investigação interna pra decidir se vai ou não punir a estudante

As cenas de violência aconteceram dentro de uma escola estadual, em Jacarezinho, no Paraná. A direção da escola informou que abriu investigação interna pra decidir se vai ou não punir a estudante.

Na escola, o assunto correu de boca em boca e de celular pra celular. Alunos mostram e falam que logo depois que aconteceu já foram distribuindo.

Casos de agressões dentro da escola costumam vir a público apenas por relatos das vítimas. Mas o de um colégio tem o reforço dramático de sons e imagens gravados com um celular por um aluno que estava no fundo da sala.

Professor -- fala como um bom ser humano!

Aluna -- você que é um cavalo, um jumento!

A aluna continua xingando o professor e, quando tudo parecia mais calmo, ela se levanta e atira a carteira em cima dele. O professor, de 47 anos, há 23 na profissão, diz que só havia pedido silêncio à aluna e que ela se exaltou. “Essa atitude não deve servir de exemplo”.

A aluna, de 17 anos, está no segundo ano do ensino médio e contínua frequentando as aulas. A direção da escola informou que abriu investigação interna pra decidir se vai ou não punir a estudante.Fonte: Gazeta do Povo - 20/11/2010 

Vídeo:


Comentário: É a educação políticamente correta  da esquerda. Puxa, ainda continua frequentando as aulas e o absurdo a escola ainda vai decidir se pune ou não a aluna?  Muito provável aplicará o Estatuto da Criança, ou melhor, o Manual da Impunidade. O estatuto alega que o jovem é vítima do sistema, da família, etc. Esse é o retrato da educação brasileira. O futuro da país está nas mãos   desses jovens,  educados conforme o Estatuto da Criança.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Brasil ultrapassa em outubro a marca de um celular por habitante

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A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) informou que o Brasil ultrapassou a marca de um celular por habitante.

São 194,4 milhões de acessos à telefonia móvel para uma população de 193,6 milhões de habitantes, segundo os últimos dados do IBGE.

Há, portanto, 1.004 celulares para cada 1.000 habitantes, a 8ª maior densidade de telefonia móvel do mundo. O maior desempenho é o da Rússia, que apresenta atualmente 1,62 celulares para cada 1.000 habitantes.

O Brasil fica acima de países como França, Estados Unidos e Japão no ranking de densidade de celular.

O Distrito Federal é quem mais se destaca, com 1,7 celular por pessoa. Em seguida vem São Paulo, com densidade de 1,2. Depois Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, ambos com 1,1 celular por habitante.

Do total de acessos, 82,19% são celulares pré-pagos. A Vivo é empresa líder do mercado, com 30% de participação. Depois vem a Claro (25,6%), TIM (24,7%) e Oi (19,4%).

"O aumento do serviço de telefonia móvel representa segurança, conforto, acesso à informação, geração de empregos e facilidade em pagamentos eletrônicos", afirmou o presidente da agência, Ronaldo Sardenberg.

Pela ordem, após a Rússia, o ranking aponta Itália (1,43); Vietnã (1,38); Alemanha (1,37); Reino Unido (1,33); Espanha (1,21); e Tailândia (1,07).

Segundo Sardenberg, a Anatel trabalha para que a qualidade acompanhe a evolução do número de linhas. "Via qualidade e via competição que se baixam os preços", afirmou. Fonte: Folha.com - 18/11/2010

Comentário: Só é assim que o Brasil fica entre os melhores, no consumismo. Na educação entre o piores. Como o atual governo não se preocupou com a educação e o próximo parece que a educação é um objetivo  marginal, continuaremos com o modelo do Tiririca. Temos tudo, computador, internet, celular, carro, etc. Mas não temos biblioteca, livros, mas nóis não sabe ler direito.

Transporte urbano: ônibus ecológico chinês


 Uma grande preocupação  no planejamento do transporte urbano é como aumentar a velocidade do tráfego: colocando mais ônibus nas vias  aumentará o congestionamento  e piorará a qualidade do ar, a construção do metrô é mais caro e demorado.  Bem, aqui está uma alternativa rápida, mais barata, mais verde,  para iluminar a mente um pouco: o Straddling Bus,  exibido pela primeira vez na 13ª feira High-Tech Expo Internacional de Pequim, em maio deste ano.  

Num futuro próximo, o modelo deve ser colocado em uso piloto no distrito de  Mentougou em Pequim.

O modelo foi proposto pela empresa Shenzhen Hashi Future Parking Equipment Co. Ltd,  parece um trem de metrô ou trem  superfície urbana (LTR). Tem de 4 a 4,5 m de altura com dois níveis: no andar superior, embarque para passageiros, enquanto no nível inferior é uma passagem para veículos com altura inferior a  2 m.  

Alimentado por energia elétrica e solar, o ônibus pode acelerar até 60 km/h, transportando 1200-1400 passageiros,  sem interromper o trânsito de veículos.  Também custa cerca de 75 milhões de dólares para a construção do ônibus e um trajeto de 40 km que equivale apenas 10% da construção do metrô.  O ônibus pode reduzir os engarrafamentos em 20 a 30%. Fonte: China Hush - July 31st, 2010

Vídeo:

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Imigração Libanesa no Brasil completa 130 anos

Os libaneses constituem um grupo entre a grande imigração dos árabes no Brasil, a própria Embaixada do Líbano no Brasil inclui o fluxo migratório dos libaneses dentro das quatro fases que identifica para a imigração árabe no país. Segunda a Embaixada, os períodos são: de 1850 a 1900, quando tem início o processo imigratório destinado a várias regiões do país; de 1900 a 1918, quando a imigração já se encontra em processo avançado e é possível falar em colônias árabes no Brasil; e de 1918 a 1950, período que associa as duas fases finais e leva os libaneses mais para a região sul do país em decorrência do notório crescimento econômico.

Oficialmente, a Imigração Libanesa no Brasil começou em 1880, quatro anos após o Imperador Dom Pedro II ter visitado o Líbano. O fluxo de libaneses aumentou em fluxo contínuo nos períodos seguintes, não eram destinados a uma região específica do Brasil, mas sim ao local que encontravam melhores condições para viver.

Hoje são 7 milhões de libaneses e descendentes que vivem no país, quase o dobro da população inteira do Líbano, que não chega a 4 milhões.

A comunidade árabe brasileira é formada principalmente por sírios e libaneses, mas há imigrantes e descendentes de quase todas as nações árabes. Os imigrantes árabes e seus descendentes somam 6,5% da população brasileira.

Libaneses são chamados de turcos no Brasil

Por causa dos passaportes otomanos. Muitos imigrantes sírios e libaneses que chegaram ao Brasil antes do fim da Primeira Guerra, quando o Império Otomano foi desmembrado tinham o passaporte ou identidade turco-otomana.

Vídeo:


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Globalização e Democracia

Globalização significa muito mais que internacionalização. Significa que nenhuma instituição política, social ou religiosa é capaz de controlar um sistema econômico globalizado. Portanto, minha principal ideia é que a globalização significa o fim da sociedade. A diversidade dos atores é mais importante do que o sistema.

O que restou é o mercado puro. Vivemos agora em uma não sociedade, na qual as pessoas estão interessadas em coisas sem significado. Eliminar significados tem sido a aventura da Europa nos últimos 20 anos. Por exemplo, o desenvolvimento industrial sendo eliminado para dar lugar ao mercado financeiro: dinheiro pelo dinheiro.

Na vida privada, teorias românticas do século XIX deram lugar ao erotismo, à pornografia, ao sexo sem comunicação, emoção ou intenção. Interesse e desejo são a mesma coisa. Minha pergunta é se é possível reconstruir uma vida social a partir de nenhum elemento social, pois eles despareceram ao longo do caminho.

E é possível? Há esperança para a vida em sociedade?

O único movimento político realmente forte hoje é a ecologia. Pela primeira vez na História abandonamos a velha filosofia de Descartes ou Bacon de que a cultura domina a natureza. Pela primeira vez estamos preocupados em salvar a natureza sem destruir a civilização e vice-versa. Outra força antropológica pela qual tenho grande interesse é o movimento feminista. Mulheres em geral têm uma visão de sociedade que é o contrário do modelo masculino de tensão extrema, polarização. Mulheres buscam a conciliação em vez da oposição.

No entanto, o feminismo ainda não existe como força política. O sexismo domina. Já avançamos, mas as mulheres continuam tratadas como vítimas. Ninguém as menciona como alguém que faz coisas. São mais criativas que os homens, mas, por enquanto, aparecem como vítimas, principalmente da violência doméstica. A terceira força do que seria esta nova sociedade está no indivíduo, no direito a ter direitos, como dizia Hannah Arendt.

Ninguém sabe o que democracia significa hoje, cada um tem sua definição. Para mim, democracia é ampliar o acesso de todos a serviços e bens básicos, como educação e saúde, entre outras coisas. É possível reconstruir uma sociedade baseada em termos não sociais universais, tais como a ecologia e os direitos individuais. Sou um grande defensor da ideia de universalização. É fundamental reconhecer e garantir valores universais como, por exemplo, a liberdade religiosa. Recriar formas de vida coletiva e privada baseadas em princípios universais. Se viver mais um ano, penso em escrever um livro com minhas ideias a respeito dessa nova sociedade possível.

Fonte: Globo Online – 14/11/2010 - Alain Touraine, de 85 anos, sociólogo, diretor da École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris

A Proclamação da República

Proclamação da República - Nada mais é um feriado para curtir uma praia. Banhistas passeiam na Praia do Gonzaga, em Santos, litoral paulista, na manhã desta segunda-feira (15), feriado da Proclamação da República

- Assisti tudo e tudo, dizia-me o velho Joaquim Gonçalves, uma tarde em que conversávamos na varanda de sua casa em Santa Teresa. Conheço a proclamação da República como testemunha visual. Eu era, como ainda sou, republicano. Sabia de tudo e tudo acompanhei.

- Conte-me isso.

- A história da proclamação da República ainda por aí muito embrulhada. Contam-na sem a verdade exata,
apesar de ainda haver hoje vivas muitas das figuras principais do movimento. Quer ouvir-me?

- Com todo o prazer.

- No começo do mês de novembro de 1889 sentia-se que a Monarquia estava profundamente abalada. A propaganda da República havia chegado ao seu ponto culminante. Benjamin Constant, Quintino, Deodoro, Lopes Trovão, etc., eram os homens do dia. Para não me alongar começarei da véspera do célebre dia 15, em que o trono foi posto abaixo.

Ao anoitecer de 14, corria na rua do Ouvidor a notícia da prisão de Benjamin e de Deodoro. Dizia-se que o governo, considerando esses dois militares perigosos ao regímen, mandara-os encerrar numa fortaleza. O boato era falso. Tinha-o espalhado o major Sólon, com o intuito apenas de precipitar os acontecimentos. A coletividade republicana, com o boato, ferveu nas ruas, nas redações dos jornais e nos quartéis. Os batalhões sublevaram-se. Pela madrugada os chefes da propaganda tiveram que ser acordados em suas casas, para vir à rua comandar o movimento. Ao amanhecer de 15, a coluna revolucionária, tendo Benjamin à frente, descia a rua Visconde de Itaúna em direção ao Campo de Santana. Nas proximidades do gasômetro, Deodoro, que passava de carro, uniu-se à tropa. O velho marechal voltava do quartel do 1o regimento de cavalaria, onde não mais encontrara a força para comandar. Ao dobrar a rua Visconde de Itaúna para o campo de Santana, Deodoro salta do carro e monta o cavalo do alferes Eduardo Barbosa. Era já dia claro. A frente da coluna vai entrando no campo. No ângulo da estação da estrada de ferro estão colocados batalhões dos imperiais marinheiros e da polícia da corte que o governo ali mandara estacionar, para repelir a força revoltosa. O chefe revolucionário vai passando. Quer a polícia, quer os marinheiros não sabem o que fazer. Ele interpela-os violentamente:

- Então não fazem continência?

O major Valadão, que comandava a polícia, gritou um viva ao levante. O batalhão inteiro correspondeu-o.

O Visconde de Ouro Preto, chefe do gabinete, tinha reunido no quartel do campo de Santana os generais do estado-maior do ministro da Guerra. Sabia que as forças revolucionárias marchavam para ali, e era urgente uma medida, urgentíssimo que se enviassem tropas para bater os rebeldes em caminho. Floriano Peixoto, o barão do Rio Apa, o visconde de Maracaju, todos os generais, dissuadiram-no. As forças do quartel não se podiam mover de maneira tão rápida.

E quando Deodoro se postou com os seus batalhões defronte da fachada do quartel, o visconde, nervoso, tornou a reunir os generais. Não se tomava medida alguma? Não se desajolavam aqueles homens dali? Não havia meios e forças para os pôr fora?

- Não, respondeu Floriano.

- Não, confirmou Maracaju.

- Não, foi também a resposta do barão.

Ouro Preto percebeu tudo. A revolta estava ramificada pelo quartel adentro, pelo exército inteiro. Não podia confiar numa só farda. Resistência não havia nenhuma possível.

E sentou-se para redigir o telegrama em que depôs nas mãos do Imperador, em Petrópolis, o pedido de demissão do gabinete.

Às 8 horas da manhã, Deodoro, terminando de dispor a tropa, vai colocar-se com Benjamin e com o seu estado-maior em frente ao portão central do quartel general. Quintino Bocaiúva chega, a cavalo, para unir-se às forças da revolução. Dentre a soldadesca, ao aparecer o jornalista, há brados, vivando a República. Deodoro, contrariado com os vivas, agita o braço e ordena silêncio.

Lá de dentro do quartel mandam-lhe dizer que a metralhadora que o governo ali colocara para combater a sublevação, está às suas ordens. Pouco depois o chefe do movimento conferencia com o brigadeiro Almeida Barreto, que volta a colocar-se à frente das forças do governo. Ordena ao tenente coronel Silva Telles que suba ao quartel para intimar o ministério, que lá dentro está reunido, a abandonar o seu posto. Minutos mais tarde Floriano Peixoto vem conferenciar com o marechal revolucionário.

São 9 horas da manhã. O governo lá em cima parece que se não decide a deixar o poder. Deodoro está impaciente, todos estão agitados. O velho soldado tem um gesto resoluto. Com o seu estado-maior e um piquete aproxima-se do portão, que se conserva fechado. O capitão Pedro Paulo abre as duas imensas portas de ferro. Deodoro entra a galope quartel adentro. Ao passar em frente à metralhadora que lhe tinham mandado oferecer, ordena ao oficial que a comanda:

- Tirem daqui este trambolho.

Segue em direção do 7o batalhão de infantaria, que ali está para combatê-lo, e manda a música tocar. Um capitão do 7o grita um viva ao velho marechal e a tropa inteira o aclama. Todas as forças que estão dentro do quartel vivam o chefe revolucionário. Há um ruído ensurdecedor de músicas e brados festivos.

Lá dentro, na sala em que está reunido o ministério, ouve-se tudo aquilo silenciosamente, trocando olhares. Ouro Preto acaba de verificar, com mais segurança, que não tem ninguém ao lado do governo. O próprio Floriano, com quem o ministério tanto contara, revelara-se um conspirador.

Passam-se alguns minutos dilaceradores.

No pé da escada aparece Deodoro com o seu cortejo. Os ministros esperavam-no. Ao entrar na sala, o velho soldado saúda ligeiramente com a cabeça a Maracaju:

- Adeus, primo Rufino!

A sala tinha-se enchido num segundo; militares, titulares, políticos, homens do povo e um único jornalista, o repórter da Gazeta de Notícias, rapaz que eu conhecia de vista.

Deodoro encaminha-se para o presidente do gabinete. Era um silêncio de esfriar. O chefe revolucionário, com uma eloqüência que ninguém lhe conhecia, começa a falar. Ali estava, à frente do exército, para vingar as injustiças inexplicáveis que o governo vinha fazendo ao soldado brasileiro.

- À armada também! repete Deodoro.

E continuou. Estava doente, estava de cama, mas ao saber que os seus camaradas queriam que dirigisse aquele movimento, teve forças para levantar-se do leito. Não era homem que temesse perigos, pois só temia a Deus. As afrontas que o exército, e também a armada, - acrescentou ao novo aparte de Benjamin - vinham sofrendo do governo chegavam ao seu termo. Estava ali para não mais consenti-las. Não se compreendia que homens políticos, que só cuidavam de interesses pessoais, maltratassem os soldados, os verdadeiros, os únicos defensores da pátria. Ele, que ali estava falando, crescera e se fizera, não pisando as pedras das ruas do Rio de Janeiro, mas nos campos de batalha, ao zunir das balas e ao troar dos canhões. Tinha serviços que o visconde, como simples político, nunca podia compreender e avaliar. Durante três dias e três noites, para aludir ao acaso a uma passagem da sua vida militar, combatera no Paraguai, dentro de um lodaçal, com água pelos joelhos. Eram serviços que lhe davam direito a chefiar o levante que tinham por fim acabar com as diminuições que se faziam à honra do exército.

- Está o ministério deposto, conclui. Vamos organizar outro, de acordo com as indicações que vou levar ao Imperador. Os ministros podem retirar-se.

E apontando o visconde:

- Menos o senhor e menos o ministro da Justiça, que ficarão presos, a fim de que, sejam deportados para a Europa.

E passeando pela sala, no meio do silêncio geral:

- O visconde é teimoso, mas eu sou muito mais teimoso que o visconde.

Ouro Preto ouve tudo silenciosamente, sem um gesto, numa impassibilidade de nobreza ofendida, agitando o trancelim do pincenê. E, quando Deodoro não tem mais nada que dizer, fala:

- Não é só no campo da batalha que se serve à pátria e por ela se fazem sacrifícios. Estar aqui ouvindo as suas palavras, neste momento, não é menos penoso que passar alguns dias e noites num pantanal.

E antes que o outro retruque:

- Fico ciente do que resolveu a meu respeito. É o vencedor, pode fazer o que lhe aprouver. Submeto-me à força.

Até ali não se tinha ouvido uma só palavra, a mais vaga alusão à República. O que havia era justamente o contrário, era a declaração de Deodoro de que ia levar ao Imperador as indicações para o novo ministério, que ia organizar com os seus companheiros do movimento.

- Depois disso continuou o velho Joaquim Gonçalves, Deodoro retirou-se para a sua residência. Estava seriamente doente. Tinha estado de cama nos dias anteriores e da cama se levantara para chefiar o movimento.

Ao chegar à porta de casa, ali mesmo no Campo de Santana n. 99, fraquejavam-lhe as pernas e doía-lhe o corpo. Aquilo fora uma imprudência para a sua saúde.

Para subir as escadas de sua casa teve que apoiar-se aos ombros de dois homens.

A esposa, dona Marianinha, veio recebê-lo à porta do quarto e, vendo-o naquele abatimento, alarmou-se, mandando fechar imediatamente a cancela da rua. Ali não lhe entraria ninguém para visitar o marido!

Nas rodas republicanas a decepção era horrível. O movimento tinha sido feito com o fim único de derribar o trono e, em momento nenhum, Deodoro falara em República. Sempre aquela história da deposição do ministério!

Que se devia fazer? Aproveitar o levante para dar a República como proclamada? Não seria perigoso? Não seria impossível?

As ligações de Deodoro com o Imperador eram as mais estreitas e o monarca talvez tivesse meios de dominar o velho soldado, invocando a sua antiga fidelidade.

Naquela situação de mãe de S. Pedro é que se não podia ficar. Seria o ridículo estrondoso, a vergonha irremediável.

Estavam os republicanos reunidos no campo da Aclamação n. 17, no Instituto dos Cegos, que Benjamin Constant dirigia.

Para muitos deles, o trono estava logicamente derrubado. Que importava que o chefe da insurreição não tivesse aludido à República, se a insurreição fora, um movimento de republicanos?!

Havia necessidade de tomar-se uma medida pronta e decisiva. E que medida seria essa? O manifesto da República, a única.

Mas ninguém se decidia. Os propagandistas olhavam-se, entreolhavam-se, aos grupos, cochichando. O cair da tarde ia enchendo a sala de sombras.

Benjamin levantou-se. Estava visivelmente fatigado das vigílias da noite anterior e das impressões violentas daquele dia. Levantou-se e, encaminhando-se para uma das portas, disse com um bocejo:

- Estou muito cansado, vou tomar um banho morno.

O coronel Jaime Benévolo, que estava sentado a dois passos, ergueu-se de súbito, atravessando-se-lhe à frente, tomando-lhe a passagem numa energia surpreendente:

- Não! O senhor não toma banho nenhum. Vamos, sim, redigir o manifesto da República e organizar o ministério!

Benjamin caiu em si. Realmente era preciso fazer-se alguma coisa. Era quase noite e nada ainda se tinha feito para firmar o caráter do movimento.

E veio sentar-se à mesa. Os camaradas de propaganda cercaram-no. Redigiu-se o manifesto, lavraram-se as nomeações.

Aquilo devia ser levado a Deodoro para ser assinado. Com os papéis na mão, Benjamin perguntou no meio da sala:

- Quem leva isto ao velho?

Jaime Benévolo adiantou-se:

- Eu!

E partiu. Era já noite fechada.

À porta do chefe revolucionário a luta foi tremenda. Estava fechada a cancela, ninguém a podia transpor. Eram ordens de dona Marianinha. Benévolo teve que empregar violência para chegar ao quarto do enfermo. Deodoro, numa crise de dispnéia, sofria, com a esposa ao lado, a agitar-lhe uma ventarola.

Jaime Benévolo expôs-lhe a situação. O velho soldado repeliu o manifesto e os decretos de nomeação dos ministros. Não, não! Ele não faria aquilo.

O emissário, porém, não era homem de esmorecer. Pintou impressionantemente o ridículo que ia cair sobre a cabeça dos militares e sobre toda a propaganda republicana. Embora ele, Deodoro, não tivesse falado em República, todo o mundo sabia que aquilo era um levante de republicanos. Já corria pela cidade que a República havia sido proclamada...

- Não! não! repetia o velho. O ministério já não existe; amanhã vou falar ao Imperador.

Benévolo não se dava por vencido. Amanhã, quando se soubesse que a revolta conseguira apenas derribar o ministério, e não o trono, como era o desejo de todos, ninguém levaria a sério o exército. E o ridículo maior cairia sobre ele, Deodoro, como o chefe da tropa. Ninguém conseguiria convencer o país de que o movimento não tinha sido feito para proclamar a República...

Ou por se ter convencido, ou por se ter cansado, Deodoro começou a amolecer. Benévolo insistia. Mostrava a necessidade de aproveitar-se a vitória para um feito grandioso, mostrava o glorioso papel que o velho militar teria na história do futuro. Àquela hora, no paço, o Imperador cercado dos seus estava a organizar o ministério sob a indicação de Ouro Preto.

- Mas é o Ouro Preto quem vai indicar o seu substituto? perguntou o marechal escandalizado.

- É! Já indicou o Silveira Martins!

Deodoro ergueu-se. O ministério de Silveira Martins seria a mesma coisa que o de Ouro Preto! O soldado, o verdadeiros defensor da pátria, continuaria diminuído, humilhado... Não era possível! Era um abuso! E falou, falou, falou. E quando, com um novo acesso de dispnéia, acabou de falar, Benévolo passou-lhe às mãos os papéis.

- Uma pena, pediu o velho para dentro.

Trouxeram-lhe a pena e o tinteiro. Assinou a proclamação da República e a nomeação dos primeiros ministros do novo regímen.

Nas rodas monárquicas o desnorteamento não era menor. Chamado com urgência de Petrópolis, d. Pedro II descera, para o paço cercado das figuras eminentes da monarquia.

Ouro Preto apresentou-lhe a demissão do ministério. E como o Imperador lhe pedisse a indicação do seu substituto, o visconde lembrou o nome de Silveira Martins. Ficou assentado que Silveira Martins chefiaria o novo gabinete.

Era já noite e ninguém, no paço, imaginava que o golpe daquela manhã tivesse fins republicanos. Unicamente a deposição do ministério.

A não ser a entrada e saída das grandes figuras da monarquia, nada havia de anormal nas vizinhanças do paço. Às 9 da noite entrou o conselheiro Saraiva para falar ao Imperador, e só saiu às 11. Até essa hora não se tinha podido reunir o Conselho de Estado. Só depois das 11, o Conselho se reuniu. D. Pedro nada sabia ainda do manifesto de Deodoro. O conselheiro Andrade Figueira pô-lo então a par de tudo. Acabava de saber pelo seu genro, o major-de-engenheiros Roberto Trompowsky, que os propagandistas haviam conseguido que Deodoro transformasse a revolta numa vitória da República. Estava proclamado o novo regímen.

Aquela notícia faz prolongar a reunião. O Imperador parece não acreditar na queda do trono. Em vez de Silveira Martins, resolve confiar a chefia do gabinete ao conselheiro Saraiva. São quase duas da madrugada. Saraiva, chamado com urgência, vem imediatamente. Aceita o gabinete, mas em primeiro lugar precisa saber as intenções de Deodoro. Vai escrever-lhe uma carta e, pela resposta, saberá se é verdade ou não que ele proclamou a República.

Senta-se e escreve ao chefe revolucionário, comunicando-lhe que estava encarregado de organizar o novo ministério, mas que o não queria fazer sem com ele entender-se. E conclui convidando-o a vir ao paço no dia seguinte.

O major Trompowsky, a pedido do sogro, vai levar a carta a Deodoro, no campo da Aclamação. São três da manhã. À porta do proclamador há guardas. O major consegue ser levado ao quarto do novo chefe de Estado. Deodoro lê a carta. Nada tem que responder. Já havia proclamado a República!.

- Proclamei-a sem sangue, sem desacato à família imperial, para evitar que mais tarde ela fosse feita de modo contrário.

E o velho Joaquim Gonçalves concluiu:

- Foi assim que se fez a República. Eu vi tudo. Eu sabia de tudo.

Fonte: Academia Brasileira de Letras -  (Contos da história do Brasil, 1921.)

Comentário: Não é por causa disso que falta à Nação, a coesão de valores pátrios, que existem nas demais Nações que se formaram  em guerras. A Proclamação da República  não houve luta e/ou manifestações da sociedade, apenas a oligarquia política e militar participaram. A independência do Brasil foi proclamada sem luta e também a República. Derrubaram o  Império para criar posteriormente a primeira ditadura durante a República. Essa influência  de poder entre a oligarquia civil e militar predomina  até hoje. É a democracia feudal, eu mando, eu desmando, eu faço, eu desfaço, etc.  

domingo, 14 de novembro de 2010

Revival: The Swingle Singers

Há poucos amantes da música no mundo que não tenham ouvido o nome The Swingle Singers. Desde o lançamento de seu demolidor álbum de estréia, Jazz Sébastien Bach em 1963, esse grupo "a cappella de oito vozes apresentou-se em todos os continentes e nos palcos mais famosos do mundo, mantendo por cerca de quatro décadas um nível de popularidade internacional que supera de longe os sonhos de seu fundador, o americano Ward Swingle.

Assim sendo, seu programa inclui normalmente algum tributo ao grupo original francês, com o tradicional Bach suingado. As platéias também irão divertir-se com composições e arranjos mais modernos, realçados por coreografia e iluminação fascinantes. O instigante é que, independente do repertório, o som permanece inconfundivelmente Swingle Singers. O que define este grupo único não é o pessoal, nem mesmo a escolha da música, mas o som íntimo, próximo do microfone, quase instrumental que deslumbra o mundo anos a fio.

O nome Swingle Singers tornou-se sinônimo de incrível virtuosismo, sintonia e agilidade vocal, impecável excelência e entretenimento de alto nível. No mundo da música "a cappella", o grupo sempre foi e continua sendo reverenciado por todos os que acompanharam sua trajetória. Custa-se a acreditar que tudo começou como um exercício de leitura à primeira vista, para quebrar a monotonia dos "backing vocals" dos anos sessenta.

Oito cantores de sessões de jazz baseados em Paris um dia cantaram em cima de música para cravo de Bach e descobriram nela um suingue natural. Sem alterar qualquer nota da partitura, eles utilizaram o "scatt" e o fraseado do jazz, acrescentaram uma seção rítmica e persuadiram a gravadora Phillips a fazer um registro deles como brinde natalino para a família e amigos. Eles jamais poderiam cogitar o patamar de fama a que esta gravação os elevaria. Fonte: Almanaque virtual

Vídeo: J S Bach Concerto in F Major largo 1969



sábado, 13 de novembro de 2010

Por que não reescrevem tudo?

De uns tempos para cá, não sei se me engano, começaram a proliferar normas destinadas a controlar nossa conduta individual. Falei em algumas aqui e cheguei a aventar a hipótese de que uma agência governamental, ou qualquer outra das muitas autoridades a que vivemos subordinados sem saber, venha a estabelecer normas para o uso do papel higiênico e garantir sua observação através da instalação de câmeras nos banheiros de uso público. Nos banheiros domésticos, imagino que seriam suficientes umas visitas incertas de inspetores com gazuas, para tentar flagrar os que se asseassem ilegalmente.

Não se trata somente de passatempo para burocratas entediados e sem mais o que fazer. Trata-se da convicção, que parece grassar truculentamente em toda parte, de que existe algo "certo", cientificamente certo e, portanto, todos devem comportar-se dentro do certo. Se nas ciências físicas esse negócio de "certo" já é olhado com um pé atrás, nas ciências humanas, que nunca puderam aspirar ao nível de objetividade daquelas, a existência do "certo" é muito discutível, envolve necessariamente valores, valores que permeiam toda ação do homem e não são território da ciência e da objetividade.

Agora leio aqui nos jornais que a compulsão pelo certo acaba de atingir novo limite. Desta vez, por um parecer do Conselho Nacional de Educação, que opinou que o livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, deve ser proibido nas escolas públicas, por se tratar de obra racista. Sei que, entre vocês, há leitores de Monteiro Lobato que acharam que não entenderam o que acabaram de ler. Mas é isso mesmo: não pode Caçadas de Pedrinho, porque é racista. Ou, por outra, pode, mas somente "quando o professor tiver a compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil".

Eu não vou nem falar nos milhões de brasileiros de todas as idades e todas as gerações que viveram no mundo mágico criado por um dos maiores escritores universais, um gênio naquilo que fez melhor, motivo de orgulho para todos nós, Monteiro Lobato. Nem vou dedicar tempo a entender como é que foi que todos esses milhões, lendo, despreparados, livros racistas, não vieram mais tarde a abrigar preconceitos e ideias nocivas, instilados solertemente na consciência indefesa de crianças. Monteiro Lobato, com toda a certeza, tem tantos defensores quanto leitores, não precisa de mais uma defesa.

E que diabo é "compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil"? A compreensão "certa"? Qual é a compreensão certa de um fenômeno que gera até brigas ferozes entre seus estudiosos e participantes? Estará correta a visão que vê no racismo um fenômeno causado exatamente pela diferença de raças? Terá mais razão o que vê na escravidão um fenômeno basicamente econômico e só secundariamente racial? Quem resolveu isso? Qual a posição oficial do governo? O professor que orientar a leitura de Caçadas de Pedrinho terá que saber. Deus ajude as pobres crianças, torturadas com o que era antigamente somente um livro que as transportava para a fantasia, a aventura e o encantamento inocentes.

Agora, ao que parece, o correto é a leitura tutelada, orientada. Antigamente, a literatura infantil era liberdade, escape, território autônomo em que a imaginação do jovem, ainda não embotada pela experiência, o levava a uma felicidade mais tarde irreproduzível. Agora talvez se diga "você gostou disso, por aquilo; e não gostou disso, porque não é para gostar, está errado". A boa literatura dá lições como consequência, não como objetivo. Deve-se ensinar a ler por prazer, de maneira desarmada e aberta - e não há como desconfiar dos clássicos como Lobato, os clássicos são clássicos porque são clássicos.

A literatura, como a vida, não é certinha. A ficção até que arruma os acontecimentos, lhes empresta enredos e sentidos que na vida real não têm. Mas, como a vida, a ficção mostra contradições, reflete dilemas, exibe defeitos, ilumina a existência humana. Quem entra num romance deve entrar sozinho, a viagem é individual e intransmissível. E até mesmo essa conversa de necessidade de contextualizar o livro é bem discutível. No meu tempo de menino, ninguém precisou contextualizar os livros de Tarzan para aceitar a África dele, assim como não se contextualizava Robin Hood, D"Artagnan, Jorge Amado, Érico Veríssimo ou quem lá fosse que aparecesse num romance, a contextualização era automática, vinha do bom texto.

Finalmente, em que medida os defeitos não são subjetivos, ou seja, não estão apenas na mente e na percepção de quem os aponta? Existirá um racismômetro? E, mais ainda, não haverá outras áreas sensíveis? Acho que a adoção de mais controles é decorrência lógica e questão de justiça. Temos por exemplo a antropologia ultrapassada de Euclides da Cunha, o tal que falou no "mestiço neurastênico do litoral". 

É tão presente nele essa visão antropológica superada (além de ofensiva a grupos raciais; eu mesmo sou mestiço neurastênico do litoral e as mulheres sempre me discriminaram) que o melhor seria mandar um antropólogo correto e moderno reescrever Os Sertões, para quê o velho? Esperemos também alegações de violência contra mulheres (Barba-Azul), machismo (Bolinha), ódio a uma espécie em extinção (o lobo de Chapeuzinho Vermelho), exploração de deficientes verticais (os anões de Branca de Neve), apologia da bruxaria (a Bela Adormecida) e assim por diante. 

Olhando para trás, chego a ter um arrepio, em ver como escapamos por pouco de termos as personalidades deformadas pela leitura irresponsável dos clássicos, esses repositórios de traições, assassinatos, incestos, preconceitos, guerras, adultérios e tudo mais que o planejamento científico logo eliminará. Melhor por enquanto ficar longe deles e aguardar instruções das autoridades. Fonte: Estadão - 07 de novembro de 2010- João Ubaldo Ribeiro 

 Comentário: Parece que o MEC está criando o Conselho Inquisitorial de Literatura ou será que estamos prestes a viver mais uma ditadura, sempre imposta por grupos estereotipados, patrocinada por minorias raciais, religiosas e sexuais,etc.

O mais interessante disso tudo, o denunciante é estudioso de candomblé  e uma das conselheiras é estudiosa em beleza afro.

“Há mais de um jeito de queimar um livro. E o mundo está cheio de pessoas por aí com caixa de fósforos. Cada minoria, acha que tem o direito, ou o dever, de dosar o querosene e acender o fogo. O chefe do corpo de bombeiros Capitão Beatty, em Fahrenheit 451, descreve como os livros foram queimados primeiramente pelas minorias, rasgando uma página ou duas, depois disso, quando os livros já estiverem vazios e as cabeças fechadas, a livraria fechará para sempre”. Fahrenheit 451

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

FARC felicita a eleição de Dilma

Farc afirmam em comunicado que Dilma terá papel determinante para a paz regional

RIO - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) divulgaram um comunicado em que felicitam a presidente eleita, Dilma Rousseff, pela vitória na corrida eleitoral. Por meio do texto, publicado nesta sexta-feira pela agência Anncol, simpática à guerrilha, as Farc dizem que Dilma terá papel determinante para o estabelecimento da paz na região e na irmandade dos povos do continente. ( Leia a íntegra do comunicado )

 "Sua elevação à Presidência da República Federal, juntamente com a sua convicção pública da necessidade de uma solução política para o conflito interno na Colômbia, aumentou a nossa esperança na possibilidade de alcançar a paz através do diálogo e da justiça social", diz o comunicado.

O texto lembra que Dilma foi a primeira mulher eleita presidente do Brasil:

"Permita-nos aderir à justificada alegria do grande povo de Luís Carlos Prestes, diante do feito relevante de ter, pela primeira vez na história do Brasil, uma presidente, uma mulher ligada sempre à luta pela justiça".

Durante campanha, vice de Serra acusou PT de ligação com as Farc

Durante a campanha eleitoral, o vice de José Serra (PSDB), deputado Indio da Costa (DEM-RJ), acusou o PT de ter ligação com as Farc .

- O que a Dilma (Rousseff) tem que responder são duas questões: em primeiro lugar, se o PT tem ou não ligação com as Farc; em segundo lugar, se as Farc têm ou não ligação com o narcotráfico - questionou Indio da Costa na ocasião.

O PT reagiu e entrou com uma ação contra o PSDB e Indio da Costa por danos morais. Em meio às polêmicas sobre o assunto, Dilma se encontrou com o presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos. Após o encontro, disse que tinha uma posição contrária ao narcotráfico:

- Não temos porque participar, a não ser a pedido da Colômbia, de qualquer atividade de pacificação e diálogo com as Farc. Fonte: Globo Online – 12/11/2010

 Farc saluda elección de Dilma a la presidencia de Brasil

ANNCOL

Para todos nuestros lectores en todo el mundo mensaje conocido por ANNCOL en el día de hoy:

Compatriota

DILMA ROUSSEFF

Presidenta electa del Brasil

Desde las montañas de Colombia, nuestro saludo cordial, bolivariano, con anhelo de Patria Grande.

Permítanos adherimos a la justificada alegría del gran pueblo de Luis Carlos Prestes, ante el hecho relevante de tener, por primera vez en la historia del Brasil, una presidenta; una mujer ligada siempre, a la lucha por la justicia.

Presidenta Dilma, para usted, nuestro aplauso y reconocimiento.

Su exaltación a la presidencia de la República Federativa, sumada a su pública convicción de la necesidad de una salida política al conflicto interno de Colombia, ha centuplicado nuestra esperanza en la posibilidad de alcanzar la paz por la vía del diálogo y la justicia social.

Estamos seguros que la nueva presidencia del Brasil jugará papel determinante en la aclimatación de la paz regional y en la hermandad de los pueblos del continente.

De usted, atentamente,

Secretariado del Estado Mayor Central de las FARC-EP

Montañas de Colombia, Noviembre 1 de 2010

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 Comentário: Agora a futura presidente decidirá se continua como Dilma ou Dilmanov. Imagina um acordo ou aceno dos PeTralhas com as FARC´s.